Guerra às pretas: reflexões acerca da relação entre a feminização da pobreza e o encarceramento em massa de brasileiras pelo tráfico de drogas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Araújo, Alice Fagundes De
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38783
Resumo: Os dados estatísticos apontam a ocorrência de um aumento vertiginoso no encarce- ramento de mulheres por tráfico de drogas, no Brasil, nas últimas décadas. À luz da hipótese de que tal fenômeno tem relação com a feminização da pobreza, é propos- ta uma análise da inserção feminina no tráfico de drogas, tendo em vista os papéis e deveres de gênero atribuídos socialmente às mulheres – na dinâmica cotidiana das atividades lícitas e ilícitas. Levando em conta que, embora ilegal, o tráfico de drogas consiste radicalmente em uma atividade comercial, a investigação diz respeito aos aspectos estruturais que sustentam as desigualdades nas relações raciais e de gê- nero, demonstrando o papel do cárcere, que a partir do punitivismo da “guerra às drogas” opera uma manutenção da ordem social capitalista alicerçada no racismo e no machismo. Para tanto, realizar-se-á a análise crítica da história do país, que reve- la que a seleção de mulheres negras pelo sistema de justiça criminal opera a manu- tenção da segregação que supostamente teria sido abolida através de dois artigos, em 1888.
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Para tanto, realizar-se-á a análise crítica da história do país, que reve- la que a seleção de mulheres negras pelo sistema de justiça criminal opera a manu- tenção da segregação que supostamente teria sido abolida através de dois artigos, em 1888.Los datos estadísticos indican la ocurrencia de un aumento vertiginoso del encarcelamiento de mujeres por tráfico de drogas en Brasil en las últimas décadas. A la luz de la hipótesis de que este fenómeno está relacionado con la feminización de la pobreza, se propone un análisis de la inserción femenina en el narcotráfico, en vista de los roles y deberes de género atribuidos socialmente a las mujeres – en la dinámica diaria de las actividades lícitas e ilícitas. Teniendo en cuenta que, aunque ilegal, el narcotráfico es radicalmente una actividad comercial, la investigación se refiere a los aspectos estructurales que sustentan las desigualdades en las relaciones raciales y de género, demostrar el papel de la prisión, que desde el punitivismo de la "guerra contra las drogas" opera un mantenimiento del orden social capitalista basado en el racismo y el racismo. Con este fin, se llevará a cabo un análisis crítico de la historia del país, que revela que la selección de las mujeres negras por el sistema de justicia penal opera el mantenimiento de la segregación que supuestamente habría sido abolida a través de dos artículos en 1888.Submitted by Núcleo de Monografia e Atividade Complementares (numacdireito@gmail.com) on 2023-08-29T09:51:18Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 701 bytes, checksum: 42fd4ad1e89814f5e4a476b409eb708c (MD5) Alice Fagundes De Araújo.pdf: 1011643 bytes, checksum: 86bd70bdd62ab555a9a8be80ff201239 (MD5)Approved for entry into archive by Uillis de Assis Santos (uillis.assis@ufba.br) on 2023-12-22T21:42:29Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Alice Fagundes De Araújo.pdf: 1011643 bytes, checksum: 86bd70bdd62ab555a9a8be80ff201239 (MD5) license_rdf: 701 bytes, checksum: 42fd4ad1e89814f5e4a476b409eb708c (MD5)Made available in DSpace on 2023-12-22T21:42:29Z (GMT). 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