Significados e práticas associados ao preservativo feminino: o olhar de mulheres usuárias de drogas em um bairro popular da cidade de Salvador.
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/17445 |
Resumo: | O perfil epidemiológico revelado pela Aids, no Brasil, caracterizado por três tendências importantes: heterossexualização, feminilização e pauperização, contribuiu para a implementação de diversificadas estratégias de prevenção e controle dessa epidemia. O preservativo feminino surge na década de 90 como uma estratégia capaz de ampliar as opções de proteção feminina contra o Hiv/Aids e a gravidez. Esta dissertação teve por objetivos conhecer os significados e práticas associados ao uso do preservativo feminino entre mulheres usuárias de drogas, enfatizando as relações existentes entre estas práticas e sua vulnerabilidade à infecção pelo Hiv; analisar a influencia das relações de gênero na construção desses significados e práticas; bem como, identificar os elementos que facilitam ou dificultam a adesão ao uso do preservativo feminino. Este estudo insere-se no interior de um estudo mais amplo sobre o preservativo feminino realizado em cinco capitais brasileiras. Foram entrevistadas 09 mulheres usuárias de drogas vinculadas ao Programa de Redução de Danos, na faixa etária de 18-39 anos, que referiram estar utilizando o preservativo feminino a pelo menos 04 meses. Os achados desse estudo sinalizaram a boa aceitação do preservativo feminino entre as mulheres entrevistadas. A segurança e o prazer foram evidenciados como elementos que facilitaram a adesão ao uso do preservativo feminino; enquanto a estética , o alto custo e a dificuldade de acesso ao mesmo, como elementos que apesar de dificultarem essa adesão, não são obstáculos intransponíveis. A opção por esse método, no entanto, esteve prioritariamente voltada para a prevenção da gravidez mostrando que a preocupação com a prevenção das DST/AIDS ocupa um lugar secundário na hierarquia de prioridades dessas mulheres. A resistência de alguns parceiros evidenciou a influência das relações de gênero na adesão a esse método ampliando a vulnerabilidade das mulheres. Os achados sinalizaram ainda a necessidade das intervenções que contemplam a disponibilização de preservativos, considerarem a perspectiva sócio-cultural, relacionando as medidas a serem implementadas ao contexto em que os sujeitos a serem alcançados estão inseridos, bem como às suas experiências individuais e coletivas. |
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Os achados sinalizaram ainda a necessidade das intervenções que contemplam a disponibilização de preservativos, considerarem a perspectiva sócio-cultural, relacionando as medidas a serem implementadas ao contexto em que os sujeitos a serem alcançados estão inseridos, bem como às suas experiências individuais e coletivas.Submitted by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2015-04-20T14:22:34Z No. of bitstreams: 1 Diss Mestrado Monica Lima. 2006.pdf: 81413043 bytes, checksum: aa7ba57104b308783bce3f5df0eed446 (MD5)Approved for entry into archive by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2015-04-20T14:26:22Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Diss Mestrado Monica Lima. 2006.pdf: 81413043 bytes, checksum: aa7ba57104b308783bce3f5df0eed446 (MD5)Made available in DSpace on 2015-04-20T14:26:22Z (GMT). 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O perfil epidemiológico revelado pela Aids, no Brasil, caracterizado por três tendências importantes: heterossexualização, feminilização e pauperização, contribuiu para a implementação de diversificadas estratégias de prevenção e controle dessa epidemia. O preservativo feminino surge na década de 90 como uma estratégia capaz de ampliar as opções de proteção feminina contra o Hiv/Aids e a gravidez. Esta dissertação teve por objetivos conhecer os significados e práticas associados ao uso do preservativo feminino entre mulheres usuárias de drogas, enfatizando as relações existentes entre estas práticas e sua vulnerabilidade à infecção pelo Hiv; analisar a influencia das relações de gênero na construção desses significados e práticas; bem como, identificar os elementos que facilitam ou dificultam a adesão ao uso do preservativo feminino. Este estudo insere-se no interior de um estudo mais amplo sobre o preservativo feminino realizado em cinco capitais brasileiras. Foram entrevistadas 09 mulheres usuárias de drogas vinculadas ao Programa de Redução de Danos, na faixa etária de 18-39 anos, que referiram estar utilizando o preservativo feminino a pelo menos 04 meses. Os achados desse estudo sinalizaram a boa aceitação do preservativo feminino entre as mulheres entrevistadas. A segurança e o prazer foram evidenciados como elementos que facilitaram a adesão ao uso do preservativo feminino; enquanto a estética , o alto custo e a dificuldade de acesso ao mesmo, como elementos que apesar de dificultarem essa adesão, não são obstáculos intransponíveis. A opção por esse método, no entanto, esteve prioritariamente voltada para a prevenção da gravidez mostrando que a preocupação com a prevenção das DST/AIDS ocupa um lugar secundário na hierarquia de prioridades dessas mulheres. A resistência de alguns parceiros evidenciou a influência das relações de gênero na adesão a esse método ampliando a vulnerabilidade das mulheres. Os achados sinalizaram ainda a necessidade das intervenções que contemplam a disponibilização de preservativos, considerarem a perspectiva sócio-cultural, relacionando as medidas a serem implementadas ao contexto em que os sujeitos a serem alcançados estão inseridos, bem como às suas experiências individuais e coletivas. |
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