Tensões subjetivas e culturais na experiência identitária de ser um/a estudante universitário/a negro/a: a emergência de um Self Decolonial
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32442 |
Resumo: | Esta pesquisa teve como foco as experiências vividas pelos estudantes negros na universidade e as suas relações com o desenvolvimento psicológico. Seu propósito foi propiciar uma discussão que ultrapassasse a comparação de desempenho acadêmico entre estudantes cotistas e não cotistas, abrangendo as implicações do vivido em um contexto marcado pelo racismo estrutural nos processos de subjetivação da pessoa negra. Deste modo, seu objetivo geral foi analisar como estudantes negros negociam significações na construção do self nas suas trajetórias universitárias. Para tanto, teve como objetivos específicos: 1) Conhecer como os estudantes negros universitários compreendem suas experiências identitárias raciais e a participação das vivências universitárias nesta compreensão; 2) Analisar como estudantes negros universitários se relacionam com as múltiplas vozes que participam do seu processo acadêmico-universitário e; 3) Identificar os recursos simbólicos e sociais utilizados por estudantes negros para enfrentar dificuldades encontradas nas suas trajetórias universitárias. Compreendendo que os processos de escolarização influenciam nos modos de subjetivação e constituição de si, esta pesquisa baseou-se na tese de que as experiências universitárias podem ensejar processos de transformação na compreensão que o estudante negro(a) possui sobre sua própria experiência identitária racial. Estes processos, por sua vez, relacionam-se com novas (re)construções semióticas e novos posicionamentos de si. Adotando como referencial teórico a Teoria do Self Dialógico e a perspectiva da Psicologia Cultural Semiótica, realizou-se um estudo de natureza qualitativa, a partir de três estudos de caso, utilizando como instrumento a entrevista narrativa. As participantes foram estudantes autodeclaradas negras, matriculadas em universidades públicas de Salvador/BA. A partir do material empírico analisado e considerando que o Self, da forma como é compreendido pelas teorias euro-ocidentais (predominantes na Psicologia), não contempla as especificidades de desenvolvimento psicológico daqueles que não correspondem ao padrão de ser humano universal adotado por elas, foi proposta a elaboração de um construto teórico que considere as especificidades de desenvolvimento da pessoa negra, a saber: o Self Decolonial, isto é, um Self que, sendo dialógico, emerge quando a pessoa negra, imersa em uma semiosfera marcadamente racista, acessa, interage e dialoga com discursos e experiências contra-hegemônicos (seja através de estudos teóricos, seja através do contato com pessoas e contextos), desencadeando novas configurações subjetivas que levarão à uma nova experiência identitária racial. |
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Teixeira, Adrielle de Matos BorgesTeixeira, Adrielle de Matos BorgesDazzani, Maria Virgínia MachadoTavares, Jeane Saskya CamposAlmeida, Magali da SilvaGomes, Ramon CerqueiraEugenio, Rodnei WilliamSampaio, Sônia Maria Rocha2020-11-25T23:35:57Z2020-11-25T23:35:57Z2020-11-252020-09-22Tesehttp://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32442Esta pesquisa teve como foco as experiências vividas pelos estudantes negros na universidade e as suas relações com o desenvolvimento psicológico. Seu propósito foi propiciar uma discussão que ultrapassasse a comparação de desempenho acadêmico entre estudantes cotistas e não cotistas, abrangendo as implicações do vivido em um contexto marcado pelo racismo estrutural nos processos de subjetivação da pessoa negra. Deste modo, seu objetivo geral foi analisar como estudantes negros negociam significações na construção do self nas suas trajetórias universitárias. 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