Idadismo: A influência de subtipos nas atitudes sobre os idosos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vieira, Rodrigo de Sena e Silva
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28506
Resumo: Idadismo diz respeito a processos sistemáticos de preconceito e discriminação contra idosos. Trata-se de um tema ainda pouco estudado, tanto no Brasil quanto no exterior, embora suas consequências possam ser claramente verificadas em instâncias como a individual, a institucional e a societal. Explicações de diferentes níveis são atribuídas ao fenômeno, como perspectivas individuais que associam os idosos à mortalidade do ser humano ou transformações socioculturais que lhes resultaram em baixo status. Ressalta-se que a maior parte dos atuais estudos sobre idadismo tem considerado uma figura genérica do idoso em detrimento da heterogeneidade deste grupo. Este trabalho parte de perspectivas sobre a categorização social para propor que idosos são mais bem representados através de subtipos, categorias subordinadas que carregam maior quantidade de informação, sejam elas consonantes ou dissonantes do estereótipo geral. Com base no modelo do conteúdo dos estereótipos, defende-se a tese de que os tipos de idoso considerados menos competentes estão mais próximos do estereótipo geral e sofrem mais preconceito; de maneira compatível, aqueles considerados mais competentes funcionam como exceções à regra e sofrem menos preconceito. Propõe-se também que contextos de aproximação fazem com que idosos sejam avaliados como mais sociáveis, sem impactos específicos na atribuição de competência, o que não aumenta seus status sociais; e que contextos de competição fazem com que o grupo seja visto como menos competente, sem variações significativas na sociabilidade, o que forma bases para avaliações negativas. Dois estudos empíricos realizados com estudantes universitários vão ao encontro dessas hipóteses, relevando também a influência da variável gênero, seja dos idosos ou dos respondentes.
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Este trabalho parte de perspectivas sobre a categorização social para propor que idosos são mais bem representados através de subtipos, categorias subordinadas que carregam maior quantidade de informação, sejam elas consonantes ou dissonantes do estereótipo geral. Com base no modelo do conteúdo dos estereótipos, defende-se a tese de que os tipos de idoso considerados menos competentes estão mais próximos do estereótipo geral e sofrem mais preconceito; de maneira compatível, aqueles considerados mais competentes funcionam como exceções à regra e sofrem menos preconceito. Propõe-se também que contextos de aproximação fazem com que idosos sejam avaliados como mais sociáveis, sem impactos específicos na atribuição de competência, o que não aumenta seus status sociais; e que contextos de competição fazem com que o grupo seja visto como menos competente, sem variações significativas na sociabilidade, o que forma bases para avaliações negativas. Dois estudos empíricos realizados com estudantes universitários vão ao encontro dessas hipóteses, relevando também a influência da variável gênero, seja dos idosos ou dos respondentes.Ageism refers to systematic processes of prejudice and discrimination against the elderly. It is a subject that has not yet been widely studied, both in Brazil and abroad, although its consequences can be clearly verified in instances such as the individual, the institutional and the societal. Explanations of different levels are attributed to the phenomenon, such as individual perspectives that associate the elderly with the mortality of the human being or socio-cultural transformations that have resulted in low social status for that group. It is noteworthy that most of the current studies on ageism have considered a generic figure of the elderly, ignoring the heterogeneity of this group. This paper starts from perspectives on social categorization to propose that older people are better represented through subtypes, subordinate categories that carry more information, whether consonant or dissonant of the general stereotype. Based on the stereotype content model, this thesis defends that the types of elderly which are considered less competent are closer to the general stereotype and suffer more prejudice; in a compatible way, those considered more competent function as exceptions to the rule and suffer less prejudice. It is also proposed that contexts of approximation cause the elderly to be evaluated as more sociable, with no specific impacts on the attribution of competence, which does not increase their social status; and that contexts of competition makes the group be seen as less competent, without significant variations in sociability, which forms the basis for negative evaluations. Two empirical studies carried out with undergraduate students meet these hypotheses, also highlighting the influence of the gender as a variable, either in reference to the elderly or to the respondents.Submitted by Rodrigo Vieira (rodrigossv@gmail.com) on 2019-01-30T13:27:39Z No. of bitstreams: 1 Tese_Rodrigo_Vieira_JAN19.pdf: 2124828 bytes, checksum: 7bd37951480236fdc8b452d16ebc3824 (MD5)Approved for entry into archive by Uillis de Assis Santos (uillis.assis@ufba.br) on 2019-01-30T16:11:41Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Tese_Rodrigo_Vieira_JAN19.pdf: 2124828 bytes, checksum: 7bd37951480236fdc8b452d16ebc3824 (MD5)Made available in DSpace on 2019-01-30T16:11:41Z (GMT). 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