Contato improvisação: o movimento e a desabituação compartilhada no campo da experiência
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/27295 |
Resumo: | Esta tese é uma construção teórica mutuamente relacionada com uma proposição artística focalizada na atividade perceptiva do dançarino na prática do Contato Improvisação, investigando as possibilidades de que tal atividade faculte uma experiência que parta, mas também se estenda para além da perspectiva em primeira pessoa. Para tanto, acompanhando uma contextualização histórica apoiada principalmente no trabalho da antropóloga e dançarina Cynthia Novack, inicialmente são estabelecidas três premissas que resultam em uma perspectiva específica para o Contato Improvisação enquanto objeto deste estudo. A primeira delas diz respeito a assumir o Contato Improvisação como um contexto de atividade artístico-estética, na perspectiva da filosofia de John Dewey, que trata este contexto como a intensificação da atividade biológica e perceptiva cotidiana; a segunda premissa estabelece a atividade perceptiva como fundamento técnico central na investigação do movimento e dança proposta pelo Contato, a partir de um entendimento de atividade perceptiva estabelecido na perspectiva teórica da enação a que se dedicam o filósofo da mente Alva Nöe e o filósofo e biólogo Francisco Varela; a terceira premissa apresenta a pertinência de assumir o Contato Improvisação como uma espécie de jogo, em que se destaca o conceito de vertigem no conjunto da teoria dos jogos de Roger Caillois. Tais premissas servirão de lastro para reunir referências a reflexões e à atuação educacional e artística de pioneiros e “criadores” do Contato Improvisação, bem como da minha própria atuação educacional e artística, para tratar da proposição de um dançarino que se estabelece como um “eu aqui e agora” em condições de desabituar caminhos familiares de atividade perceptiva, de movimento e de senso de self, para realizar explorações do real dentro de suas possibilidades de percepção e experiência, ao ponto de comungá-las com a percepção e a experiência do outro. Para tecer este argumento e delineá-lo em aplicações no treinamento do Contato Improvisação, será também capital a concepção de hábitos nas teorias de Alva Nöe e nas de Francisco Varela, bem como considerações sobre a memória e temporalidade em John Dewey e nos estudos desenvolvidos pelo neurocientista Gerald Edelman sobre as bases neuronais da percepção, da experiência e do self. |
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Silva, Hugo Leonardo daSantana, Ivani Lúcia de OliveiraSantana, Ivani Lúcia de OliveiraCastro, Fátima Campos Daltro deRengel, Lenira PeralSilva, Suzane Weber daEl-Hani, Charbel Niño2018-09-11T13:18:10Z2018-09-11T13:18:10Z2018-09-112013-05-14http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/27295Esta tese é uma construção teórica mutuamente relacionada com uma proposição artística focalizada na atividade perceptiva do dançarino na prática do Contato Improvisação, investigando as possibilidades de que tal atividade faculte uma experiência que parta, mas também se estenda para além da perspectiva em primeira pessoa. Para tanto, acompanhando uma contextualização histórica apoiada principalmente no trabalho da antropóloga e dançarina Cynthia Novack, inicialmente são estabelecidas três premissas que resultam em uma perspectiva específica para o Contato Improvisação enquanto objeto deste estudo. A primeira delas diz respeito a assumir o Contato Improvisação como um contexto de atividade artístico-estética, na perspectiva da filosofia de John Dewey, que trata este contexto como a intensificação da atividade biológica e perceptiva cotidiana; a segunda premissa estabelece a atividade perceptiva como fundamento técnico central na investigação do movimento e dança proposta pelo Contato, a partir de um entendimento de atividade perceptiva estabelecido na perspectiva teórica da enação a que se dedicam o filósofo da mente Alva Nöe e o filósofo e biólogo Francisco Varela; a terceira premissa apresenta a pertinência de assumir o Contato Improvisação como uma espécie de jogo, em que se destaca o conceito de vertigem no conjunto da teoria dos jogos de Roger Caillois. Tais premissas servirão de lastro para reunir referências a reflexões e à atuação educacional e artística de pioneiros e “criadores” do Contato Improvisação, bem como da minha própria atuação educacional e artística, para tratar da proposição de um dançarino que se estabelece como um “eu aqui e agora” em condições de desabituar caminhos familiares de atividade perceptiva, de movimento e de senso de self, para realizar explorações do real dentro de suas possibilidades de percepção e experiência, ao ponto de comungá-las com a percepção e a experiência do outro. Para tecer este argumento e delineá-lo em aplicações no treinamento do Contato Improvisação, será também capital a concepção de hábitos nas teorias de Alva Nöe e nas de Francisco Varela, bem como considerações sobre a memória e temporalidade em John Dewey e nos estudos desenvolvidos pelo neurocientista Gerald Edelman sobre as bases neuronais da percepção, da experiência e do self.This thesis is a theoretical construct mutually related to an artistic proposition focused on the perceptual activity of the dancer in the practice of the Contact Improvisation, investigating the possibilities of such activity shall make available an experience that breaks from, but also extends beyond the first-person perspective. Therefore, following a historical context mainly supported in the work of anthropologist and dancer Cynthia Novack, are initially established three premises that result in a specific perspective for Contact Improvisation as a study object. The first relates to assume Contact Improvisation as a context of artistic-aesthetic activity, in view of the philosophy of John Dewey, who considers such a context as an intensification of the everyday biological and perceptual activity; the second premise establishes the perceptual activity as a central technical foundation in the investigation of dance and movement proposed by Contact, from an understanding of perceptual activity established into the theoretical perspective of enaction developed in the work of mind philosopher Alva Noë and philosopher and biologist Francisco Varela; the third premise presents the relevance of assuming Contact Improvisation as a kind of game, which highlights the concept of vertigo throughout the game theory of Roger Caillois. These assumptions offers support to gather reflections and references to the educational and artistic work of pioneers and "creators" of Contact Improvisation, as well as from my own educational and artistic activities to address the proposition of a dancer who establishes himself as a "I here and now "able to dishabituate familiar paths of perceptual activity, movement and sense of self, in order to explore the "real" within their possibilities of perception and experience, to the point that they share with the perception and experience of the other. To delineate this argument and weave it into applications in the training of Contact Improvisation, capital will also be the conception of habits in Alva Noë's theories and those of Francisco Varela, as well as considerations about memory and temporality in John Dewey and studies developed by neuroscientist Gerald Edelman on the neural basis of perception and experience of the self.Submitted by Glauber Assunção Moreira (glauber.a.moreira@gmail.com) on 2018-09-10T20:01:11Z No. of bitstreams: 1 Tese de Doutorado_Hugo Leonardo da Silva_Dança_PPGAC_UFBA.pdf: 16189183 bytes, checksum: a8b6d7045ecf7351700c817e7b884de2 (MD5)Approved for entry into archive by Ednaide Gondim Magalhães (ednaide@ufba.br) on 2018-09-11T13:18:10Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Tese de Doutorado_Hugo Leonardo da Silva_Dança_PPGAC_UFBA.pdf: 16189183 bytes, checksum: a8b6d7045ecf7351700c817e7b884de2 (MD5)Made available in DSpace on 2018-09-11T13:18:10Z (GMT). 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