Avaliação da susceptibilidade e resistência antimicrobiana de cepas de Shigella spp. isoladas de pacientes com diarréia nosocomial

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mesquita, Ana Maria Ribeiro Cardoso
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Lima, Noélia Leal, Lima, Aldo Ângelo Moreira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/22696
Resumo: Nos casos da diarréia aguda que requerem antibioticoterapia, a escolha correta dos antimicrobianos depende do conhecimento prévio das cepas locais. O objetivo deste trabalho foi avaliar a susceptibilidade e resistência de cepas de Shigella spp., isoladas por coprocultura de pacientes com diarréia nosocomial. Realizou-se cultura para Shigella spp. de fezes de pacientes com diarréia e de seus controles, coletadas por emissão espontânea, de julho de 1988 a fevereiro de 1993 e de novembro de 1991 a julho de 1993. Depois de purificadas e identificadas, por métodos bioquímicos, foi realizada a sorotipagem nas cepas de Shigella spp. isoladas, utilizando-se como referência o antígeno O. Para determinar o padrão de susceptibilidade e resistência antimicrobiana, utilizou-se o método da difusão com discos de papel, em meio ágar. Os resultados demonstraram que as cepas de Shigella spp. isoladas foram identificadas como Shigella flexneri. A atividade antimicrobiana in vitro, contra as cepas de Shigella flexneri, demonstrou resistência a: ampicilina e estreptomicina (100%); trimetoprima-sulfametoxazol, tetraciclina e cloranfenicol (85,71%); ampicilina + ácido clavulânico (66,66%); canamicina e gentamicina (42,86%); e ácido nalidíxico (14,29%). Todas as cepas testadas foram sensíveis a ciprofloxacina e ceftriaxona. Conclui-se que Shigella flexneri é a principal espécie isolada de pacientes com diarréia nosocomial, o que mostra um padrão de resistência múltipla a ampicilina, trimetoprima-sulfametoxazol, estreptomicina, cloranfenicol e tetraciclina. Portanto, esses antimicrobianos são ineficazes para o tratamento de shigelose no HUWC. Monitoração contínua dos padrões de resistência de Shigella spp. é essencial para o estabelecimento e atualização de um guia para orientar a antibioticoterapia em shigelose.
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Para determinar o padrão de susceptibilidade e resistência antimicrobiana, utilizou-se o método da difusão com discos de papel, em meio ágar. Os resultados demonstraram que as cepas de Shigella spp. isoladas foram identificadas como Shigella flexneri. A atividade antimicrobiana in vitro, contra as cepas de Shigella flexneri, demonstrou resistência a: ampicilina e estreptomicina (100%); trimetoprima-sulfametoxazol, tetraciclina e cloranfenicol (85,71%); ampicilina + ácido clavulânico (66,66%); canamicina e gentamicina (42,86%); e ácido nalidíxico (14,29%). Todas as cepas testadas foram sensíveis a ciprofloxacina e ceftriaxona. Conclui-se que Shigella flexneri é a principal espécie isolada de pacientes com diarréia nosocomial, o que mostra um padrão de resistência múltipla a ampicilina, trimetoprima-sulfametoxazol, estreptomicina, cloranfenicol e tetraciclina. Portanto, esses antimicrobianos são ineficazes para o tratamento de shigelose no HUWC. 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