Qualidade de serviços aeroportuários:o gerenciamento privado é fundamental?

• Autor(a) principal: Silva, Raissa Andressa Curvelo da
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
• Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24462
• topic: Economia aplicada; Aeroportos; Regulação; Privatização; Serviços

A infraestrutura aeroportuária demanda altos custos fixos em capital específico, sendo tradicionalmente fornecida pelo setor público. Contudo, diante da possibilidade de desenvolvimento comercial e dos benefícios gerados pela aviação, a gestão e propriedade da infraestrutura aeroportuária experimentaram mudanças significativas, aproximando-se da iniciativa privada. Embora o gerenciamento estatal de aeroportos predomine em países desenvolvidos, a análise deste setor indica que empresas privadas estão gradativamente envolvidas na gestão de aeroportos, existindo uma preferência por essa estratégia como instrumento de atração de investimentos para o setor, estímulo ao financiamento, garantia de práticas mais comerciais e eficientes, e, inclusive, de melhoria da qualidade dos serviços. Entende-se que para o setor privado apresentar todo seu potencial, é necessário que sua conduta seja apropriadamente monitorada por agentes reguladores. No setor aeroportuário, a regulação é motivada pelo caráter de monopólio natural da maioria dos aeroportos. Logo, este trabalho visa comprovar se o gerenciamento privado é fundamental para a melhoria da qualidade de serviços aeroportuários. Utilizando a metodologia de análise de fatores e dos métodos de Mínimos Quadrados Robusto (MQR) e Regressão Quantílica em um banco de dados com 100 aeroportos, avalia-se em que medida a participação privada no setor de infraestrutura aeroportuária reflete na qualidade dos serviços aeroportuários. Os resultados demonstram que outras variáveis não consideradas neste trabalho podem contribuir para a melhor qualidade dos serviços. Contudo, também, indicam que o número de passageiros e um aparato institucional eficiente são mais relevantes para a provisão de um serviço aeroportuário de qualidade do que seu ente gerenciador.