IgE e IgG4 na susceptibilidade e resistência à infecção pelo Schistosoma mansoni e no desenvolvimento da asma
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/12181 |
Resumo: | esquistossomose é uma doença de grande impacto na saúde pública dos países em desenvolvimento. As principais ações de controle da transmissão da doença são através da educação, melhorias no saneamento e campanhas de tratamento em massa. O desenvolvimento de vacina representa uma importante estratégia para o controle da mesma, entretanto, ainda não foi desenvolvida vacina que confira proteção adequada contra a infecção humana. Por outro lado, há evidências que infecções crônicas parasitárias, especialmente pelo S. mansoni, protegem contra as alergias. Com o objetivo de esclarecer o papel da IgE e IgG4 na indução de resistência/susceptibilidade à infecção pelo Schistosoma mansoni e no risco de desenvolvimento de asma foi avaliado, em uma grande casuística, indivíduos de área endêmica em esquistossomose do interior da Bahia. Foi observado que a razão entre IgE/IgG4 para antígeno solúvel de verme adulto do S. mansoni (SWAP) foi maior nos indivíduos não infectados ou com baixas cargas, quando comparado aos indivíduos altamente infectados. A carga parasitária de S. mansoni foi positivamente correlacionada com os níveis de IgE total, de IgG4 específico para SWAP e para o antígeno solúvel do ovo do S. mansoni (SEA). Os valores dos anticorpos e a razão entre eles, não interferiram, entretanto, no risco de reinfecção seis meses após o tratamento da parasitose. Adicionalmente, os indivíduos não infectados pelo S. mansoni, apresentaram níveis mais elevados de IgE específico e da razão IgE/IgG4 para antígeno 1 do Dermatophagoides pteronyssinus (Der p1), quando comparado aos infectados, enquanto que não foi observado diferença significativa nos níveis de IgG4 específico entre os dois grupos. Essas diferenças, no entanto, não foram observadas quando as análises foram ajustados para idade, gênero e grau de exposição à água contaminada. Estes resultados ressaltam o papel fundamental da IgG4 específica para antígenos do S. mansoni e da relação IgE/IgG4 na resistência/susceptibilidade à infecção por este helminto. Por outro lado, é possível que a infecção pelo S. mansoni proteja contra o desenvolvimento da asma, modulando negativamente a produção de anticorpos que participam da resposta inflamatória alérgica. O melhor entendimento do papel da resposta imune humoral na resistência à infecção pelo S. mansoni e no controle da asma pode auxiliar no desenvolvimento de novas estratégias de controle destas doenças. |
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Figueiredo, Joanemile PachecoFigueiredo, Joanemile PachecoAraujo, Maria Ilma Andrade Santos2013-07-12T19:23:23Z2013-07-12T19:23:23Z2013-07-12http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/12181esquistossomose é uma doença de grande impacto na saúde pública dos países em desenvolvimento. As principais ações de controle da transmissão da doença são através da educação, melhorias no saneamento e campanhas de tratamento em massa. O desenvolvimento de vacina representa uma importante estratégia para o controle da mesma, entretanto, ainda não foi desenvolvida vacina que confira proteção adequada contra a infecção humana. Por outro lado, há evidências que infecções crônicas parasitárias, especialmente pelo S. mansoni, protegem contra as alergias. Com o objetivo de esclarecer o papel da IgE e IgG4 na indução de resistência/susceptibilidade à infecção pelo Schistosoma mansoni e no risco de desenvolvimento de asma foi avaliado, em uma grande casuística, indivíduos de área endêmica em esquistossomose do interior da Bahia. Foi observado que a razão entre IgE/IgG4 para antígeno solúvel de verme adulto do S. mansoni (SWAP) foi maior nos indivíduos não infectados ou com baixas cargas, quando comparado aos indivíduos altamente infectados. A carga parasitária de S. mansoni foi positivamente correlacionada com os níveis de IgE total, de IgG4 específico para SWAP e para o antígeno solúvel do ovo do S. mansoni (SEA). Os valores dos anticorpos e a razão entre eles, não interferiram, entretanto, no risco de reinfecção seis meses após o tratamento da parasitose. Adicionalmente, os indivíduos não infectados pelo S. mansoni, apresentaram níveis mais elevados de IgE específico e da razão IgE/IgG4 para antígeno 1 do Dermatophagoides pteronyssinus (Der p1), quando comparado aos infectados, enquanto que não foi observado diferença significativa nos níveis de IgG4 específico entre os dois grupos. Essas diferenças, no entanto, não foram observadas quando as análises foram ajustados para idade, gênero e grau de exposição à água contaminada. Estes resultados ressaltam o papel fundamental da IgG4 específica para antígenos do S. mansoni e da relação IgE/IgG4 na resistência/susceptibilidade à infecção por este helminto. Por outro lado, é possível que a infecção pelo S. mansoni proteja contra o desenvolvimento da asma, modulando negativamente a produção de anticorpos que participam da resposta inflamatória alérgica. 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