Antropologia, morfologia e metafilosofia em Wittgenstein

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Melo, Luiz Felipe Magalhães de
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/30809
Resumo: O objeto desta dissertação é a dimensão filosófica e a dimensão metafilosófica das Observações sobre “O Ramo de Ouro” de Frazer (1967) de Ludwig Wittgenstein (1889-1951). As Observações correspondem a uma coleção de anotações filosóficas cuja relevância geral diante do conjunto da obra de Wittgenstein pode ser estabelecida: de um modo mais superficial, quanto à sua dimensão filosófica; e de um modo mais profundo, quanto à sua dimensão metafilosófica. Quanto à dimensão filosófica das Observações, isto é, quanto ao objeto da investigação filosófica de Wittgenstein, o texto pode ser lido enquanto uma crítica ao método antropológico empregado por J. G. Frazer (1854-1941) em sua obra-prima, a saber, O Ramo de Ouro (1890-1915). Quanto à dimensão metafilosófica das Observações, isto é, quanto ao método da investigação filosófica de Wittgenstein, o texto pode ser lido enquanto uma apropriação do método morfológico empregado por O. A. G. Spengler (1880-1936) e uma autocrítica ao antigo método filosófico empregado por Wittgenstein em seu primeiro livro de filosofia, a saber, o Tractatus Logico-Philosophicus (1921); mas, sobretudo, enquanto exercício para o emprego de um novo método filosófico, ainda em sua condição mais elementar, o qual viria a ser aperfeiçoado durante toda a filosofia tardia de Wittgenstein e seria declarado pelo próprio filósofo como o seu maior legado filosófico. Logo, nosso objeto não diz respeito apenas à natureza filosófica da crítica de Wittgenstein à antropologia de Frazer, mas, à natureza metafilosófica da apropriação de Wittgenstein sobre a morfologia de Spengler e, sobretudo, da autocrítica à sua própria filosofia. O objetivo desta dissertação é investigar qual a relação da crítica de Wittgenstein à antropologia de Frazer e da apropriação sobre a morfologia de Spengler com o emprego de seu novo método filosófico e com suas reflexões sobre a natureza da filosofia. Em outras palavras, se trata de mostrar como a dimensão filosófica e a dimensão metafilosófica das Observações se sobrepõe uma à outra; e como podemos apreender a segunda a partir da primeira. Portanto, esta dissertação foi dividida em duas partes: a primeira, dedicada às questões externas ao texto das Observações; e a segunda, dedicada às questões internas ao texto das Observações. A primeira parte foi dividida em dois capítulos: um sobre o contexto histórico do período intermediário da filosofia de Wittgenstein e o propósito que o conduziu à redação das Observações; e outro sobre os problemas que ocorreram no processo de edição e publicação das Observações a partir do Espólio que implicam em problemas relevantes para a sua exegese. A segunda parte também foi dividida em dois capítulos: um sobre a dimensão filosófica das Observações, isto é, sobre a crítica de Wittgenstein à antropologia de Frazer; e outro sobre a dimensão metafilosófica das Observações, isto é, acerca da apropriação de Wittgenstein sobre a morfologia de Spengler e a formação de um novo método filosófico.
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Quanto à dimensão metafilosófica das Observações, isto é, quanto ao método da investigação filosófica de Wittgenstein, o texto pode ser lido enquanto uma apropriação do método morfológico empregado por O. A. G. Spengler (1880-1936) e uma autocrítica ao antigo método filosófico empregado por Wittgenstein em seu primeiro livro de filosofia, a saber, o Tractatus Logico-Philosophicus (1921); mas, sobretudo, enquanto exercício para o emprego de um novo método filosófico, ainda em sua condição mais elementar, o qual viria a ser aperfeiçoado durante toda a filosofia tardia de Wittgenstein e seria declarado pelo próprio filósofo como o seu maior legado filosófico. Logo, nosso objeto não diz respeito apenas à natureza filosófica da crítica de Wittgenstein à antropologia de Frazer, mas, à natureza metafilosófica da apropriação de Wittgenstein sobre a morfologia de Spengler e, sobretudo, da autocrítica à sua própria filosofia. O objetivo desta dissertação é investigar qual a relação da crítica de Wittgenstein à antropologia de Frazer e da apropriação sobre a morfologia de Spengler com o emprego de seu novo método filosófico e com suas reflexões sobre a natureza da filosofia. Em outras palavras, se trata de mostrar como a dimensão filosófica e a dimensão metafilosófica das Observações se sobrepõe uma à outra; e como podemos apreender a segunda a partir da primeira. Portanto, esta dissertação foi dividida em duas partes: a primeira, dedicada às questões externas ao texto das Observações; e a segunda, dedicada às questões internas ao texto das Observações. A primeira parte foi dividida em dois capítulos: um sobre o contexto histórico do período intermediário da filosofia de Wittgenstein e o propósito que o conduziu à redação das Observações; e outro sobre os problemas que ocorreram no processo de edição e publicação das Observações a partir do Espólio que implicam em problemas relevantes para a sua exegese. A segunda parte também foi dividida em dois capítulos: um sobre a dimensão filosófica das Observações, isto é, sobre a crítica de Wittgenstein à antropologia de Frazer; e outro sobre a dimensão metafilosófica das Observações, isto é, acerca da apropriação de Wittgenstein sobre a morfologia de Spengler e a formação de um novo método filosófico.The object of this dissertation is the philosophical dimension and metaphilosophical dimension of Ludwig Wittgenstein's (1889-1951) Remarks on Frazer’s Golden Bough (1967). The Remarks correspond to a collection of philosophical notes whose general relevance to the whole of Wittgenstein's work can be established: in a more superficial way, as to its philosophical dimension; and in a deeper way, as to its metaphilosophical dimension. As for the philosophical dimension of the Remarks, that is, as regards the object of Wittgenstein's philosophical investigation, the text can be read as a critique of the anthropological method employed by J. G. Frazer (1854-1941) in his masterpiece, namely The Golden Bough (1890-1915). As for Wittgenstein's method of philosophical investigation, the text can be read as an appropriation of the morphological method employed by O. A. G. Spengler (1880-1936) and a self-criticism of the old philosophical method employed by Wittgenstein in his first book of philosophy, namely, the Tractatus Logico-Philosophicus (1921); but above all as an exercise in the employment of a new philosophical method, still in its most elementary condition, which would be improved throughout Wittgenstein's late philosophy, and would be declared by the philosopher himself as his greatest philosophical legacy. Thus, our object concerns not only the philosophical nature of Wittgenstein's critique of Frazer's anthropology but also the metaphilosophical nature of Wittgenstein's appropriation of Spengler's morphology and, above all, self-criticism of his own philosophy. The objective of this dissertation is to investigate the relation of Wittgenstein's critique to Frazer's anthropology and the appropriation of Spengler's morphology with the employment of his new philosophical method and his reflections on the nature of philosophy. In other words, it is a question of showing how the philosophical dimension and the metaphilosophical dimension of the Remarks overlap each other; and how we can apprehend the second from the first. Therefore, this dissertation was divided in two parts: the first, dedicated to the questions external to the text of the Remarks; and the second, dedicated to the internal questions to the text of the Remarks. The first part was divided into two chapters: one on the historical context of the intermediate period of Wittgenstein's philosophy and the purpose that led him to the writing of the Remarks; and another on the problems that occurred in the process of editing and publishing the Remarks from the Wittgenstein’s Nachlass that imply in problems relevant to their exegesis. The second part was also divided into two chapters: one on the philosophical dimension of the Remarks, that is, on Wittgenstein's critique of Frazer's anthropology; and another on the metaphilosophical dimension of the Remarks, that is, on Wittgenstein's appropriation of Spengler's morphology and the formation of a new philosophical method.Submitted by Luiz Felipe Magalhães de Melo (magalhaesdemelo@gmail.com) on 2019-10-09T14:29:38Z No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO - VERSÃO FINAL - LFMM.pdf: 1237916 bytes, checksum: 6814d254d8c40c9b4df99566e7c63430 (MD5)Approved for entry into archive by Ana Portela (anapoli@ufba.br) on 2019-10-23T13:23:37Z (GMT) No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO - VERSÃO FINAL - LFMM.pdf: 1237916 bytes, checksum: 6814d254d8c40c9b4df99566e7c63430 (MD5)Made available in DSpace on 2019-10-23T13:23:37Z (GMT). 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