Ossain como poética para uma dança afro-brasileira
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19743 |
Resumo: | O histórico da dança negra no Brasil, especificamente na cidade de Salvador, é marcado pela resistência dos seus disseminadores que reconhecem nela o reflexo da história e memória de um povo. Mesmo vista por muitos como uma dança marginal, exótica e ancorada na linha da invisibilidade, ainda sobrevive. Torna-se, portanto, relevante abordar pungentes fatos colonizadores pelos quais o negro e sua cultura passaram a fim de desfazer distanciamentos de ordem histórica e social. Esta pesquisa consiste em um caminho para a compreensão e construção de processos de ensino/aprendizagem de um modo de dança afro-brasileira a partir do que denominamos poética dos orixás. Nesta proposta artístico-pedagógica sugere-se tratar a figura do orixá fora do contexto religioso, porém criando conexões com a miríade significativa relativa aos elementos da natureza que este tem. Ao reconhecer que esta pesquisa se insere nas questões que também implicam tradição e contemporaneidade, e considerando o terreno heteróclito do que se denomina “dança afro”, um dos objetivos desta proposição é sistematizar uma proposta artístico pedagógica por meio do orixá Ossain e sua poética. O curso técnico em dança da Escola de Dança da Fundação Cultural do Estado da Bahia é o espaço no qual a pesquisa se desenvolve e a principal ferramenta metodológica é a etnografia postural proposta por Patrick Boumard (1995) e traz a ideia de etnografia enquanto processo, associado à investigação em educação. Os principais referenciais teóricos apresentados são trazidos por Agamben (2007), Boaventura Sousa (2010), Clyde Ford (1999), Edgar Morin (2012) e Isabelle Launay (2013). Os resultados da pesquisa buscam pensar e reverter os marginalismos estabelecidos por instituições e pessoas que atuam supervalorizando um determinado tipo de dança que traduz uma cultura em detrimento de outra. |
id |
UFBA-2_4419a9c7bb00b5b600fcad20012b2eab |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufba.br:ri/19743 |
network_acronym_str |
UFBA-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFBA |
repository_id_str |
1932 |
spelling |
Silva, MarilzaSilva, MarilzaRengel, Lenira PeralCastro, Fátima Campos Daltro deDomenici, Eloisa Leite2016-07-21T16:21:33Z2016-07-21T16:21:33Z2016-07-212016http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19743O histórico da dança negra no Brasil, especificamente na cidade de Salvador, é marcado pela resistência dos seus disseminadores que reconhecem nela o reflexo da história e memória de um povo. Mesmo vista por muitos como uma dança marginal, exótica e ancorada na linha da invisibilidade, ainda sobrevive. Torna-se, portanto, relevante abordar pungentes fatos colonizadores pelos quais o negro e sua cultura passaram a fim de desfazer distanciamentos de ordem histórica e social. Esta pesquisa consiste em um caminho para a compreensão e construção de processos de ensino/aprendizagem de um modo de dança afro-brasileira a partir do que denominamos poética dos orixás. Nesta proposta artístico-pedagógica sugere-se tratar a figura do orixá fora do contexto religioso, porém criando conexões com a miríade significativa relativa aos elementos da natureza que este tem. Ao reconhecer que esta pesquisa se insere nas questões que também implicam tradição e contemporaneidade, e considerando o terreno heteróclito do que se denomina “dança afro”, um dos objetivos desta proposição é sistematizar uma proposta artístico pedagógica por meio do orixá Ossain e sua poética. O curso técnico em dança da Escola de Dança da Fundação Cultural do Estado da Bahia é o espaço no qual a pesquisa se desenvolve e a principal ferramenta metodológica é a etnografia postural proposta por Patrick Boumard (1995) e traz a ideia de etnografia enquanto processo, associado à investigação em educação. Os principais referenciais teóricos apresentados são trazidos por Agamben (2007), Boaventura Sousa (2010), Clyde Ford (1999), Edgar Morin (2012) e Isabelle Launay (2013). Os resultados da pesquisa buscam pensar e reverter os marginalismos estabelecidos por instituições e pessoas que atuam supervalorizando um determinado tipo de dança que traduz uma cultura em detrimento de outra.Submitted by Diana Alves (ppgdancaufba.adm@gmail.com) on 2016-07-21T12:15:54Z No. of bitstreams: 1 Dissertação Marilza Oliveira.pdf: 4390135 bytes, checksum: 33e6cb582adf78af55815a9aa43cc3ce (MD5)Approved for entry into archive by Patricia Barroso (pbarroso@ufba.br) on 2016-07-21T16:21:33Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação Marilza Oliveira.pdf: 4390135 bytes, checksum: 33e6cb582adf78af55815a9aa43cc3ce (MD5)Made available in DSpace on 2016-07-21T16:21:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação Marilza Oliveira.pdf: 4390135 bytes, checksum: 33e6cb582adf78af55815a9aa43cc3ce (MD5)Dançadança afro-brasileiraensino de dançapoética dos orixásOssain como poética para uma dança afro-brasileirainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisEscola de DançaPrograma de Pós Graduação em DançaPPGDançabrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAORIGINALDissertação Marilza Oliveira.pdfDissertação Marilza Oliveira.pdfapplication/pdf4390135https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/19743/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Marilza%20Oliveira.pdf33e6cb582adf78af55815a9aa43cc3ceMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1383https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/19743/2/license.txt05eca2f01d0b3307819d0369dab18a34MD52TEXTDissertação Marilza Oliveira.pdf.txtDissertação Marilza Oliveira.pdf.txtExtracted texttext/plain220167https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/19743/3/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Marilza%20Oliveira.pdf.txt916d88f9bc6785f5472115d6d17219d0MD53ri/197432022-06-29 14:54:09.876oai:repositorio.ufba.br:ri/19743VGVybW8gZGUgTGljZW7Dp2EsIG7Do28gZXhjbHVzaXZvLCBwYXJhIG8gZGVww7NzaXRvIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGQkEuCgogUGVsbyBwcm9jZXNzbyBkZSBzdWJtaXNzw6NvIGRlIGRvY3VtZW50b3MsIG8gYXV0b3Igb3Ugc2V1IHJlcHJlc2VudGFudGUgbGVnYWwsIGFvIGFjZWl0YXIgCmVzc2UgdGVybW8gZGUgbGljZW7Dp2EsIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGEgQmFoaWEgCm8gZGlyZWl0byBkZSBtYW50ZXIgdW1hIGPDs3BpYSBlbSBzZXUgcmVwb3NpdMOzcmlvIGNvbSBhIGZpbmFsaWRhZGUsIHByaW1laXJhLCBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLiAKRXNzZXMgdGVybW9zLCBuw6NvIGV4Y2x1c2l2b3MsIG1hbnTDqm0gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IvY29weXJpZ2h0LCBtYXMgZW50ZW5kZSBvIGRvY3VtZW50byAKY29tbyBwYXJ0ZSBkbyBhY2Vydm8gaW50ZWxlY3R1YWwgZGVzc2EgVW5pdmVyc2lkYWRlLgoKIFBhcmEgb3MgZG9jdW1lbnRvcyBwdWJsaWNhZG9zIGNvbSByZXBhc3NlIGRlIGRpcmVpdG9zIGRlIGRpc3RyaWJ1acOnw6NvLCBlc3NlIHRlcm1vIGRlIGxpY2Vuw6dhIAplbnRlbmRlIHF1ZToKCiBNYW50ZW5kbyBvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgcmVwYXNzYWRvcyBhIHRlcmNlaXJvcywgZW0gY2FzbyBkZSBwdWJsaWNhw6fDtWVzLCBvIHJlcG9zaXTDs3Jpbwpwb2RlIHJlc3RyaW5naXIgbyBhY2Vzc28gYW8gdGV4dG8gaW50ZWdyYWwsIG1hcyBsaWJlcmEgYXMgaW5mb3JtYcOnw7VlcyBzb2JyZSBvIGRvY3VtZW50bwooTWV0YWRhZG9zIGVzY3JpdGl2b3MpLgoKIERlc3RhIGZvcm1hLCBhdGVuZGVuZG8gYW9zIGFuc2Vpb3MgZGVzc2EgdW5pdmVyc2lkYWRlIGVtIG1hbnRlciBzdWEgcHJvZHXDp8OjbyBjaWVudMOtZmljYSBjb20gCmFzIHJlc3RyacOnw7VlcyBpbXBvc3RhcyBwZWxvcyBlZGl0b3JlcyBkZSBwZXJpw7NkaWNvcy4KCiBQYXJhIGFzIHB1YmxpY2HDp8O1ZXMgc2VtIGluaWNpYXRpdmFzIHF1ZSBzZWd1ZW0gYSBwb2zDrXRpY2EgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0bywgb3MgZGVww7NzaXRvcyAKY29tcHVsc8OzcmlvcyBuZXNzZSByZXBvc2l0w7NyaW8gbWFudMOqbSBvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgbWFzIG1hbnTDqm0gYWNlc3NvIGlycmVzdHJpdG8gCmFvIG1ldGFkYWRvcyBlIHRleHRvIGNvbXBsZXRvLiBBc3NpbSwgYSBhY2VpdGHDp8OjbyBkZXNzZSB0ZXJtbyBuw6NvIG5lY2Vzc2l0YSBkZSBjb25zZW50aW1lbnRvCiBwb3IgcGFydGUgZGUgYXV0b3Jlcy9kZXRlbnRvcmVzIGRvcyBkaXJlaXRvcywgcG9yIGVzdGFyZW0gZW0gaW5pY2lhdGl2YXMgZGUgYWNlc3NvIGFiZXJ0by4KRepositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-06-29T17:54:09Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Ossain como poética para uma dança afro-brasileira |
title |
Ossain como poética para uma dança afro-brasileira |
spellingShingle |
Ossain como poética para uma dança afro-brasileira Silva, Marilza Dança dança afro-brasileira ensino de dança poética dos orixás |
title_short |
Ossain como poética para uma dança afro-brasileira |
title_full |
Ossain como poética para uma dança afro-brasileira |
title_fullStr |
Ossain como poética para uma dança afro-brasileira |
title_full_unstemmed |
Ossain como poética para uma dança afro-brasileira |
title_sort |
Ossain como poética para uma dança afro-brasileira |
author |
Silva, Marilza |
author_facet |
Silva, Marilza |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Silva, Marilza Silva, Marilza |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Rengel, Lenira Peral |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Castro, Fátima Campos Daltro de Domenici, Eloisa Leite |
contributor_str_mv |
Rengel, Lenira Peral Castro, Fátima Campos Daltro de Domenici, Eloisa Leite |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
Dança |
topic |
Dança dança afro-brasileira ensino de dança poética dos orixás |
dc.subject.por.fl_str_mv |
dança afro-brasileira ensino de dança poética dos orixás |
description |
O histórico da dança negra no Brasil, especificamente na cidade de Salvador, é marcado pela resistência dos seus disseminadores que reconhecem nela o reflexo da história e memória de um povo. Mesmo vista por muitos como uma dança marginal, exótica e ancorada na linha da invisibilidade, ainda sobrevive. Torna-se, portanto, relevante abordar pungentes fatos colonizadores pelos quais o negro e sua cultura passaram a fim de desfazer distanciamentos de ordem histórica e social. Esta pesquisa consiste em um caminho para a compreensão e construção de processos de ensino/aprendizagem de um modo de dança afro-brasileira a partir do que denominamos poética dos orixás. Nesta proposta artístico-pedagógica sugere-se tratar a figura do orixá fora do contexto religioso, porém criando conexões com a miríade significativa relativa aos elementos da natureza que este tem. Ao reconhecer que esta pesquisa se insere nas questões que também implicam tradição e contemporaneidade, e considerando o terreno heteróclito do que se denomina “dança afro”, um dos objetivos desta proposição é sistematizar uma proposta artístico pedagógica por meio do orixá Ossain e sua poética. O curso técnico em dança da Escola de Dança da Fundação Cultural do Estado da Bahia é o espaço no qual a pesquisa se desenvolve e a principal ferramenta metodológica é a etnografia postural proposta por Patrick Boumard (1995) e traz a ideia de etnografia enquanto processo, associado à investigação em educação. Os principais referenciais teóricos apresentados são trazidos por Agamben (2007), Boaventura Sousa (2010), Clyde Ford (1999), Edgar Morin (2012) e Isabelle Launay (2013). Os resultados da pesquisa buscam pensar e reverter os marginalismos estabelecidos por instituições e pessoas que atuam supervalorizando um determinado tipo de dança que traduz uma cultura em detrimento de outra. |
publishDate |
2016 |
dc.date.submitted.none.fl_str_mv |
2016 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2016-07-21T16:21:33Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2016-07-21T16:21:33Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2016-07-21 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19743 |
url |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19743 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Escola de Dança |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós Graduação em Dança |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
PPGDança |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Escola de Dança |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFBA instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA) instacron:UFBA |
instname_str |
Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
instacron_str |
UFBA |
institution |
UFBA |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFBA |
collection |
Repositório Institucional da UFBA |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/19743/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Marilza%20Oliveira.pdf https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/19743/2/license.txt https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/19743/3/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Marilza%20Oliveira.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
33e6cb582adf78af55815a9aa43cc3ce 05eca2f01d0b3307819d0369dab18a34 916d88f9bc6785f5472115d6d17219d0 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1808459520966393856 |