Arte e jornalismo: a utilização de práticas jornalísticas na concepção de obras na arte contemporânea

• Autor(a) principal: Silva, Matheus Souza
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
• Texto Completo: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39181
• topic: CNPQ - CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS; CNPQ - LINGUISTICA, LETRAS E ARTES; Jornalismo; Arte; Concepção; Relação; Obras; Journalism; Art; Conception; Relationship; Art piece

Parte de mundos aparentemente opostos, jornalismo e arte ocupam e servem a dois espectros díspares da sociedade: o jornalismo ocupa-se da tarefa de informar, de maneira mais objetiva, clara e imparcial possível, os fatos e fenômenos, triviais ou extraordinários, que afetem de maneira relevante a vida da sociedade; a arte, por sua vez, se propõe a tocar onde o jornalismo não se permite, onde a clareza se perde em meio ao inconsciente e a subjetividade: na alma. A arte contemporânea, ou pós-moderna, de maneira ainda mais específica, busca romper com os padrões da própria noção tradicional de arte, e para isso muitas vezes se vale da apropriação de elementos e técnicas vindas de outros campos do conhecimento. Nesse caso, do jornalismo. Nesta monografia, buscamos analisar o panorama apresentado e as possibilidades que esse encontro proporciona ao futuro do jornalismo. Autores como Lucia Santaella, Alfredo Cramerotti e Fabiana Moraes abordam em seus trabalhos essa discussão entre tais campos distintos, mas possuidores de diversas similaridades e pontos de interconexão. Alguns artistas contemporâneos, como o pernambucano Jonathas de Andrade, a brasiliense Bárbara Wagner, entre muitos outros, encontram na prática jornalística o alicerce para a produção de suas obras, mesclando documentário, reportagem, fotografia, entrevista e investigação. Junto a isso, o jornalismo se vê frente ao desafio de lidar com a era da pós-verdade, onde a notícia, como conhecemos, não parece mais tão bem-vinda e se começa a perceber que, mais do que fazer saber, é preciso fazer sentir.