A expressão da subjetividade: um estudo da produção escrita na escola fundamental.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2004 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/10961 |
Resumo: | Admitida como um traço essencial da linguagem humana, a subjetividade é estudada em suas formas de expressão neste trabalho. Procura-se averiguar em um corpus constituído de textos escritos por crianças de classes sociais diferentes da terceira e da quarta séries do ensino fundamental de duas escolas da cidade de Salvador, Brasil, como o sujeito revela, nos textos, a sua visão de mundo. A construção do sentido do texto é vista numa perspectiva intersubjetiva, que não anula o sujeito, mas o considera numa relação dialógica. A linguagem deixa de ser apenas comunicação para ser sobretudo interação, e o sujeito é aquele que constrói o sentido, considerando os fatores co(n)textuais. Além de ser analisada a revelação do sujeito social no tratamento do tema e no desempenho lingüístico, examina-se a expressão da subjetividade na construção das referências, com ênfase no estudo da dêixis, indicação dos elementos participantes da enunciação, e da dêixis discursiva. A argumentação é estudada em relação à enunciação numa perspectiva estrutural e tratada como traço inerente à linguagem humana. Analisa-se a intencionalidade na argumentação a partir da escolha das conjunções mas, porque, pois, por isso, se, e quando; de itens lexicais modalizadores representados por verbos, advérbios e predicados cristalizados; e dos nomes. A pesquisa é qualitativa e quantitativa, uma vez que se aplica a teoria a textos escritos pelas crianças, apresentando dados computados com a finalidade de comprovar a incidência de certos fenômenos em relação à série, ao tipo de texto e a classe social. No corpus analisado, as crianças demonstraram competência para utilizar os seguintes processos de construção de referências: nomes genéricos; pronomes pessoais; demonstrativos e nominalizações independentemente de classe social ou tipo de texto. Quanto à dêixis, não só os dêiticos que remetem à enunciação foram importantes, mas também os dêiticos discursivos desempenharam papel de destaque nos textos. Para a argumentação, destacaram-se dentre as conjunções, o mas, os verbos modalizadores dever, poder, querer, e saber em expressões perifrásticas e o verbo de atitude proposicional achar. Ainda, na argumentação, destacou-se o uso de substantivos e adjetivos. |
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Além de ser analisada a revelação do sujeito social no tratamento do tema e no desempenho lingüístico, examina-se a expressão da subjetividade na construção das referências, com ênfase no estudo da dêixis, indicação dos elementos participantes da enunciação, e da dêixis discursiva. A argumentação é estudada em relação à enunciação numa perspectiva estrutural e tratada como traço inerente à linguagem humana. Analisa-se a intencionalidade na argumentação a partir da escolha das conjunções mas, porque, pois, por isso, se, e quando; de itens lexicais modalizadores representados por verbos, advérbios e predicados cristalizados; e dos nomes. A pesquisa é qualitativa e quantitativa, uma vez que se aplica a teoria a textos escritos pelas crianças, apresentando dados computados com a finalidade de comprovar a incidência de certos fenômenos em relação à série, ao tipo de texto e a classe social. No corpus analisado, as crianças demonstraram competência para utilizar os seguintes processos de construção de referências: nomes genéricos; pronomes pessoais; demonstrativos e nominalizações independentemente de classe social ou tipo de texto. Quanto à dêixis, não só os dêiticos que remetem à enunciação foram importantes, mas também os dêiticos discursivos desempenharam papel de destaque nos textos. Para a argumentação, destacaram-se dentre as conjunções, o mas, os verbos modalizadores dever, poder, querer, e saber em expressões perifrásticas e o verbo de atitude proposicional achar. 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