Crenças dos alunos da primeira série do ensino médio da zona rural acerca do ensino-aprendizagem de língua materna: reflexos de sua trajetória nas séries iniciais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/15648 |
Resumo: | Este trabalho expõe uma pesquisa qualitativa etnográfica cujo objetivo foi investigar como as crenças de alunos oriundos da zona rural acerca do ensino de língua portuguesa influenciam a aprendizagem deles na 1ª série do Ensino Médio de uma escola estadual, no município de Guanambi-BA, e de que modo o professor, tendo conhecimento sobre elas, pode contribuir para a reflexão e a construção de novas estratégias que intervenham nessa realidade. A fundamentação teórica que nos orientou está ancorada, principalmente, nos estudos sobre crenças no ensino-aprendizagem de línguas. No que tange aos aspectos metodológicos, fizemos uso da observação participante, questionário e entrevistas aplicados nos espaços educativos. Este estudo nos possibilitou perscrutar as crenças que esses alunos foram adquirindo, durante a sua trajetória nas séries iniciais, no que tange à língua portuguesa. Os dados gerados revelaram que a maioria desses sujeitos acredita que aprender português é saber a gramática normativa com suas regras, nomenclaturas e classificação de palavras, além de aprender a falar “correto”. Acreditam, também, que o bom professor de português é o que ensina tais aspectos e delegam, principalmente, a esse professor a responsabilidade de reduzir as dificuldades que encontram na aprendizagem dessa língua. Essas crenças demonstram que o ensino de português, em muitas escolas da zona rural, tem estado respaldado no estudo de uma gramática descontextualizada e distante dos usos reais da língua. Os resultados foram apresentados à professora desses alunos, que reconheceu o quanto as dificuldades que eles apresentam no Ensino Médio têm relação com uma prática que não privilegiou a competência comunicativa desses aprendizes, nas suas trajetórias nas séries iniciais. O reconhecimento dessas crenças levou a docente a sugerir algumas ações, a fim reduzir as dificuldades que os alunos encontram na aprendizagem da língua materna. |
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Oliveira, Solange Montalvão deOliveira, Solange Montalvão deMendes, EdleiseSantos, Edleise Mendes Oliveira dosOliveira, Gilvan Muller dePereira, Júlio Neves2014-08-19T17:26:55Z2014-08-19T17:26:55Z2014-08-192013-09-09http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/15648Este trabalho expõe uma pesquisa qualitativa etnográfica cujo objetivo foi investigar como as crenças de alunos oriundos da zona rural acerca do ensino de língua portuguesa influenciam a aprendizagem deles na 1ª série do Ensino Médio de uma escola estadual, no município de Guanambi-BA, e de que modo o professor, tendo conhecimento sobre elas, pode contribuir para a reflexão e a construção de novas estratégias que intervenham nessa realidade. A fundamentação teórica que nos orientou está ancorada, principalmente, nos estudos sobre crenças no ensino-aprendizagem de línguas. No que tange aos aspectos metodológicos, fizemos uso da observação participante, questionário e entrevistas aplicados nos espaços educativos. Este estudo nos possibilitou perscrutar as crenças que esses alunos foram adquirindo, durante a sua trajetória nas séries iniciais, no que tange à língua portuguesa. Os dados gerados revelaram que a maioria desses sujeitos acredita que aprender português é saber a gramática normativa com suas regras, nomenclaturas e classificação de palavras, além de aprender a falar “correto”. Acreditam, também, que o bom professor de português é o que ensina tais aspectos e delegam, principalmente, a esse professor a responsabilidade de reduzir as dificuldades que encontram na aprendizagem dessa língua. Essas crenças demonstram que o ensino de português, em muitas escolas da zona rural, tem estado respaldado no estudo de uma gramática descontextualizada e distante dos usos reais da língua. Os resultados foram apresentados à professora desses alunos, que reconheceu o quanto as dificuldades que eles apresentam no Ensino Médio têm relação com uma prática que não privilegiou a competência comunicativa desses aprendizes, nas suas trajetórias nas séries iniciais. O reconhecimento dessas crenças levou a docente a sugerir algumas ações, a fim reduzir as dificuldades que os alunos encontram na aprendizagem da língua materna.Submitted by Cynthia Nascimento (cyngabe@ufba.br) on 2014-08-14T14:39:04Z No. of bitstreams: 1 Solange Montalvão de Oliveira.pdf: 2589440 bytes, checksum: 12e4890e2ccfae9a53122cc75547600f (MD5)Approved for entry into archive by Alda Lima da Silva (sivalda@ufba.br) on 2014-08-19T17:26:55Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Solange Montalvão de Oliveira.pdf: 2589440 bytes, checksum: 12e4890e2ccfae9a53122cc75547600f (MD5)Made available in DSpace on 2014-08-19T17:26:55Z (GMT). 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