CARTOGRAFIA DE MEMÓRIAS NO CÁRCERE E EM OUTRAS INSTITUIÇÕES TOTAIS - DRAMATURGIA DA COEXISTÊNCIA, MARCAS, SONHOS E NARRATIVAS-MINORITÁRIAS
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37883 |
Resumo: | A presente tese traça a memória das experiências e escolha de fazer teatro no sistema de custódia e prisional. Está dividida em “Eixos introdutórios”, cinco rotas e o “Compartilhamento de ideias - Alternativas de conclusão”. Os eixos dão sustentação à tese no sentido de apresentar a autora, de explicar o desejo de pesquisar e como foram organizados os procedimentos dos caminhos seguidos. Ainda nos eixos, foram contextualizados fatos que aconteciam no mundo externo e interno durante a escrita da tese, porque faz todo sentido, como aprendiz de cartógrafa e pesquisadora/inventora, explicitar as influências, os perceptos e afectos no qual a pesquisa está implicada. Em termos de procedimentos, a proposição foi cartografar a memória e materializá-la na escrita. As marcas foram condutoras do processo, são parte das vivências ao longo desses quase 14 anos fazendo teatro no cárcere. Os procedimentos rizomáticos foram bússolas que negociavam os desejos e as necessidades do caminho, assim, tomei como princípio a Estética do Oprimido e da Oprimida como “Sul”. Nomeei de dispositivos linhas de fuga que possibilitaram inventar e reinventar potências criadoras dentro do cárcere, de desencarcerar o pensamento e o fazer criativo. As Imagens/geradoras e as Narrativas/geradoras permitiram seguir os rastros durante a escrita da tese e, ao mesmo tempo, fazem parte da potência disparadora da criação cênica e de possibilidades de reinvenção da vida, seja por meio de narrativas-minoritárias, dos sonhos ou das cartas. Confiro à Dramaturgia da Coexistência a possibilidade de criar fissuras na cena e na vida real. As cinco rotas são independentes e cada uma delas conta as experiências de como fizemos teatro e os processos de criação nas instituições totais, em diferentes períodos e contextos. Essas rotas se passaram no Hospital de Custódia e Tratamento, Conjunto Penal de Jequié, uma experiência em Córdoba (AR) e no Conjunto Penal Feminino em momentos distintos, pois é o lugar onde meus encontros com a criação ainda acontecem. Por fim, compartilho as principais ideias da tese e tento aterrar os aprendizados dessa vivência, pois eles não cessam, continuam a cada leitura e releitura que faço, a cada nova marca que se materializa na memória/corpo. Exatamente por esse motivo que não são conclusivas, mas as apresento como alternativas para uma conclusão. Com relação a problemática da tese, ao disparador que foi perseguido durante a jornada, posso dizer que cada rota tem os seus, mas a pedra no caminho, aquela que me fez buscar rotas alternativas, externa e internamente, foi tentar descobrir, verificar ou até mesmo afirmar as possibilidades de inventividade/criatividade humana, mesmo em situações adversas, de como manter o compromisso ético, social e político e transformar linhas duras em devir, de transgredir a dureza do cárcere com arte, de lutar contra pensamentos hegemônicos experimentando alternativas éticas e estéticas. |
id |
UFBA-2_65751fd0206e0383935aefdcb34cbb1d |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufba.br:ri/37883 |
network_acronym_str |
UFBA-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFBA |
repository_id_str |
1932 |
spelling |
2023-09-27T07:12:32Z2023-09-27T07:12:32Z2023-09-25https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37883A presente tese traça a memória das experiências e escolha de fazer teatro no sistema de custódia e prisional. Está dividida em “Eixos introdutórios”, cinco rotas e o “Compartilhamento de ideias - Alternativas de conclusão”. Os eixos dão sustentação à tese no sentido de apresentar a autora, de explicar o desejo de pesquisar e como foram organizados os procedimentos dos caminhos seguidos. Ainda nos eixos, foram contextualizados fatos que aconteciam no mundo externo e interno durante a escrita da tese, porque faz todo sentido, como aprendiz de cartógrafa e pesquisadora/inventora, explicitar as influências, os perceptos e afectos no qual a pesquisa está implicada. Em termos de procedimentos, a proposição foi cartografar a memória e materializá-la na escrita. As marcas foram condutoras do processo, são parte das vivências ao longo desses quase 14 anos fazendo teatro no cárcere. Os procedimentos rizomáticos foram bússolas que negociavam os desejos e as necessidades do caminho, assim, tomei como princípio a Estética do Oprimido e da Oprimida como “Sul”. Nomeei de dispositivos linhas de fuga que possibilitaram inventar e reinventar potências criadoras dentro do cárcere, de desencarcerar o pensamento e o fazer criativo. As Imagens/geradoras e as Narrativas/geradoras permitiram seguir os rastros durante a escrita da tese e, ao mesmo tempo, fazem parte da potência disparadora da criação cênica e de possibilidades de reinvenção da vida, seja por meio de narrativas-minoritárias, dos sonhos ou das cartas. Confiro à Dramaturgia da Coexistência a possibilidade de criar fissuras na cena e na vida real. As cinco rotas são independentes e cada uma delas conta as experiências de como fizemos teatro e os processos de criação nas instituições totais, em diferentes períodos e contextos. Essas rotas se passaram no Hospital de Custódia e Tratamento, Conjunto Penal de Jequié, uma experiência em Córdoba (AR) e no Conjunto Penal Feminino em momentos distintos, pois é o lugar onde meus encontros com a criação ainda acontecem. Por fim, compartilho as principais ideias da tese e tento aterrar os aprendizados dessa vivência, pois eles não cessam, continuam a cada leitura e releitura que faço, a cada nova marca que se materializa na memória/corpo. Exatamente por esse motivo que não são conclusivas, mas as apresento como alternativas para uma conclusão. Com relação a problemática da tese, ao disparador que foi perseguido durante a jornada, posso dizer que cada rota tem os seus, mas a pedra no caminho, aquela que me fez buscar rotas alternativas, externa e internamente, foi tentar descobrir, verificar ou até mesmo afirmar as possibilidades de inventividade/criatividade humana, mesmo em situações adversas, de como manter o compromisso ético, social e político e transformar linhas duras em devir, de transgredir a dureza do cárcere com arte, de lutar contra pensamentos hegemônicos experimentando alternativas éticas e estéticas.The present thesis traces the memory of the experiences and choices of doing theater in the custody and prison system. It is divided into introductory axes, five Pathways and the sharing of my conclusion and final thoughts. The axes bring support and structure to the thesis in the sense of presenting the author, explaining the desire to research and how the procedures of the paths followed were organized. Still on the axes, facts that happened in the external and internal world during the writing of the thesis were contextualized, because it makes perfect sense as an apprentice cartographer and researcher/inventor to explain the influences, the “perfectos” and “afectos” in which the research is implied. In terms of procedures, the proposal was to map the memory and materialize it in writing. The clues were the drivers of the process, they are part of the experiences over these almost fourteen years doing theater in prison. The rhizomatic procedures were compasses that negotiated the desires and needs of the path, so I took the Aesthetics of the Oppressed and the Oppressed as “South” as a principle. I named devices, lines of flight, which made it possible to invent and reinvent creative powers within prison, to release thinking and creative doing. The Images/generators and the Narratives/generators made it possible to follow the traces during the writing of the thesis and, at the same time, are part of the triggering power of scenic creation and possibilities of reinventing life, whether through minority narratives, dreams, or even letters. I attribute to the Dramaturgism of Coexistence the possibility of creating fissures in the scene and in real life. The five Pathways are independent and each one of them tells the experiences of how we made theater and the creation processes in total institutions, in different periods and contexts. These Pathways took place at the Custody and Treatment Hospital, Jequié Penal Complex, an Experience in Córdoba - AR and at the Female Penal Complex at different times, as those are the places where my encounters with creation still take place. Finally, I share the main idea of the thesis and try to ground the learnings from this experience, as they do not cease, they continue with each reading and rereading that I do, and with each new clue that materializes in the memory/body. Exactly for this reason they are not conclusive, but alternatives to a conclusion. Regarding the problem of the thesis, the tools that were pursued during the journey, I can say that each Pathway has its own, but the stumbling block, the one that made me look for alternative routes externally and internally, was trying to discover, verify, or even affirming the possibilities of human inventiveness/creativity even in adverse situations, of how to maintain ethical, social and political commitment and transform hard lines into becoming, of transgressing the harshness of prison with art, of fighting against hegemonic thoughts by experimenting with ethical and aesthetic alternatives.Submitted by Simone Requião (requiaosimone@gmail.com) on 2023-09-26T09:23:50Z No. of bitstreams: 1 TESE APROVADA 25.09.23.pdf: 5951377 bytes, checksum: 514579fbe7bee8750eee3449394d2e03 (MD5)Approved for entry into archive by Ednaide Gondim Magalhães (ednaide@ufba.br) on 2023-09-27T07:12:32Z (GMT) No. of bitstreams: 1 TESE APROVADA 25.09.23.pdf: 5951377 bytes, checksum: 514579fbe7bee8750eee3449394d2e03 (MD5)Made available in DSpace on 2023-09-27T07:12:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1 TESE APROVADA 25.09.23.pdf: 5951377 bytes, checksum: 514579fbe7bee8750eee3449394d2e03 (MD5) Previous issue date: 2023-09-25porUniversidade Federal da BahiaPrograma de Pós-graduação em Artes Cênicas (PPGAC)UFBABrasilEscola de TeatroPrisons, Aesthetic Processes, Theater of the Oppressed, Theater of the Oppressed, CartographyCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTESCNPQ::CIENCIAS HUMANASPrisões, Processos Estéticos, Teatro do Oprimido, Teatro das Oprimidas, CartografiaCARTOGRAFIA DE MEMÓRIAS NO CÁRCERE E EM OUTRAS INSTITUIÇÕES TOTAIS - DRAMATURGIA DA COEXISTÊNCIA, MARCAS, SONHOS E NARRATIVAS-MINORITÁRIASDoutoradoinfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionBezerra, Antônia PereiraBezerra, Antônia PereiraMillet, Maria Eugênia ViveirosOliveira, Urania Auxiliadora Santos Mais deParo, César AugustoBrondani, Joice Aglaehttp://lattes.cnpq.br/6583035173121856Requião, Simonereponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAinfo:eu-repo/semantics/openAccessTEXTTESE APROVADA 25.09.23.pdf.txtTESE APROVADA 25.09.23.pdf.txtExtracted texttext/plain635040https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37883/3/TESE%20APROVADA%2025.09.23.pdf.txtf44a8291a13ab625c46d81b2f961bb94MD53ORIGINALTESE APROVADA 25.09.23.pdfTESE APROVADA 25.09.23.pdfapplication/pdf5951377https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37883/1/TESE%20APROVADA%2025.09.23.pdf514579fbe7bee8750eee3449394d2e03MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1715https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37883/2/license.txt67bf4f75790b0d8d38d8f112a48ad90bMD52ri/378832023-09-30 02:04:51.662oai:repositorio.ufba.br:ri/37883TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBvIGF1dG9yIG91IHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZS9vdSBlbGV0csO0bmljbyBlIGVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyAKZm9ybWF0b3Mgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKTyBhdXRvciBvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gZS9vdSBmb3JtYXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLCBwb2RlbmRvIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKTyBhdXRvciBvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIG9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIG91IG5vIGNvbnRlw7pkbyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBICBSRVNVTFRFIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSAgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08sIENPTU8gVEFNQsOJTSBBUyBERU1BSVMgT0JSSUdBw4fDlUVTIApFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l0w7NyaW8gc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyLCBjbGFyYW1lbnRlLCBvIHNldSBub21lIChzKSBvdSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBhbMOpbSBkYXF1ZWxhcyBjb25jZWRpZGFzIHBvciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322023-09-30T05:04:51Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
CARTOGRAFIA DE MEMÓRIAS NO CÁRCERE E EM OUTRAS INSTITUIÇÕES TOTAIS - DRAMATURGIA DA COEXISTÊNCIA, MARCAS, SONHOS E NARRATIVAS-MINORITÁRIAS |
title |
CARTOGRAFIA DE MEMÓRIAS NO CÁRCERE E EM OUTRAS INSTITUIÇÕES TOTAIS - DRAMATURGIA DA COEXISTÊNCIA, MARCAS, SONHOS E NARRATIVAS-MINORITÁRIAS |
spellingShingle |
CARTOGRAFIA DE MEMÓRIAS NO CÁRCERE E EM OUTRAS INSTITUIÇÕES TOTAIS - DRAMATURGIA DA COEXISTÊNCIA, MARCAS, SONHOS E NARRATIVAS-MINORITÁRIAS Requião, Simone CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES CNPQ::CIENCIAS HUMANAS Prisões, Processos Estéticos, Teatro do Oprimido, Teatro das Oprimidas, Cartografia Prisons, Aesthetic Processes, Theater of the Oppressed, Theater of the Oppressed, Cartography |
title_short |
CARTOGRAFIA DE MEMÓRIAS NO CÁRCERE E EM OUTRAS INSTITUIÇÕES TOTAIS - DRAMATURGIA DA COEXISTÊNCIA, MARCAS, SONHOS E NARRATIVAS-MINORITÁRIAS |
title_full |
CARTOGRAFIA DE MEMÓRIAS NO CÁRCERE E EM OUTRAS INSTITUIÇÕES TOTAIS - DRAMATURGIA DA COEXISTÊNCIA, MARCAS, SONHOS E NARRATIVAS-MINORITÁRIAS |
title_fullStr |
CARTOGRAFIA DE MEMÓRIAS NO CÁRCERE E EM OUTRAS INSTITUIÇÕES TOTAIS - DRAMATURGIA DA COEXISTÊNCIA, MARCAS, SONHOS E NARRATIVAS-MINORITÁRIAS |
title_full_unstemmed |
CARTOGRAFIA DE MEMÓRIAS NO CÁRCERE E EM OUTRAS INSTITUIÇÕES TOTAIS - DRAMATURGIA DA COEXISTÊNCIA, MARCAS, SONHOS E NARRATIVAS-MINORITÁRIAS |
title_sort |
CARTOGRAFIA DE MEMÓRIAS NO CÁRCERE E EM OUTRAS INSTITUIÇÕES TOTAIS - DRAMATURGIA DA COEXISTÊNCIA, MARCAS, SONHOS E NARRATIVAS-MINORITÁRIAS |
author |
Requião, Simone |
author_facet |
Requião, Simone |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Bezerra, Antônia Pereira |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Bezerra, Antônia Pereira |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Millet, Maria Eugênia Viveiros |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Oliveira, Urania Auxiliadora Santos Mais de |
dc.contributor.referee4.fl_str_mv |
Paro, César Augusto |
dc.contributor.referee5.fl_str_mv |
Brondani, Joice Aglae |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/6583035173121856 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Requião, Simone |
contributor_str_mv |
Bezerra, Antônia Pereira Bezerra, Antônia Pereira Millet, Maria Eugênia Viveiros Oliveira, Urania Auxiliadora Santos Mais de Paro, César Augusto Brondani, Joice Aglae |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES CNPQ::CIENCIAS HUMANAS |
topic |
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES CNPQ::CIENCIAS HUMANAS Prisões, Processos Estéticos, Teatro do Oprimido, Teatro das Oprimidas, Cartografia Prisons, Aesthetic Processes, Theater of the Oppressed, Theater of the Oppressed, Cartography |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Prisões, Processos Estéticos, Teatro do Oprimido, Teatro das Oprimidas, Cartografia |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Prisons, Aesthetic Processes, Theater of the Oppressed, Theater of the Oppressed, Cartography |
description |
A presente tese traça a memória das experiências e escolha de fazer teatro no sistema de custódia e prisional. Está dividida em “Eixos introdutórios”, cinco rotas e o “Compartilhamento de ideias - Alternativas de conclusão”. Os eixos dão sustentação à tese no sentido de apresentar a autora, de explicar o desejo de pesquisar e como foram organizados os procedimentos dos caminhos seguidos. Ainda nos eixos, foram contextualizados fatos que aconteciam no mundo externo e interno durante a escrita da tese, porque faz todo sentido, como aprendiz de cartógrafa e pesquisadora/inventora, explicitar as influências, os perceptos e afectos no qual a pesquisa está implicada. Em termos de procedimentos, a proposição foi cartografar a memória e materializá-la na escrita. As marcas foram condutoras do processo, são parte das vivências ao longo desses quase 14 anos fazendo teatro no cárcere. Os procedimentos rizomáticos foram bússolas que negociavam os desejos e as necessidades do caminho, assim, tomei como princípio a Estética do Oprimido e da Oprimida como “Sul”. Nomeei de dispositivos linhas de fuga que possibilitaram inventar e reinventar potências criadoras dentro do cárcere, de desencarcerar o pensamento e o fazer criativo. As Imagens/geradoras e as Narrativas/geradoras permitiram seguir os rastros durante a escrita da tese e, ao mesmo tempo, fazem parte da potência disparadora da criação cênica e de possibilidades de reinvenção da vida, seja por meio de narrativas-minoritárias, dos sonhos ou das cartas. Confiro à Dramaturgia da Coexistência a possibilidade de criar fissuras na cena e na vida real. As cinco rotas são independentes e cada uma delas conta as experiências de como fizemos teatro e os processos de criação nas instituições totais, em diferentes períodos e contextos. Essas rotas se passaram no Hospital de Custódia e Tratamento, Conjunto Penal de Jequié, uma experiência em Córdoba (AR) e no Conjunto Penal Feminino em momentos distintos, pois é o lugar onde meus encontros com a criação ainda acontecem. Por fim, compartilho as principais ideias da tese e tento aterrar os aprendizados dessa vivência, pois eles não cessam, continuam a cada leitura e releitura que faço, a cada nova marca que se materializa na memória/corpo. Exatamente por esse motivo que não são conclusivas, mas as apresento como alternativas para uma conclusão. Com relação a problemática da tese, ao disparador que foi perseguido durante a jornada, posso dizer que cada rota tem os seus, mas a pedra no caminho, aquela que me fez buscar rotas alternativas, externa e internamente, foi tentar descobrir, verificar ou até mesmo afirmar as possibilidades de inventividade/criatividade humana, mesmo em situações adversas, de como manter o compromisso ético, social e político e transformar linhas duras em devir, de transgredir a dureza do cárcere com arte, de lutar contra pensamentos hegemônicos experimentando alternativas éticas e estéticas. |
publishDate |
2023 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2023-09-27T07:12:32Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2023-09-27T07:12:32Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2023-09-25 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
Doutorado info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37883 |
url |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37883 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal da Bahia |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas (PPGAC) |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFBA |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
Escola de Teatro |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal da Bahia |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFBA instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA) instacron:UFBA |
instname_str |
Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
instacron_str |
UFBA |
institution |
UFBA |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFBA |
collection |
Repositório Institucional da UFBA |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37883/3/TESE%20APROVADA%2025.09.23.pdf.txt https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37883/1/TESE%20APROVADA%2025.09.23.pdf https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37883/2/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
f44a8291a13ab625c46d81b2f961bb94 514579fbe7bee8750eee3449394d2e03 67bf4f75790b0d8d38d8f112a48ad90b |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1808459677111943168 |