Avaliação do infiltrado macrofágico nos carcinomas mamários de cadelas e sua correlação com a taxa de sobrevida

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vieira Filho, Carlos Humberto da Costa
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20377
Resumo: O infiltrado inflamatório no microambiente tumoral, em especial nos tumores mamários, tem despertado grande interesse na oncologia, por desempenhar diferentes funções na progressão ou regressão tumoral a depender dos tipos e subtipos celulares envolvidos. O presente estudo objetivou avaliar (1) a presença e intensidade de infiltrado macrofágico no microambiente tumoral; (2) a expressão das proteínas SOCS1 e SOCS3 nos macrófagos; e (3) a possível relação destes parâmetros com a evolução tumoral e a sobrevida, como um possível fator prognóstico em cadelas portadoras de carcinomas mamários. Foram estudadas 22 cadelas com diagnóstico histopatológico de carcinoma em tumor misto benigno de mama (CaTMB), divididas em dois grupos, sendo G1 constituído por cadelas sem metástase (11) e G2 com metástase (11); em G1 e G2 os animais foram subclassificados de acordo com a utilização ou não do tratamento quimioterápico. As cadelas foram submetidas a análise clínico-patológica (tamanho do tumor; presença de metástase em linfonodo; estadiamento clínico; graduação histológica; distribuição e intensidade do infiltrado inflamatório; quantificação e verificação do estado de ativação de macrófagos no infiltrado por análise imunoistoquímica da expressão de SOCS1 e SOCS3), imunofenotipagem de leucócitos do sangue periférico por citometria de fluxo com marcadores celulares CD14, MHCI e MHCII, e avaliação da taxa de sobrevida. A morfometria do infiltrado inflamatório associado ao tumor revelou, em todos os grupos, predominância da distribuição multifocal e intensidade moderada. A maior proporção de macrófagos no infiltrado inflamatório (≥400) foi associada a uma maior taxa de sobrevida. A imunomarcação revelou maiores proporções de macrófagos SOCS3 positivos nas cadelas que não apresentavam metástases para linfonodo, enquanto que os macrófagos SOCS1 positivos predominaram nas cadelas com metástase (p<0,05). Adicionalmente, a análise multivariada revelou associações entre estadiamento clínico, graduação histológica, sobrevida, tratamento quimioterápico e expressão de moléculas MHCI em monócitos circulantes. Os resultados das análises quantitativa e qualitativa dos macrófagos no infiltrado inflamatório indicam que o estado de ativação, sugerido pela maior expressão das proteínas SOCS3 e 1, define a relação do infiltrado macrofágico com a resposta imune antitumoral ou com a progressão tumoral associada ao desenvolvimento de metástases, respectivamente.
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Foram estudadas 22 cadelas com diagnóstico histopatológico de carcinoma em tumor misto benigno de mama (CaTMB), divididas em dois grupos, sendo G1 constituído por cadelas sem metástase (11) e G2 com metástase (11); em G1 e G2 os animais foram subclassificados de acordo com a utilização ou não do tratamento quimioterápico. As cadelas foram submetidas a análise clínico-patológica (tamanho do tumor; presença de metástase em linfonodo; estadiamento clínico; graduação histológica; distribuição e intensidade do infiltrado inflamatório; quantificação e verificação do estado de ativação de macrófagos no infiltrado por análise imunoistoquímica da expressão de SOCS1 e SOCS3), imunofenotipagem de leucócitos do sangue periférico por citometria de fluxo com marcadores celulares CD14, MHCI e MHCII, e avaliação da taxa de sobrevida. A morfometria do infiltrado inflamatório associado ao tumor revelou, em todos os grupos, predominância da distribuição multifocal e intensidade moderada. A maior proporção de macrófagos no infiltrado inflamatório (≥400) foi associada a uma maior taxa de sobrevida. A imunomarcação revelou maiores proporções de macrófagos SOCS3 positivos nas cadelas que não apresentavam metástases para linfonodo, enquanto que os macrófagos SOCS1 positivos predominaram nas cadelas com metástase (p<0,05). Adicionalmente, a análise multivariada revelou associações entre estadiamento clínico, graduação histológica, sobrevida, tratamento quimioterápico e expressão de moléculas MHCI em monócitos circulantes. Os resultados das análises quantitativa e qualitativa dos macrófagos no infiltrado inflamatório indicam que o estado de ativação, sugerido pela maior expressão das proteínas SOCS3 e 1, define a relação do infiltrado macrofágico com a resposta imune antitumoral ou com a progressão tumoral associada ao desenvolvimento de metástases, respectivamente.The inflammatory infiltrate in the tumor microenvironment, particularly in breast tumors, has aroused great interest in oncology due to their different roles in tumor progression or regression depending on the types and cell subsets involved. The objective of this study was to evaluate the presence and intensity of macrophage infiltrate in the tumor microenvironment; the expression of SOCS1 and SOCS3 proteins in these macrophages; and the relation of the former parameters to tumor development and survival, as possible prognostic factors of breast carcinomas evolution in female dogs. Were studied 22 female dogs with histopathological diagnosis of carcinoma in benign mixed tumor (CaTMB), divided into two groups consisting of animals without metastasis (G1=11) and animals with metastasis (G2=11); in G1 and G2, the dogs were graded according with the use or not of chemotherapy. All animals underwent clinicopathological analysis (tumor size, lymph node metastasis, clinical stage, histological grade, distribution and intensity of the inflammatory infiltrate, especially macrophages, as well as their possible activation state by immunohistochemical analysis anti-SOCS1 and anti-SOCS3) immunophenotyping by flow cytometry of PBMC for cell markers CD14, MHCI and MHCII, and assessment of survival rate. The morphology of the inflammatory infiltrate associated with tumor showed, in all groups, prevalence of multifocal distribution and moderate intensity. The higher intensity of the macrophage infiltrate (≥400) was associated with a higher survival rate. The immunostaining revealed a higher proportion of positive macrophages for SOCS3 in dogs who had no metastasis to lymph node, while the positive SOCS1 macrophages predominated in animals with metastases (p <0.05). In addition, the multivariate analysis revealed associations between clinical staging, graduation, survival, chemotherapy and expression of MHCI molecules in circulating monocytes. The results obtained in the present study indicated that the activation state, suggested by expression of SOCS3 and 1 proteins, defines the relationship of the macrophage infiltration with antitumor or immune response to tumor progression associated with the development of metastasis, respectively.Submitted by Emanoel Martins Filho (emanoelfilho@ufba.br) on 2016-09-13T01:18:45Z No. of bitstreams: 1 Carlos_Humberto_Vieira.pdf: 3115604 bytes, checksum: 185acb42af9a3986d42a53be2fc6f05a (MD5)Approved for entry into archive by Patricia Barroso (pbarroso@ufba.br) on 2016-09-13T20:37:50Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Carlos_Humberto_Vieira.pdf: 3115604 bytes, checksum: 185acb42af9a3986d42a53be2fc6f05a (MD5)Made available in DSpace on 2016-09-13T20:37:50Z (GMT). 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