A Família e o desenvolvimento da criança cega
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/14228 |
Resumo: | Esta tese parte do pressuposto que o lar é o primeiro ambiente ao qual pertence a criança e onde lhe serão oferecidas informações culturais, sociais e morais que são transmitidas através de gerações; e que, ao nascer uma criança cega, repercussões ao seu desenvolvimento serão promovidas, primeiramente, por seus familiares. O objetivo geral é descrever o ambiente familiar e a sua influência no desenvolvimento da criança cega e os objetivos específicos são analisar o processo de interação ambiental, a partir do conhecimento do espaço imediato de crianças cegas, descrever a especificidade desse sistema, relacionar os fatores da especificidade do sistema com o desenvolvimento da criança cega e conhecer o desenvolvimento funcional da criança estudada. A cegueira é compreendida a partir da perspectiva do modelo social da deficiência que aponta a desigualdade, a injustiça social e de opressão como fatores que influenciam negativamente a pessoa com deficiência; assim como compreende ser a cegueira apenas uma outra dialética para conhecer o mundo, se afastando da visão visocentrista. O referencial teórico adotado para compreender desenvolvimento humano é a teoria ecológica de Bronfenbrenner, que entende ser a partir da interrelação da pessoa com os diversos sistemas que irão ocorrer tanto continuidade quanto características disruptivas durante o curso da vida. A metodologia utilizada para o desenvolvimento da pesquisa foi o estudo de caso e, inicialmente, a proposta era investigar três microssistemas nos quais vivia a criança. Contudo, sentiu-se a necessidade de observar outro ambiente desenvolvimental compreendido como o mesossistema, sendo escolhido para cada família um novo sistema, a saber: a casa dos avós paternos, a creche e o parque. O estudo foi realizado com três famílias e foram utilizados quatro instrumentos: o Inventário HOME (Home Observation for MeasurementoftheEnviromente), que avaliou a qualidade do ambiente em que vivia a criança; a entrevista semiestruturada, que compreendeu a singularidade e vulnerabilidade da criança com o seu entorno; a Avaliação Funcional da Criança, que foi aplicada pelos terapeutas das crianças para conhecer como estava o desenvolvimento da criança e as observações nos “Nichos” ecológicos para identificar as interações ocorridas no lar. O resultado aponta a fragilidade dos lares quanto a estruturas, educação e pobreza e o quanto as famílias sofrem com o preconceito e a invisibilidade das pessoas cegas. As díades de relação são propulsoras de desenvolvimento, assim como a convivência com coetâneos. As crianças iniciaram a intervenção precocemente em instituições especializadas e a inclusão se deu na educação infantil, sendo estes fatores positivos para o desenvolvimento e a aprendizagem da criança. Conhecer as especificidades do microssistema e propor ações integradoras entre a educação e a saúde são fundamentais para uma atuação mais eficaz junto às famílias que convivem com crianças cegas. |
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O objetivo geral é descrever o ambiente familiar e a sua influência no desenvolvimento da criança cega e os objetivos específicos são analisar o processo de interação ambiental, a partir do conhecimento do espaço imediato de crianças cegas, descrever a especificidade desse sistema, relacionar os fatores da especificidade do sistema com o desenvolvimento da criança cega e conhecer o desenvolvimento funcional da criança estudada. A cegueira é compreendida a partir da perspectiva do modelo social da deficiência que aponta a desigualdade, a injustiça social e de opressão como fatores que influenciam negativamente a pessoa com deficiência; assim como compreende ser a cegueira apenas uma outra dialética para conhecer o mundo, se afastando da visão visocentrista. O referencial teórico adotado para compreender desenvolvimento humano é a teoria ecológica de Bronfenbrenner, que entende ser a partir da interrelação da pessoa com os diversos sistemas que irão ocorrer tanto continuidade quanto características disruptivas durante o curso da vida. A metodologia utilizada para o desenvolvimento da pesquisa foi o estudo de caso e, inicialmente, a proposta era investigar três microssistemas nos quais vivia a criança. Contudo, sentiu-se a necessidade de observar outro ambiente desenvolvimental compreendido como o mesossistema, sendo escolhido para cada família um novo sistema, a saber: a casa dos avós paternos, a creche e o parque. O estudo foi realizado com três famílias e foram utilizados quatro instrumentos: o Inventário HOME (Home Observation for MeasurementoftheEnviromente), que avaliou a qualidade do ambiente em que vivia a criança; a entrevista semiestruturada, que compreendeu a singularidade e vulnerabilidade da criança com o seu entorno; a Avaliação Funcional da Criança, que foi aplicada pelos terapeutas das crianças para conhecer como estava o desenvolvimento da criança e as observações nos “Nichos” ecológicos para identificar as interações ocorridas no lar. O resultado aponta a fragilidade dos lares quanto a estruturas, educação e pobreza e o quanto as famílias sofrem com o preconceito e a invisibilidade das pessoas cegas. As díades de relação são propulsoras de desenvolvimento, assim como a convivência com coetâneos. As crianças iniciaram a intervenção precocemente em instituições especializadas e a inclusão se deu na educação infantil, sendo estes fatores positivos para o desenvolvimento e a aprendizagem da criança. Conhecer as especificidades do microssistema e propor ações integradoras entre a educação e a saúde são fundamentais para uma atuação mais eficaz junto às famílias que convivem com crianças cegas.Submitted by Araújo Sheila (shcaraujo@terra.com.br) on 2013-11-13T01:01:15Z No. of bitstreams: 1 TESE_SHEILA_ARAUJO.pdf: 2724127 bytes, checksum: 6f613810b69ec10733f9e4f898d68652 (MD5)Approved for entry into archive by Maria Auxiliadora Lopes (silopes@ufba.br) on 2013-12-18T13:50:34Z (GMT) No. of bitstreams: 1 TESE_SHEILA_ARAUJO.pdf: 2724127 bytes, checksum: 6f613810b69ec10733f9e4f898d68652 (MD5)Made available in DSpace on 2013-12-18T13:50:34Z (GMT). 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