“Kalunga guarda muito de nossa memória” semânticas transculturais de Kalunga em contexto diaspórico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Guimarães, Agnes Lima de Oliveira
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39101
Resumo: Esta dissertação investigou os procedimentos de tradução transcultural, por meio de uma análise dos valores e significados operacionais, do termo protobanto Kalunga. Para tanto, organizou a escrita e a interpretação dos dados através de uma abordagem multidisciplinar que posiciona em paridade instrumental-analítica os campos disciplinares da História, da Linguística, da Fi-losofia e da Antropologia. A pesquisa se sustentou por dois aportes analíticos, referentes, res-pectivamente: i. a construção e mobilização das epistemologias do eixo sul, descentralizadas do centro geopolítico de elaboração do saber que está vinculado a ideologias ocidentais as quais integram e determinam hierarquias humanas; e ii. a invocação dos graus constitucionais das ontologias africanas e negro-diaspóricas. A partir desses dois pilares, este trabalho sugere um esquema crítico de propostas africanas para a retomada da autonomia perante os modos de re-conhecimento da identidade e da própria produção científica, ao traçar uma descrição das utili-zações teóricas e políticas de categorias raciais, procurando costurar sentidos sobre “ancestra-lidade”; “diáspora”; “fronteira”; “encruzilhada”; “transculturalidade”; “subjetividade” e “cole-tividade”. A metodologia consiste na sistematização de dois eixos, correspondentes ao registro africano do vocábulo Kalunga e seus significados definidos e ao registro afro-brasileiro, dias-pórico, do referente termo, problemática central desta dissertação, buscando, igualmente, siste-matizar seus modos de uso e significados. Concluída essa etapa, busca-se a uma análise mosai-cista do conceito, empregando, de modo comparativo, um resgate e um cruzamento dos dados resultados dos dois blocos. Eessa proposta metodológica vem amparada pela ferramenta do referencial teórico composto pelo conceito da encruzilhada, permitindo uma observação que incite e instrumentalize a interpretação das fontes de modo a inclinar a cientificidade da inves-tigação por lentes africanas e não-convencionais. Os resultados e as conclusões ou considera-ções finais do estudo ainda serão incluídos a esse resumo inicial.
id UFBA-2_662b54604711f510c3d0f41aea4ef5e2
oai_identifier_str oai:repositorio.ufba.br:ri/39101
network_acronym_str UFBA-2
network_name_str Repositório Institucional da UFBA
repository_id_str 1932
spelling 2024-02-27T14:03:35Z2024-02-27T14:03:35Z2022-07-08https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39101Esta dissertação investigou os procedimentos de tradução transcultural, por meio de uma análise dos valores e significados operacionais, do termo protobanto Kalunga. Para tanto, organizou a escrita e a interpretação dos dados através de uma abordagem multidisciplinar que posiciona em paridade instrumental-analítica os campos disciplinares da História, da Linguística, da Fi-losofia e da Antropologia. A pesquisa se sustentou por dois aportes analíticos, referentes, res-pectivamente: i. a construção e mobilização das epistemologias do eixo sul, descentralizadas do centro geopolítico de elaboração do saber que está vinculado a ideologias ocidentais as quais integram e determinam hierarquias humanas; e ii. a invocação dos graus constitucionais das ontologias africanas e negro-diaspóricas. A partir desses dois pilares, este trabalho sugere um esquema crítico de propostas africanas para a retomada da autonomia perante os modos de re-conhecimento da identidade e da própria produção científica, ao traçar uma descrição das utili-zações teóricas e políticas de categorias raciais, procurando costurar sentidos sobre “ancestra-lidade”; “diáspora”; “fronteira”; “encruzilhada”; “transculturalidade”; “subjetividade” e “cole-tividade”. A metodologia consiste na sistematização de dois eixos, correspondentes ao registro africano do vocábulo Kalunga e seus significados definidos e ao registro afro-brasileiro, dias-pórico, do referente termo, problemática central desta dissertação, buscando, igualmente, siste-matizar seus modos de uso e significados. Concluída essa etapa, busca-se a uma análise mosai-cista do conceito, empregando, de modo comparativo, um resgate e um cruzamento dos dados resultados dos dois blocos. Eessa proposta metodológica vem amparada pela ferramenta do referencial teórico composto pelo conceito da encruzilhada, permitindo uma observação que incite e instrumentalize a interpretação das fontes de modo a inclinar a cientificidade da inves-tigação por lentes africanas e não-convencionais. Os resultados e as conclusões ou considera-ções finais do estudo ainda serão incluídos a esse resumo inicial.This dissertation seeks to develop an investigation about the procedures of cross-cultural trans-lation through an analysis of the values and operational meanings of the term proto-bantu Ka-lunga, therefore, it seeks to organize the writing and interpretation of data through a multidis-ciplinary approach in which it positions in instrumental-analytical parity the disciplinary fields related to history, linguistics, philosophy and anthropology. The research revolves around two main referring discursive supports, respectively: i. the construction and mobilization of the epis-temologies of the south axis, decentralized from the geopolitical center of the elaboration of knowledge, linked to western ideologies which integrate and determine human hierarchies; and ii. the invocation of the constitutional degrees of African and black diasporic ontologies. Based on these two pillars, a writing structure is proposed that proposes a critical scheme of African proposals for the resumption of autonomy in the face of modes of identity recognition and sci-entific production itself, for this purpose, it outlines a description of African subjectivities and theoretical uses and policies of the inherent racial categories, seeking to sew meanings about ancestry; diaspora; border; crossroads; transculturality; subjectivity; and collectivity. The meth-odology outlined consists of the systematization of two axes corresponding to the African reg-istration of the word Kalunga and its defined meanings; and the Afro-Brazilian, diasporic record of the referent term, the central issue of this dissertation, also seeking to systematize its modes of use and meanings. Once this stage is concluded, a mosaic analysis of the concept is sought, using, in a comparative way, a rescue and a crossing of the data results of the two blocks, this methodological proposal is supported by the theoretical reference tool composed by the cross-roads concept, allowing a observation that incites and instrumentalizes the interpretation of the sources in order to incline the scientificity of the investigation through African and non-tradi-tional lenses. The results and conclusions or final considerations of the study will still be in-cluded in this initial summary.CAPESporUniversidade Federal da BahiaPrograma Multidisciplinar de Pós-Graduação em Estudos Étnicos e Africanos (PÓS-AFRO) UFBABrasilFaculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)Cross-cultural translationAfrican philosophySouthern epistemologyBlack ontologyCNPQ::CIENCIAS HUMANASTradução transculturalFilosofia africanaEpistemologia sulOntologia negra“Kalunga guarda muito de nossa memória” semânticas transculturais de Kalunga em contexto diaspóricoMestrado Acadêmicoinfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionMarques, Diego FerreiraMaques, Diego FerreiraParés, Luís NicolauFrança, Rodrigo Ornelashttps://lattes.cnpq.br/7496384638551106Guimarães, Agnes Lima de OliveiraANGENOT, Geralda V.; ANGENOT, Jean-Pierre; HUTA-MUKANA, Daniel Mutombo. A origem das denominações genéricas das divindades superiores e inferiores da cosmogonia bantu atestadas no português brasileiro. PAPIA, n. 19, p. 9-22, 2009. ANGENOT, Geralda V.; ANGENOT, Jean-Pierre; MANIACKY, Jacky. Glossário de bantuismos brasileiros presumidos. Rondônia: Revista Eletrônica Língua Viva, Rondônia, n. 2, p. 1- 250, 2013. Disponível em: https://www.periodicos.unir.br/index.php/linguaviva/article/view/724/772. Acesso em: 5 mai. 2021.ASSIS JÚNIOR, A. Dicionário Kimbundu-Português: Linguístico, Botânico, Histórico e Corográfico, seguido de um índice alfabético dos nomes próprios. Library University of Toronto: Edição de Argente; Luanda: Santos & C, L, 1967. CHATELAIN, Heli. Bantu Notes and Vocabularies. No. III. The Ma-Iaka and Their Language. Journal of the American Geographical Society of New York, Nova Iorque, v. 26, p. 51-67, 1894a. CHATELAIN, Heli. Folk-Tales of Angola. Memoirs of The American Folk-lore Society, Boston; New York, v. 1, p. 249-276, 1894b. CHATELAIN, Heli. Geographic Names of Angola, West Africa. Journal of the American Geographical Society of New York, Nova Iorque, v. 25, p. 304-312, 1893. CHATELAIN, Heli; SUMMERS, W. R. Bantu Notes and Vocabularies. No. II. Comparative Tables and Vocabularies of Lange, Songe, Mbangala, Kioko, Lunda, etc. Journal of the American Geographical Society of New York, Nova Iorque, v. 26, p. 208-240, 1894. FU-KIAU, Kimbwandende Kia Bunseki. African Cosmology of the Bantu-Kongo: Tying the Spiritual Knot, Principles of Life & Living. Nova Iorque: AtheliaHenrietta Press, 2001. HAMBLING, Wildrid D. The ovimbundo of Angola. Anthropological series, Illinois, v. 21, n. 2, 1934. AKE, Claude E. Ciência social como imperialismo. In: LAUER, Helen Lauer; ANYIDOHO, Kofi. O resgate das ciências humanas e das humanidades através de perspectivas africanas. Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2016. v. 1, p. 124-186. (Coleção Relações Internacionais). ARAÚJO, Rosângela Costa. Iê, viva meu mestre: a Capoeira Angola da 'escola pastiniana' como práxis educativa. 2004. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004. BARTH, Fredrick. Grupos Étnicos e suas Fronteiras. São Paulo: Editora Unesp, 1995. CASTRO, Yeda Pessoa. Antropologia e Linguística nos estudos afro-brasileiros. Revista Afro-Ásia, Salvador, BA, n.12, p. 211-227, 1976. CASTRO, Yeda Pessoa. Marcas de Africania no Português Brasileiro. Africanias.com, Salvador, BA, v. 1, p. 1-7, 2011. CHRISTINO, Beatriz. “Hoje nós não somos mais Huni Kuin só na nossa língua”: o português kaxinawá em interações transculturais. Trab. Ling. Aplic., Campinas, SP, v. 57, n. 3, p. 1486-1511, set./dez. 2018. CREEL, Margaret Washington. Gullah Attitudes toward Life and Death. In: HOLLOWAY, Joseph E. (org). Africanism in American Culture. Indianapolis/EUA: Indiana University, 1990. p. 69-97. ERIKSEN, Thomas Hylland. Ethnicity & Nationalism Anthropological Perspectives. London: Pluto Press, 2010. EVARISTO, Conceição. Águas de Kalunga. Rio de Janeiro: Museu de Arte do Rio, 2019, podcast (15:30min.). Disponível em: https://museudeartedorio.org.br/podcast/aguas-de-kalunga-por-conceicao-evaristo-1/. Acesso em: 12 jun. 2022. FANON, Frantz. Pele negra máscaras brancas. Salvador: Edufba, 2008. FREITAS, Neide; QUEIROZ, Sônia (Orgs). Vissungos: cantos afrodescendentes em Minas Gerais. 3. ed. rev. e ampl. Belo Horizonte: Faculdade de Letras da UFMG, 2015. GONÇALVES, Ana Maria. Um defeito de cor. 22. ed. Rio de Janeiro; São Paulo: Record, 2020. HAMPATE BA. A tradição Viva. In: UNESCO. História geral da África: metodologia e pré-história da África. 2. ed. Brasília: UNESCO, 2010. 1 v. HOUTONDJI, Paulin. Conhecimento de África, conhecimento de Africanos: Duas perspectivas sobre os Estudos Africanos. Revista Crítica de Ciências Sociais, Coimbra, PT, v. 80, 2008. JUNG, Carl. O eu e o inconsciente. Petrópolis: Vozes, 2008. KOPYTOFF, Igor. Slavery. Annual Review of Anthropology, Nova Iorque, EUA, v. 11, p. 207-230, 1982. LIMA, Agnes. Africanizando a educação: o conceito de Kalunga como um instrumento didático-pedagógico. 2018. Monografia (Graduação em História) – Instituto de História, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018.reponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALGUIMARAES, Agnes Lima de Oliveira. KALUNGA GUARDA MUITO DE NOSSA MEMÓRIA Semânticas Transculturais de Kalunga em Contexto Diaspórico-1.pdfGUIMARAES, Agnes Lima de Oliveira. KALUNGA GUARDA MUITO DE NOSSA MEMÓRIA Semânticas Transculturais de Kalunga em Contexto Diaspórico-1.pdfapplication/pdf1619532https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/39101/1/GUIMARAES%2c%20Agnes%20Lima%20de%20Oliveira.%20KALUNGA%20GUARDA%20MUITO%20DE%20NOSSA%20MEM%c3%93RIA%20Sem%c3%a2nticas%20Transculturais%20de%20Kalunga%20em%20Contexto%20Diasp%c3%b3rico-1.pdfc6852af0672663ec70c4931f9b32715fMD51open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1720https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/39101/2/license.txtd9b7566281c22d808dbf8f29ff0425c8MD52open accessri/391012024-02-27 11:03:35.649open accessoai:repositorio.ufba.br:ri/39101TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBvIGF1dG9yIG91IHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3Vtbykgbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlL291IGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBlL291IHbDrWRlby4KCk8gYXV0b3Igb3UgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IgY29uY29yZGEgcXVlIG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIGUvb3UgZm9ybWF0byBwYXJhIGZpbnMgZGUgcHJlc2VydmHDp8OjbywgcG9kZW5kbyBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLiAKCk8gYXV0b3Igb3UgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IgZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIG7Do28sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBwYXJhIGNvbmNlZGVyIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBkZSBwcm9wcmllZGFkZSBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBSRVNVTFRFIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIE9SR0FOSVNNTywgVk9Dw4ogREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklTw4NPLCBDT01PIFRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l0w7NyaW8gc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyLCBjbGFyYW1lbnRlLCBvIChzKSBzZXUocykgbm9tZSAocykgb3UgbyAocykgbm9tZSAocykgZG8gKHMpIGRldGVudG9yIChlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIGFsw6ltIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuCg==Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322024-02-27T14:03:35Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv “Kalunga guarda muito de nossa memória” semânticas transculturais de Kalunga em contexto diaspórico
title “Kalunga guarda muito de nossa memória” semânticas transculturais de Kalunga em contexto diaspórico
spellingShingle “Kalunga guarda muito de nossa memória” semânticas transculturais de Kalunga em contexto diaspórico
Guimarães, Agnes Lima de Oliveira
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS
Tradução transcultural
Filosofia africana
Epistemologia sul
Ontologia negra
Cross-cultural translation
African philosophy
Southern epistemology
Black ontology
title_short “Kalunga guarda muito de nossa memória” semânticas transculturais de Kalunga em contexto diaspórico
title_full “Kalunga guarda muito de nossa memória” semânticas transculturais de Kalunga em contexto diaspórico
title_fullStr “Kalunga guarda muito de nossa memória” semânticas transculturais de Kalunga em contexto diaspórico
title_full_unstemmed “Kalunga guarda muito de nossa memória” semânticas transculturais de Kalunga em contexto diaspórico
title_sort “Kalunga guarda muito de nossa memória” semânticas transculturais de Kalunga em contexto diaspórico
author Guimarães, Agnes Lima de Oliveira
author_facet Guimarães, Agnes Lima de Oliveira
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Marques, Diego Ferreira
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Maques, Diego Ferreira
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Parés, Luís Nicolau
dc.contributor.referee3.fl_str_mv França, Rodrigo Ornelas
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv https://lattes.cnpq.br/7496384638551106
dc.contributor.author.fl_str_mv Guimarães, Agnes Lima de Oliveira
contributor_str_mv Marques, Diego Ferreira
Maques, Diego Ferreira
Parés, Luís Nicolau
França, Rodrigo Ornelas
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS HUMANAS
topic CNPQ::CIENCIAS HUMANAS
Tradução transcultural
Filosofia africana
Epistemologia sul
Ontologia negra
Cross-cultural translation
African philosophy
Southern epistemology
Black ontology
dc.subject.por.fl_str_mv Tradução transcultural
Filosofia africana
Epistemologia sul
Ontologia negra
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Cross-cultural translation
African philosophy
Southern epistemology
Black ontology
description Esta dissertação investigou os procedimentos de tradução transcultural, por meio de uma análise dos valores e significados operacionais, do termo protobanto Kalunga. Para tanto, organizou a escrita e a interpretação dos dados através de uma abordagem multidisciplinar que posiciona em paridade instrumental-analítica os campos disciplinares da História, da Linguística, da Fi-losofia e da Antropologia. A pesquisa se sustentou por dois aportes analíticos, referentes, res-pectivamente: i. a construção e mobilização das epistemologias do eixo sul, descentralizadas do centro geopolítico de elaboração do saber que está vinculado a ideologias ocidentais as quais integram e determinam hierarquias humanas; e ii. a invocação dos graus constitucionais das ontologias africanas e negro-diaspóricas. A partir desses dois pilares, este trabalho sugere um esquema crítico de propostas africanas para a retomada da autonomia perante os modos de re-conhecimento da identidade e da própria produção científica, ao traçar uma descrição das utili-zações teóricas e políticas de categorias raciais, procurando costurar sentidos sobre “ancestra-lidade”; “diáspora”; “fronteira”; “encruzilhada”; “transculturalidade”; “subjetividade” e “cole-tividade”. A metodologia consiste na sistematização de dois eixos, correspondentes ao registro africano do vocábulo Kalunga e seus significados definidos e ao registro afro-brasileiro, dias-pórico, do referente termo, problemática central desta dissertação, buscando, igualmente, siste-matizar seus modos de uso e significados. Concluída essa etapa, busca-se a uma análise mosai-cista do conceito, empregando, de modo comparativo, um resgate e um cruzamento dos dados resultados dos dois blocos. Eessa proposta metodológica vem amparada pela ferramenta do referencial teórico composto pelo conceito da encruzilhada, permitindo uma observação que incite e instrumentalize a interpretação das fontes de modo a inclinar a cientificidade da inves-tigação por lentes africanas e não-convencionais. Os resultados e as conclusões ou considera-ções finais do estudo ainda serão incluídos a esse resumo inicial.
publishDate 2022
dc.date.issued.fl_str_mv 2022-07-08
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2024-02-27T14:03:35Z
dc.date.available.fl_str_mv 2024-02-27T14:03:35Z
dc.type.driver.fl_str_mv Mestrado Acadêmico
info:eu-repo/semantics/masterThesis
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39101
url https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39101
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.references.pt_BR.fl_str_mv ANGENOT, Geralda V.; ANGENOT, Jean-Pierre; HUTA-MUKANA, Daniel Mutombo. A origem das denominações genéricas das divindades superiores e inferiores da cosmogonia bantu atestadas no português brasileiro. PAPIA, n. 19, p. 9-22, 2009. ANGENOT, Geralda V.; ANGENOT, Jean-Pierre; MANIACKY, Jacky. Glossário de bantuismos brasileiros presumidos. Rondônia: Revista Eletrônica Língua Viva, Rondônia, n. 2, p. 1- 250, 2013. Disponível em: https://www.periodicos.unir.br/index.php/linguaviva/article/view/724/772. Acesso em: 5 mai. 2021.ASSIS JÚNIOR, A. Dicionário Kimbundu-Português: Linguístico, Botânico, Histórico e Corográfico, seguido de um índice alfabético dos nomes próprios. Library University of Toronto: Edição de Argente; Luanda: Santos & C, L, 1967. CHATELAIN, Heli. Bantu Notes and Vocabularies. No. III. The Ma-Iaka and Their Language. Journal of the American Geographical Society of New York, Nova Iorque, v. 26, p. 51-67, 1894a. CHATELAIN, Heli. Folk-Tales of Angola. Memoirs of The American Folk-lore Society, Boston; New York, v. 1, p. 249-276, 1894b. CHATELAIN, Heli. Geographic Names of Angola, West Africa. Journal of the American Geographical Society of New York, Nova Iorque, v. 25, p. 304-312, 1893. CHATELAIN, Heli; SUMMERS, W. R. Bantu Notes and Vocabularies. No. II. Comparative Tables and Vocabularies of Lange, Songe, Mbangala, Kioko, Lunda, etc. Journal of the American Geographical Society of New York, Nova Iorque, v. 26, p. 208-240, 1894. FU-KIAU, Kimbwandende Kia Bunseki. African Cosmology of the Bantu-Kongo: Tying the Spiritual Knot, Principles of Life & Living. Nova Iorque: AtheliaHenrietta Press, 2001. HAMBLING, Wildrid D. The ovimbundo of Angola. Anthropological series, Illinois, v. 21, n. 2, 1934. AKE, Claude E. Ciência social como imperialismo. In: LAUER, Helen Lauer; ANYIDOHO, Kofi. O resgate das ciências humanas e das humanidades através de perspectivas africanas. Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2016. v. 1, p. 124-186. (Coleção Relações Internacionais). ARAÚJO, Rosângela Costa. Iê, viva meu mestre: a Capoeira Angola da 'escola pastiniana' como práxis educativa. 2004. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004. BARTH, Fredrick. Grupos Étnicos e suas Fronteiras. São Paulo: Editora Unesp, 1995. CASTRO, Yeda Pessoa. Antropologia e Linguística nos estudos afro-brasileiros. Revista Afro-Ásia, Salvador, BA, n.12, p. 211-227, 1976. CASTRO, Yeda Pessoa. Marcas de Africania no Português Brasileiro. Africanias.com, Salvador, BA, v. 1, p. 1-7, 2011. CHRISTINO, Beatriz. “Hoje nós não somos mais Huni Kuin só na nossa língua”: o português kaxinawá em interações transculturais. Trab. Ling. Aplic., Campinas, SP, v. 57, n. 3, p. 1486-1511, set./dez. 2018. CREEL, Margaret Washington. Gullah Attitudes toward Life and Death. In: HOLLOWAY, Joseph E. (org). Africanism in American Culture. Indianapolis/EUA: Indiana University, 1990. p. 69-97. ERIKSEN, Thomas Hylland. Ethnicity & Nationalism Anthropological Perspectives. London: Pluto Press, 2010. EVARISTO, Conceição. Águas de Kalunga. Rio de Janeiro: Museu de Arte do Rio, 2019, podcast (15:30min.). Disponível em: https://museudeartedorio.org.br/podcast/aguas-de-kalunga-por-conceicao-evaristo-1/. Acesso em: 12 jun. 2022. FANON, Frantz. Pele negra máscaras brancas. Salvador: Edufba, 2008. FREITAS, Neide; QUEIROZ, Sônia (Orgs). Vissungos: cantos afrodescendentes em Minas Gerais. 3. ed. rev. e ampl. Belo Horizonte: Faculdade de Letras da UFMG, 2015. GONÇALVES, Ana Maria. Um defeito de cor. 22. ed. Rio de Janeiro; São Paulo: Record, 2020. HAMPATE BA. A tradição Viva. In: UNESCO. História geral da África: metodologia e pré-história da África. 2. ed. Brasília: UNESCO, 2010. 1 v. HOUTONDJI, Paulin. Conhecimento de África, conhecimento de Africanos: Duas perspectivas sobre os Estudos Africanos. Revista Crítica de Ciências Sociais, Coimbra, PT, v. 80, 2008. JUNG, Carl. O eu e o inconsciente. Petrópolis: Vozes, 2008. KOPYTOFF, Igor. Slavery. Annual Review of Anthropology, Nova Iorque, EUA, v. 11, p. 207-230, 1982. LIMA, Agnes. Africanizando a educação: o conceito de Kalunga como um instrumento didático-pedagógico. 2018. Monografia (Graduação em História) – Instituto de História, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018.
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal da Bahia
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Estudos Étnicos e Africanos (PÓS-AFRO) 
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFBA
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal da Bahia
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFBA
instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron:UFBA
instname_str Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron_str UFBA
institution UFBA
reponame_str Repositório Institucional da UFBA
collection Repositório Institucional da UFBA
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/39101/1/GUIMARAES%2c%20Agnes%20Lima%20de%20Oliveira.%20KALUNGA%20GUARDA%20MUITO%20DE%20NOSSA%20MEM%c3%93RIA%20Sem%c3%a2nticas%20Transculturais%20de%20Kalunga%20em%20Contexto%20Diasp%c3%b3rico-1.pdf
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/39101/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv c6852af0672663ec70c4931f9b32715f
d9b7566281c22d808dbf8f29ff0425c8
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1808459689326804992