A casa e o clima: (trans)formações da arquitetura habitacional no Brasil (Século XVII - Século XIX)
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24902 |
Resumo: | Os detalhes construtivos da arquitetura habitacional brasileira pretérita, na perspectiva de conforto ambiental, possibilitam a percepção de soluções arquitetônicas e de detalhes construtivos que atendem direta ou indiretamente aos rigores característicos do clima tropical. Este estudo teve como objetivos analisar como a habitação construída no Brasil, ao longo de três séculos, foi sendo transformada para melhor se adaptar aos diversos climas locais; estudar a arquitetura habitacional entendida como “o abrigo”, com respeito ao clima, como a “terceira pele”, capaz de proteger seus ocupantes das condições adversas do entorno imediato, e interagir com esses, a fim de proporcionar-lhes condições de conforto. Buscou-se analisar como o clima pode ter interferido nas transformações processadas nas casas no Brasil, ao longo do tempo e conhecer quais elementos da construção foram introduzidos ou modificados, e as alterações processadas no arcabouço construtivo das edificações, referentes às inserções, ampliações ou supressões de espaços ocorridos, que funcionaram como modeladores das condições ambientais internas para melhorar sua qualidade sob o ponto de vista do conforto ambiental. Metodologicamente, optou-se por uma abordagem analítica, histórica e técnica. Através dos resultados obtidos na aná- lise dos dados coletados, reafirma-se que tanto a arquitetura rural quanto a urbana, construídas no Brasil, foram feitas segundo modelos originários de Portugal. Os pólos de atividades exploratórias extrativistas e agropecuárias desenvolvidos desde os primórdios da colonização, foram responsáveis pela expansão e ocupação do território brasileiro e, muitas vezes, assumiram um caráter regionalista, tanto na forma de exploração como na arquitetura habitacional resultante. Nesse sentido, as distintas tipologias de habitações rurais e os sistemas construtivos, mostraram os vínculos existentes com suas origens em Portugal e com os novos locais onde foram implantadas no Brasil, determinando que as escolhas não se deram de forma aleatória, mas subordinadas tanto às características dos materiais disponíveis quanto ao clima do lugar. Na definição dos novos traçados de vilas a partir da segunda metade do século XVIII, o clima pode ter influenciado na orientação do rumo das ruas para responder às características do lugar geográfico e do clima. Do mesmo modo, o clima influiu nas transformações processadas nos edifícios e na definição dos espaços de moradia, através de diversos detalhes e soluções construtivas utilizadas nas casas urbanas no Brasil. Estas mudanças também resultaram da necessidade de atender às novas propostas urbanísticas e aos novos parâmetros sócio-culturais, político-administrativos, estéticos e ou sanitários, definidos a partir do segundo quartel do séulo XIX. Concluiu-se que, ao longo dos séculos, as experiências acumuladas e as novas proposições e transformações processadas na arquitetura habitacional redundaram, no final do século XIX, em uma construção que, além de atender aos requisitos espaciais resultantes da forma de apropriação e da necessidade de uso dos espaços da moradia e de seus componentes construtivos, principalmente relativos à própria “pele” dos edifícios – de interação direta com o exterior –, vieram contribuir para a melhoria das condições de conforto humano no interior das habitações e em construções melhor adaptadas ao clima. Possibilitaram dessa maneira uma edificação que trabalhasse passivamente com o clima, tirando dele o melhor proveito para garantir melhores condições de conforto e salubridade a seus habitantes. |
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Klüppel, Griselda PinheiroFernandes, AnaFernandes, AnaLins, Eugênio de ÁvilaOliveira, Mário Mendonça deRomero, Marta Adriana BustosAndrade, Telma Cortes2017-12-21T19:07:41Z2017-12-21T19:07:41Z2017-12-212009http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24902Os detalhes construtivos da arquitetura habitacional brasileira pretérita, na perspectiva de conforto ambiental, possibilitam a percepção de soluções arquitetônicas e de detalhes construtivos que atendem direta ou indiretamente aos rigores característicos do clima tropical. Este estudo teve como objetivos analisar como a habitação construída no Brasil, ao longo de três séculos, foi sendo transformada para melhor se adaptar aos diversos climas locais; estudar a arquitetura habitacional entendida como “o abrigo”, com respeito ao clima, como a “terceira pele”, capaz de proteger seus ocupantes das condições adversas do entorno imediato, e interagir com esses, a fim de proporcionar-lhes condições de conforto. Buscou-se analisar como o clima pode ter interferido nas transformações processadas nas casas no Brasil, ao longo do tempo e conhecer quais elementos da construção foram introduzidos ou modificados, e as alterações processadas no arcabouço construtivo das edificações, referentes às inserções, ampliações ou supressões de espaços ocorridos, que funcionaram como modeladores das condições ambientais internas para melhorar sua qualidade sob o ponto de vista do conforto ambiental. Metodologicamente, optou-se por uma abordagem analítica, histórica e técnica. Através dos resultados obtidos na aná- lise dos dados coletados, reafirma-se que tanto a arquitetura rural quanto a urbana, construídas no Brasil, foram feitas segundo modelos originários de Portugal. Os pólos de atividades exploratórias extrativistas e agropecuárias desenvolvidos desde os primórdios da colonização, foram responsáveis pela expansão e ocupação do território brasileiro e, muitas vezes, assumiram um caráter regionalista, tanto na forma de exploração como na arquitetura habitacional resultante. Nesse sentido, as distintas tipologias de habitações rurais e os sistemas construtivos, mostraram os vínculos existentes com suas origens em Portugal e com os novos locais onde foram implantadas no Brasil, determinando que as escolhas não se deram de forma aleatória, mas subordinadas tanto às características dos materiais disponíveis quanto ao clima do lugar. Na definição dos novos traçados de vilas a partir da segunda metade do século XVIII, o clima pode ter influenciado na orientação do rumo das ruas para responder às características do lugar geográfico e do clima. Do mesmo modo, o clima influiu nas transformações processadas nos edifícios e na definição dos espaços de moradia, através de diversos detalhes e soluções construtivas utilizadas nas casas urbanas no Brasil. Estas mudanças também resultaram da necessidade de atender às novas propostas urbanísticas e aos novos parâmetros sócio-culturais, político-administrativos, estéticos e ou sanitários, definidos a partir do segundo quartel do séulo XIX. Concluiu-se que, ao longo dos séculos, as experiências acumuladas e as novas proposições e transformações processadas na arquitetura habitacional redundaram, no final do século XIX, em uma construção que, além de atender aos requisitos espaciais resultantes da forma de apropriação e da necessidade de uso dos espaços da moradia e de seus componentes construtivos, principalmente relativos à própria “pele” dos edifícios – de interação direta com o exterior –, vieram contribuir para a melhoria das condições de conforto humano no interior das habitações e em construções melhor adaptadas ao clima. Possibilitaram dessa maneira uma edificação que trabalhasse passivamente com o clima, tirando dele o melhor proveito para garantir melhores condições de conforto e salubridade a seus habitantes.Human beings always have been trying to protect themselves against rain and wind,excessive cold and heat, adapting their living habits to the climatic conditions they have been living in. When the Europeans colonized the tropical regions of the New World they found themselves confronted with climates which were different from their countries of origin and thus they had to modify their traditional ways of building in order to survive in the new environment. This doctoral thesis analyzes how architecture built in Brazil from the first Portuguese settlements throughout the late nineteenth-century adapted to different local cilmates and how the ways of building changed over the course of these more than three hundred years. It also wants to study housing conceived as “shelter” against metereological adversities and as a “third skin” which protects its occupants against surrounding hostile conditions and which makes positive and pleasant interactions with the climate possible. It finally tries to single out those architectural elements of European origin that were maintained in their original form in Brazil, opposing them to those which were surpressed, which underwent changes and which were newly brought in. Using an analytical, historical and technical method to describe and classify the collected data the main result of this thesis highlights once more the importance of Portuguese architecture for colonial Brazilian housing models. From the beginning of the Portuguese colonization in Brazil,agriculture and cattle breeding were the main reasons for the Portuguese colonizers to move inlands and to found new settlements which very often had to adapt to specific regional conditions which led to innovations in farming as well as in housing. Nevertheless the new types of rural housing and their constructive structure still make their Portuguese origin and influence evident. However, changes made to Portuguese building traditions were not only the result of different climatic conditions but also of the availability of construction materials. In the urban plans for new villages and cities of the eighteenth century the climate played together with geographical factors an eminent role; the same can be seen analyzing individual buildings. But also changed socio-cultural, political-administrative, aesthetic and hygienic demands must not be neglected in evaluating the changing attitude towards climatic factors. At the end of the nineteenth century, experiences gained over several centuries together with new propositions led to new types of constructions which met the spacial demands which had arisen as a consequence of changed living and working habits. The new structural components, especially those in connection with the “skin” of the buildings, i. e. those which have direct contact with outdoor conditions, furthered the development of constructions that took advantage of climatic factors in a passive way, and thus providing the best living conditions and hygienic standards for their inhabitants.Submitted by Biblioteca de Arquitetura (bibarq@ufba.br) on 2017-12-21T18:27:34Z No. of bitstreams: 2 Tese GRISELDA KLÜPPEL.pdf: 17445222 bytes, checksum: 5818b21eb9ebd033c4c4e97b2a73b167 (MD5) Capa Tese Griselda Klüppel.pdf: 3328134 bytes, checksum: 9de4fcde91192d7c20c54021e4b0e896 (MD5)Approved for entry into archive by Eleonora Guimaraes (esilva@ufba.br) on 2017-12-21T19:07:41Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Tese GRISELDA KLÜPPEL.pdf: 17445222 bytes, checksum: 5818b21eb9ebd033c4c4e97b2a73b167 (MD5) Capa Tese Griselda Klüppel.pdf: 3328134 bytes, checksum: 9de4fcde91192d7c20c54021e4b0e896 (MD5)Made available in DSpace on 2017-12-21T19:07:41Z (GMT). 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