Caracterização dos estuários dos rios Jacuípe, Jaguaripe e Paraguaçu a partir de bioclastos recentes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Marcus Vinicius Peralva
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24781
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo caracterizar os estuários dos rios Jacuípe, Paraguaçu e Jaguaripe, utilizando a distribuição, as assinaturas tafonômicas e o grau de adsorção de metais em bioclastos. Foram definidos 16, 18 e 18 pontos amostrais para cada estuário, respectivamente, nos quais obteve-se amostras de sedimentos superficiais durante uma estação seca e uma chuvosa nos anos de 2010 e 2011. Pode-se constatar que os três estuários se caracterizam pelo predomínio de grãos autóctones (lascas de madeira), sendo os grãos alóctones marinhos, com destaque a categoria alga calcária bastante abundantes na estação seca, em particular no rio Jacuípe. Os rios em geral, apresentam o predomínio de grãos sem arredondamento nos dois períodos amostrais, embora no rio Jaguaripe ocorra uma grande abundância de grãos nível 4 durante a estação seca. Os bioclastos tendem a ser pretos nas duas estações nos rios Paraguaçu e Jaguaripe, indicando o retrabalhamento do sedimento de fundo, enquanto que no rio Jacuípe, prevalece os grãos brancos (evidenciando um incremento de novos grãos) durante a estação seca e os grãos pretos no período chuvoso. Todos os três rios apresentam elevados percentuais de grãos abrasados (refletindo o transporte preferencial destes por rolamento) e com ausência de incrustações e bioerosões (reflexo do transporte dos grãos por rolamento e da hidrodinâmica que varia de moderada a alta). A sedimentação varia entre os estuários, com predomínio de grãos atuais no período seco e de relíquias no chuvoso, no rio Jacuípe, enquanto que nos outros dois estuários prevalecem os grãos relíquias em ambas as estações. Verificou-se que os estuários comportam-se sazonalmente de formas variadas, sendo que o rio Jacuípe apresenta as maiores variações, tanto na distribuição e representatividade dos grãos alóctones e autóctones, quanto nos padrões das suas assinaturas tafonômicas. Os valores de metais pesados registrados (apenas no Jacuípe) foram considerados ínfimos, sendo oriundos provavelmente do próprio ambiente dos organismos e precipitados ainda em vida. Por fim, os estuários dos rios Paraguaçu e Jaguaripe mostraram-se bem parecidos quanto aos padrões tafonômicos, variando apenas quanto à energia hidrodinâmica (alta no primeiro rio e moderada no segundo).
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spelling Santos, Marcus Vinicius PeralvaSantos, Marcus Vinicius PeralvaMachado, Altair de Jesus2017-12-12T17:07:49Z2017-12-12T17:07:49Z2017-12-122017-09http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24781O presente trabalho teve como objetivo caracterizar os estuários dos rios Jacuípe, Paraguaçu e Jaguaripe, utilizando a distribuição, as assinaturas tafonômicas e o grau de adsorção de metais em bioclastos. Foram definidos 16, 18 e 18 pontos amostrais para cada estuário, respectivamente, nos quais obteve-se amostras de sedimentos superficiais durante uma estação seca e uma chuvosa nos anos de 2010 e 2011. Pode-se constatar que os três estuários se caracterizam pelo predomínio de grãos autóctones (lascas de madeira), sendo os grãos alóctones marinhos, com destaque a categoria alga calcária bastante abundantes na estação seca, em particular no rio Jacuípe. Os rios em geral, apresentam o predomínio de grãos sem arredondamento nos dois períodos amostrais, embora no rio Jaguaripe ocorra uma grande abundância de grãos nível 4 durante a estação seca. Os bioclastos tendem a ser pretos nas duas estações nos rios Paraguaçu e Jaguaripe, indicando o retrabalhamento do sedimento de fundo, enquanto que no rio Jacuípe, prevalece os grãos brancos (evidenciando um incremento de novos grãos) durante a estação seca e os grãos pretos no período chuvoso. Todos os três rios apresentam elevados percentuais de grãos abrasados (refletindo o transporte preferencial destes por rolamento) e com ausência de incrustações e bioerosões (reflexo do transporte dos grãos por rolamento e da hidrodinâmica que varia de moderada a alta). A sedimentação varia entre os estuários, com predomínio de grãos atuais no período seco e de relíquias no chuvoso, no rio Jacuípe, enquanto que nos outros dois estuários prevalecem os grãos relíquias em ambas as estações. Verificou-se que os estuários comportam-se sazonalmente de formas variadas, sendo que o rio Jacuípe apresenta as maiores variações, tanto na distribuição e representatividade dos grãos alóctones e autóctones, quanto nos padrões das suas assinaturas tafonômicas. Os valores de metais pesados registrados (apenas no Jacuípe) foram considerados ínfimos, sendo oriundos provavelmente do próprio ambiente dos organismos e precipitados ainda em vida. Por fim, os estuários dos rios Paraguaçu e Jaguaripe mostraram-se bem parecidos quanto aos padrões tafonômicos, variando apenas quanto à energia hidrodinâmica (alta no primeiro rio e moderada no segundo).ABSTRACT - This study aimed to characterize the estuaries of rivers Jacuípe, Paraguaçu and Jaguaripe using distribution, taphonomic signatures and the degree of adsorption of metals in bioclasts. 32 were defined, 18:18 sampling points for each estuary, respectively, in which was obtained surface sediment samples during a dry season and rainy in the years 2010 and 2011. It can be seen that the three estuaries are characterized by the predominance indigenous grains (wood chips), and marine alien grains, especially calcareous algae category quite abundant in the dry season, particularly in Rio Jacuípe. Rivers generally have a predominance of grain without rounding in the two sampling periods, although the river Jaguaripe occurs an abundance of grain level 4 during the dry season. The bioclasts tend to be black in two seasons in Paraguaçu and Jaguaripe rivers, indicating the reworking of the bottom sediment, while the river Jacuípe, prevails the white grains (showing an increase of new grains) during the dry season and black beans in rainy season. All three streams have high percentages of grains scorched (reflecting the preferential transport of a bearing), and with no scaling and bioerosões (transport reflection of the grains by rolling and hydrodynamic ranging from moderate to high). Sedimentation varies between estuaries, with current predominance of grain in the dry season and the rainy relics in Jacuípe river), while the other two estuaries prevail grains relics in both seasons. It was found that estuaries behave seasonally varying forms, being the river Jacuipe with the greatest variations in both the representation and distribution of autochthonous and allochthonous grains, as standards in their taphonomical signatures. Heavy metal values ​​recorded (only Jacuípe) were considered negligible, being derived probably own the organisms and precipitates still alive. Finally, the estuaries of the rivers Paraguaçu and Jaguaripe proved very similar as to the taphonomic patterns, varying only as the hydrodynamic energy (high in the first river and moderate in the second).Submitted by Everaldo Pereira (pereira.evera@gmail.com) on 2017-12-12T17:07:49Z No. of bitstreams: 1 Tese - Marcus Vinicius Peralva Santos.pdf: 16133911 bytes, checksum: 54175450ef997fe43a3feca727fbe8e5 (MD5)Made available in DSpace on 2017-12-12T17:07:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese - Marcus Vinicius Peralva Santos.pdf: 16133911 bytes, checksum: 54175450ef997fe43a3feca727fbe8e5 (MD5)Geologia Marinha, Costeira e SedimentarAmbientes EstuarinosAssinaturas tafonômicasGrãos alóctones e autóctonesMetais PesadosCaracterização dos estuários dos rios Jacuípe, Jaguaripe e Paraguaçu a partir de bioclastos recentesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisInstituto de GeociênciasEm GeologiaPG Geologiabrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBATEXTTese - Marcus Vinicius Peralva Santos.pdf.txtTese - Marcus Vinicius Peralva Santos.pdf.txtExtracted texttext/plain574885https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/24781/3/Tese%20-%20Marcus%20Vinicius%20Peralva%20Santos.pdf.txta608887cdd4879cd3c092decbeafa249MD53ORIGINALTese - Marcus Vinicius Peralva Santos.pdfTese - Marcus Vinicius Peralva Santos.pdfapplication/pdf16133911https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/24781/1/Tese%20-%20Marcus%20Vinicius%20Peralva%20Santos.pdf54175450ef997fe43a3feca727fbe8e5MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1345https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/24781/2/license.txtff6eaa8b858ea317fded99f125f5fcd0MD52ri/247812022-07-09 02:01:42.528oai:repositorio.ufba.br:ri/24781VGVybW8gZGUgTGljZW7vv71hLCBu77+9byBleGNsdXNpdm8sIHBhcmEgbyBkZXDvv71zaXRvIG5vIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRkJBLgoKIFBlbG8gcHJvY2Vzc28gZGUgc3VibWlzc++/vW8gZGUgZG9jdW1lbnRvcywgbyBhdXRvciBvdSBzZXUgcmVwcmVzZW50YW50ZSBsZWdhbCwgYW8gYWNlaXRhciAKZXNzZSB0ZXJtbyBkZSBsaWNlbu+/vWEsIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRhIEJhaGlhIApvIGRpcmVpdG8gZGUgbWFudGVyIHVtYSBj77+9cGlhIGVtIHNldSByZXBvc2l077+9cmlvIGNvbSBhIGZpbmFsaWRhZGUsIHByaW1laXJhLCBkZSBwcmVzZXJ2Ye+/ve+/vW8uIApFc3NlcyB0ZXJtb3MsIG7vv71vIGV4Y2x1c2l2b3MsIG1hbnTvv71tIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yL2NvcHlyaWdodCwgbWFzIGVudGVuZGUgbyBkb2N1bWVudG8gCmNvbW8gcGFydGUgZG8gYWNlcnZvIGludGVsZWN0dWFsIGRlc3NhIFVuaXZlcnNpZGFkZS4KCiBQYXJhIG9zIGRvY3VtZW50b3MgcHVibGljYWRvcyBjb20gcmVwYXNzZSBkZSBkaXJlaXRvcyBkZSBkaXN0cmlidWnvv73vv71vLCBlc3NlIHRlcm1vIGRlIGxpY2Vu77+9YSAKZW50ZW5kZSBxdWU6CgogTWFudGVuZG8gb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHJlcGFzc2Fkb3MgYSB0ZXJjZWlyb3MsIGVtIGNhc28gZGUgcHVibGljYe+/ve+/vWVzLCBvIHJlcG9zaXTvv71yaW8KcG9kZSByZXN0cmluZ2lyIG8gYWNlc3NvIGFvIHRleHRvIGludGVncmFsLCBtYXMgbGliZXJhIGFzIGluZm9ybWHvv73vv71lcyBzb2JyZSBvIGRvY3VtZW50bwooTWV0YWRhZG9zIGVzY3JpdGl2b3MpLgoKIERlc3RhIGZvcm1hLCBhdGVuZGVuZG8gYW9zIGFuc2Vpb3MgZGVzc2EgdW5pdmVyc2lkYWRlIGVtIG1hbnRlciBzdWEgcHJvZHXvv73vv71vIGNpZW5077+9ZmljYSBjb20gCmFzIHJlc3Ryae+/ve+/vWVzIGltcG9zdGFzIHBlbG9zIGVkaXRvcmVzIGRlIHBlcmnvv71kaWNvcy4KCiBQYXJhIGFzIHB1YmxpY2Hvv73vv71lcyBzZW0gaW5pY2lhdGl2YXMgcXVlIHNlZ3VlbSBhIHBvbO+/vXRpY2EgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0bywgb3MgZGVw77+9c2l0b3MgCmNvbXB1bHPvv71yaW9zIG5lc3NlIHJlcG9zaXTvv71yaW8gbWFudO+/vW0gb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIG1hcyBtYW5077+9bSBhY2Vzc28gaXJyZXN0cml0byAKYW8gbWV0YWRhZG9zIGUgdGV4dG8gY29tcGxldG8uIEFzc2ltLCBhIGFjZWl0Ye+/ve+/vW8gZGVzc2UgdGVybW8gbu+/vW8gbmVjZXNzaXRhIGRlIGNvbnNlbnRpbWVudG8KIHBvciBwYXJ0ZSBkZSBhdXRvcmVzL2RldGVudG9yZXMgZG9zIGRpcmVpdG9zLCBwb3IgZXN0YXJlbSBlbSBpbmljaWF0aXZhcyBkZSBhY2Vzc28gYWJlcnRvLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-07-09T05:01:42Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false
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