Influência do consumo alimentar, determinantes genéticos e de proteção social no ganho de peso gestacional: contribuições à promoção da alimentação adequada e saudável para gestantes usuárias da atenção primária à saúde.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santana, Jerusa da Mota
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26475
Resumo: Introdução: Estudos recentes tem identificado associações entre fatores de riscos dietéticos (consumo alimentar inadequado, níveis plasmáticos elevados de ω-6 e baixos níveis de ω-3, excesso de peso pré-gestacional), genéticos (polimorfismos de nucleotídeos único (SNPs) dos genes FADS 1 e 2), determinantes sociais e econômicos (renda desfavorável, maior número de pessoas no domicílio) e ocorrência de excesso de peso em adultos, mas são escassas as informações sobre estas relações na fase gestacional. Objetivo: Investigar a influência do consumo alimentar, determinantes genéticos e de proteção social no ganho de peso gestacional de gestantes usuárias da atenção básica à saúde em um município do interior da Bahia. Metodologia: Estudo de coorte envolvendo 250 gestantes inscritas nos serviços de pré-natal do município de Santo Antônio de Jesus no período de agosto de 2013 a dezembro de 2014. O peso e estatura materna, consumo alimentar e níveis plasmáticos de ácidos graxos poli-insaturados, bem como o perfil genético foram avaliados ao baseline. Nesta oportunidade, entrevistas cujas informações socioeconômicas, demográficas, de saúde, obstétricas e de acesso a programas de transferência de renda fornecidas pela gestante foram registradas em questionário padronizado. As demais informações de peso da gestante no 1º, 2º e 3º trimestres foram coletados do cartão da gestante. Para avaliar o consumo alimentar de ácidos graxos empregou-se QFA semi-quantitativo. A identificação dos ácidos graxos foi realizada com auxílio da cromatografia gasosa, utilizando-se o cromatógrafo a gás Shimadzu®. A genotipagem dos SNPs foi realizada por Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) em tempo real, utilizando ensaios TaqMan®. Adotou-se como desfecho o ganho de peso na gestação considerado os pesos dos três trimestres avaliados e como variáveis de exposição principal: Consumo e níveis plasmáticos de ácidos graxos poli-insaturados, SNPS FADs 1 e FADS2 e PBF. Para avaliar o consumo alimentar empregou-se a análise fatorial. E para avaliar as relações entre as variáveis adotou-se a técnica de Modelagem de Equações Estruturais (SEM). Todas as análises estatísticas foram realizadas no Software STATA versão 12.0 Resultados: Os padrões de consumo B (carne vermelha, embutidos, manteiga, margarina, maionese, acarajé, caruru e vatapá e cereais refinados) e C (carnes salgadas, vísceras, óleo vegetal, lanches, leguminosas e oleaginosas) apresentaram efeito direto positivo sobre o ganho de peso durante a gestação e o padrão de consumo A (leite e derivados, peixes e frutos do mar, azeite, cereais integrais e frutas, verduras e legumes) imprimiu efeito direto negativo no desfecho estudado. Assim, mulheres adeptas ao padrão de consumo B e C eram mais suscetíveis ao excessivo aumento do ganho de peso ao longo da gestação, quando comparado àquelas com menor adesão a estes padrões e as mulheres adeptas ao padrão de consumo A estiveram protegidas do ganho excessivo de peso. Observou-se que o ω-3 representados pelos ALAplasm (ácido alfa-linolênico), o DHA (ácido docosahexaenóico) e a razão EPA/ALA (razão ácido ecoisapentaenóico e ácido alfa-linolênico) imprimiram efeitos diretos negativos no constructo ganho de peso durante a gestação (-0,20; -0,12; -0,14), respectivamente. Enquanto os PUFAS representadas pela razão entre os ácidos da categoria do ω-6 ARA/LA (ácido araquidônico e ácido linoleico) teve efeito direto e positivo (0,22) nesse constructo. Foram observados também influência dos polimorfismos dos genes FADS 1 e FADS 2 no peso gestacional registrou-se que, o SNP FADS 2 rs174575 mostrou efeito direto positivo e significante sobre o peso ao longo da gestação (0,11; p=0,016), revelando-se risco para excesso de peso nesta fase. Quanto aos fatores protetores para o peso da gestante, identificou-se que o Programa Bolsa Família exerceu efeito direto e negativo no Padrão de consumo 2 (-0,10) (cereais refinados, caruru, vatapá, acarajé, óleo vegetal, embutidos, carnes salgadas e lanches) e no IMC materno durante a gestação (-0,12), revelando que gestantes beneficiárias do programa tiveram maior adequação do IMC e menor adesão ao padrão de consumo alimentar considerado de risco para a saúde. Conclusão: Em síntese, os resultados indicam que ácidos graxos poli-insaturados, o gene FADS materno e os determinantes socioeconômicos são preditores do peso ao longo da gestação. O maior consumo e níveis plasmáticos de ômega seis aumentaram o risco de ganho excessivo de peso na fase gestacional. Os resultados sugerem que o PBF enquanto política de proteção social, exerce efeito protetor na saúde nutricional materna, ampliando o acesso aos alimentos básicos tradicionais da dieta da família brasileira e indica que o pré-natal na atenção básica é o espaço privilegiado para a promoção da alimentação adequada e saudável do grupo materno-infantil.
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Objetivo: Investigar a influência do consumo alimentar, determinantes genéticos e de proteção social no ganho de peso gestacional de gestantes usuárias da atenção básica à saúde em um município do interior da Bahia. Metodologia: Estudo de coorte envolvendo 250 gestantes inscritas nos serviços de pré-natal do município de Santo Antônio de Jesus no período de agosto de 2013 a dezembro de 2014. O peso e estatura materna, consumo alimentar e níveis plasmáticos de ácidos graxos poli-insaturados, bem como o perfil genético foram avaliados ao baseline. Nesta oportunidade, entrevistas cujas informações socioeconômicas, demográficas, de saúde, obstétricas e de acesso a programas de transferência de renda fornecidas pela gestante foram registradas em questionário padronizado. As demais informações de peso da gestante no 1º, 2º e 3º trimestres foram coletados do cartão da gestante. Para avaliar o consumo alimentar de ácidos graxos empregou-se QFA semi-quantitativo. A identificação dos ácidos graxos foi realizada com auxílio da cromatografia gasosa, utilizando-se o cromatógrafo a gás Shimadzu®. A genotipagem dos SNPs foi realizada por Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) em tempo real, utilizando ensaios TaqMan®. Adotou-se como desfecho o ganho de peso na gestação considerado os pesos dos três trimestres avaliados e como variáveis de exposição principal: Consumo e níveis plasmáticos de ácidos graxos poli-insaturados, SNPS FADs 1 e FADS2 e PBF. Para avaliar o consumo alimentar empregou-se a análise fatorial. E para avaliar as relações entre as variáveis adotou-se a técnica de Modelagem de Equações Estruturais (SEM). Todas as análises estatísticas foram realizadas no Software STATA versão 12.0 Resultados: Os padrões de consumo B (carne vermelha, embutidos, manteiga, margarina, maionese, acarajé, caruru e vatapá e cereais refinados) e C (carnes salgadas, vísceras, óleo vegetal, lanches, leguminosas e oleaginosas) apresentaram efeito direto positivo sobre o ganho de peso durante a gestação e o padrão de consumo A (leite e derivados, peixes e frutos do mar, azeite, cereais integrais e frutas, verduras e legumes) imprimiu efeito direto negativo no desfecho estudado. Assim, mulheres adeptas ao padrão de consumo B e C eram mais suscetíveis ao excessivo aumento do ganho de peso ao longo da gestação, quando comparado àquelas com menor adesão a estes padrões e as mulheres adeptas ao padrão de consumo A estiveram protegidas do ganho excessivo de peso. 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