A ordem verbo-sujeito: uma análise sociolinguística da fala popular do interior do estado da Bahia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/8370 |
Resumo: | O Português Brasileiro (PB) apresenta como padrão mais frequente a ordem sujeitoverbo (SV), apresentando fortes restrições à inversão verbo-sujeito (VS), sobretudo com verbos transitivos. Esse comportamento é o resultado de uma tendência de crescente fixação da ordem SV que caracterizou a diacronia do PB do século XVIII ao XX. Partindo da observação empírica em sentenças interrogativas e declarativas, o presente trabalho busca, sob do enfoque teórico-metodológico da sociolinguística variacionista, identificar os condicionamentos e restrições para as ordenações VS/SV em duas variedades do PB situadas no interior do Estado da Bahia: o português popular dos municípios de Santo Antonio de Jesus e Poções; e o português afro-brasileiro, de duas comunidades rurais remanescentes de quilombo, denominadas Cinzento e Sapé e situadas, respectivamente, nos municípios de Planalto e Valença. A análise busca identificar o padrão linguístico dessas comunidades, observando em que medida se aproxima ou se distancia da tendência geral do português brasileiro. Além disso, a comparação dos dois tipos de comunidades, marcadas e não marcadas etnicamente, visou identificar possíveis marcas da influência do contato entre línguas na sua formação histórica. Para este trabalho, foram utilizados 72 inquéritos do corpus Projeto Vertentes do Português Popular do Estado da Bahia: 24 inquéritos do corpus do português afro-brasileiro (das comunidades de Cinzento e Sapé) e 48 do corpus do português popular (dos municípios de Santo Antônio de Jesus e Poções). As ocorrências levantadas e codificadas foram submetidas ao tratamento estatístico do programa de regras variáveis VARBRUL. Os resultados encontrados apontaram uma forte restrição à ordem VS, em média 5% de ocorrências, contra a média de 20% encontrada na variedade culta. Os resultados,embora convergentes no que tange a preferência pela ordenação SV, demonstraram um contraste entre o português popular e as variedades cultas. Quanto aos fatores condicionadores, fatores de natureza sintática, semântica e discursiva foram apontados como fortes favorecedores da ordem VS, tais como, os verbos inacusativos, o traço indefinido do SN sujeito e o status informacional [+novo], entre outros. Entre os fatores sociais, apenas a escolaridade foi apontada como relevante pelo VARBRUL. |
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Partindo da observação empírica em sentenças interrogativas e declarativas, o presente trabalho busca, sob do enfoque teórico-metodológico da sociolinguística variacionista, identificar os condicionamentos e restrições para as ordenações VS/SV em duas variedades do PB situadas no interior do Estado da Bahia: o português popular dos municípios de Santo Antonio de Jesus e Poções; e o português afro-brasileiro, de duas comunidades rurais remanescentes de quilombo, denominadas Cinzento e Sapé e situadas, respectivamente, nos municípios de Planalto e Valença. A análise busca identificar o padrão linguístico dessas comunidades, observando em que medida se aproxima ou se distancia da tendência geral do português brasileiro. Além disso, a comparação dos dois tipos de comunidades, marcadas e não marcadas etnicamente, visou identificar possíveis marcas da influência do contato entre línguas na sua formação histórica. Para este trabalho, foram utilizados 72 inquéritos do corpus Projeto Vertentes do Português Popular do Estado da Bahia: 24 inquéritos do corpus do português afro-brasileiro (das comunidades de Cinzento e Sapé) e 48 do corpus do português popular (dos municípios de Santo Antônio de Jesus e Poções). As ocorrências levantadas e codificadas foram submetidas ao tratamento estatístico do programa de regras variáveis VARBRUL. Os resultados encontrados apontaram uma forte restrição à ordem VS, em média 5% de ocorrências, contra a média de 20% encontrada na variedade culta. Os resultados,embora convergentes no que tange a preferência pela ordenação SV, demonstraram um contraste entre o português popular e as variedades cultas. Quanto aos fatores condicionadores, fatores de natureza sintática, semântica e discursiva foram apontados como fortes favorecedores da ordem VS, tais como, os verbos inacusativos, o traço indefinido do SN sujeito e o status informacional [+novo], entre outros. 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Salvador-Ba, 2010.Língua portuguesa.RegionalismoSociolinguísticaPalavras e expressõesA ordem verbo-sujeito: uma análise sociolinguística da fala popular do interior do estado da Bahiainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAinfo:eu-repo/semantics/openAccessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1762https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/8370/2/license.txt1b89a9a0548218172d7c829f87a0eab9MD52ORIGINALLanuza Lima Santos.pdfLanuza Lima Santos.pdfapplication/pdf856668https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/8370/1/Lanuza%20Lima%20Santos.pdfeb7252ee5fd9495ed6c784b1afb32522MD51TEXTLanuza Lima Santos.pdf.txtLanuza Lima Santos.pdf.txtExtracted texttext/plain265025https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/8370/3/Lanuza%20Lima%20Santos.pdf.txt68dc13ebe740b27c93d31011a81e940aMD53ri/83702022-07-05 14:03:47.774oai:repositorio.ufba.br:ri/8370VGVybW8gZGUgTGljZW7vv71hLCBu77+9byBleGNsdXNpdm8sIHBhcmEgbyBkZXDvv71zaXRvIG5vIHJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRkJBCgogICAgUGVsbyBwcm9jZXNzbyBkZSBzdWJtaXNz77+9byBkZSBkb2N1bWVudG9zLCBvIGF1dG9yIG91IHNldQpyZXByZXNlbnRhbnRlIGxlZ2FsLCBhbyBhY2VpdGFyIGVzc2UgdGVybW8gZGUgbGljZW7vv71hLCBjb25jZWRlIGFvClJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkYSBCYWhpYSBvIGRpcmVpdG8KZGUgbWFudGVyIHVtYSBj77+9cGlhIGVtIHNldSByZXBvc2l077+9cmlvIGNvbSBhIGZpbmFsaWRhZGUsIHByaW1laXJhLCAKZGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLiBFc3NlcyB0ZXJtb3MsIG7vv71vIGV4Y2x1c2l2b3MsIG1hbnTvv71tIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIAphdXRvci9jb3B5cmlnaHQsIG1hcyBlbnRlbmRlIG8gZG9jdW1lbnRvIGNvbW8gcGFydGUgZG8gYWNlcnZvIGludGVsZWN0dWFsIGRlc3NhIFVuaXZlcnNpZGFkZS4gCgogICAgUGFyYSBvcyBkb2N1bWVudG9zIHB1YmxpY2Fkb3MgY29tIHJlcGFzc2UgZGUgZGlyZWl0b3MgZGUgZGlzdHJpYnVp77+977+9bywgZXNzZSB0ZXJtbyBkZSBsaWNlbu+/vWEgZW50ZW5kZSBxdWU6IAoKICAgIE1hbnRlbmRvIG9zICBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgcmVwYXNzYWRvcyBhIHRlcmNlaXJvcywgZW0gY2FzbyAKZGUgcHVibGljYe+/ve+/vWVzLCBvIHJlcG9zaXTvv71yaW8gcG9kZSByZXN0cmluZ2lyIG8gYWNlc3NvIGFvIHRleHRvIAppbnRlZ3JhbCwgbWFzIGxpYmVyYSBhcyBpbmZvcm1h77+977+9ZXMgc29icmUgbyBkb2N1bWVudG8gKE1ldGFkYWRvcyBkZXNjcml0aXZvcykuCgogRGVzdGEgZm9ybWEsIGF0ZW5kZW5kbyBhb3MgYW5zZWlvcyBkZXNzYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgCmVtIG1hbnRlciBzdWEgcHJvZHXvv73vv71vIGNpZW5077+9ZmljYSBjb20gYXMgcmVzdHJp77+977+9ZXMgaW1wb3N0YXMgcGVsb3MgCmVkaXRvcmVzIGRlIHBlcmnvv71kaWNvcy4gCgogICAgUGFyYSBhcyBwdWJsaWNh77+977+9ZXMgZW0gaW5pY2lhdGl2YXMgcXVlIHNlZ3VlbSBhIHBvbO+/vXRpY2EgZGUgCkFjZXNzbyBBYmVydG8sIG9zIGRlcO+/vXNpdG9zIGNvbXB1bHPvv71yaW9zIG5lc3NlIHJlcG9zaXTvv71yaW8gbWFudO+/vW0gCm9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBtYXMgbWFudO+/vW0gbyBhY2Vzc28gaXJyZXN0cml0byBhbyBtZXRhZGFkb3MgCmUgdGV4dG8gY29tcGxldG8uIEFzc2ltLCBhIGFjZWl0Ye+/ve+/vW8gZGVzc2UgdGVybW8gbu+/vW8gbmVjZXNzaXRhIGRlIApjb25zZW50aW1lbnRvIHBvciBwYXJ0ZSBkZSBhdXRvcmVzL2RldGVudG9yZXMgZG9zIGRpcmVpdG9zLCBwb3IgCmVzdGFyZW0gZW0gaW5pY2lhdGl2YXMgZGUgYWNlc3NvIGFiZXJ0by4KCiAgICBFbSBhbWJvcyBvIGNhc28sIGVzc2UgdGVybW8gZGUgbGljZW7vv71hLCBwb2RlIHNlciBhY2VpdG8gcGVsbyAKYXV0b3IsIGRldGVudG9yZXMgZGUgZGlyZWl0b3MgZS9vdSB0ZXJjZWlyb3MgYW1wYXJhZG9zIHBlbGEgCnVuaXZlcnNpZGFkZS4gRGV2aWRvIGFvcyBkaWZlcmVudGVzIHByb2Nlc3NvcyBwZWxvIHF1YWwgYSBzdWJtaXNz77+9byAKcG9kZSBvY29ycmVyLCBvIHJlcG9zaXTvv71yaW8gcGVybWl0ZSBhIGFjZWl0Ye+/ve+/vW8gZGEgbGljZW7vv71hIHBvciAKdGVyY2Vpcm9zLCBzb21lbnRlIG5vcyBjYXNvcyBkZSBkb2N1bWVudG9zIHByb2R1emlkb3MgcG9yIGludGVncmFudGVzIApkYSBVRkJBIGUgc3VibWV0aWRvcyBwb3IgcGVzc29hcyBhbXBhcmFkYXMgcG9yIGVzdGEgaW5zdGl0dWnvv73vv71vLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-07-05T17:03:47Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
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