Emprego de esponjas como indicadores de contaminação orgânica urbana na Baía de Todos os Santos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/27847 |
Resumo: | O esgotamento sanitário é uma das principais fontes de poluição da Baía de Todos os Santos (BTS). Apesar dos esforços empenhados no Projeto Bahia Azul, ainda existem municípios com estações de tratamento desativadas. Visando gerenciar e monitorar ecossistemas marinhos, nas últimas décadas a busca por indicadores de contaminação tem se tornado uma necessidade diante de um panorama ambiental que se altera a uma taxa sem precedentes. Apesar de poucos trabalhos abordarem a utilização de poríferos como indicadores, estes animais apresentam características que os tornam potenciais indicadores da qualidade da água, tais como: são sésseis e filtradores, possuem longo tempo de vida e rápido crescimento, além de apresentarem ampla distribuição geográfica e batimétrica. O objetivo do presente trabalho foi verificar a eficiência da utilização de poríferos como indicadores de contaminação orgânica urbana na Baía de Todos os Santos, enfatizando a espécie Clathria venosa, testada e aprovada por modelo cubano de detecção de indicadores de contaminação (Busutil, 2012). A área de estudo incluiu quatro estações, dispostas em locais com fundo de substrato consolidado (onde é comum a ocorrência da espécie C. venosa), localizadas no eixo central da Baía de Todos os Santos e distando progressivamente de duas importantes fontes de contaminação orgânica: Ilha dos Frades e Ilha de Maré. Foram utilizados marcos de um metro quadrado como unidade amostral para contagem de esponjas e estimativas de abundância relativa das espécies contabilizadas. Ademais, foram calculadas as concentrações de bactérias coliformes fecais presentes no tecido de C. venosa e água circundante. Constatou-se que a abundância relativa de C. venosa aumenta à medida que a concentração de coliformes fecais no ambiente eleva-se, e as análises microbiológicas acusaram a presença de coliformes fecais em seu tecido, constituindo um forte indício de que a distribuição da espécie é influenciada pela concentração desta bactéria. Entretanto, a espécie em questão não foi dominante nas estações de maior concentração de coliformes fecais. Além disso, a distribuição das espécies de esponjas está relacionada a muitas variáveis ambientais, tais como hidrodinamismo, sedimentação, intensidade da luz e temperatura. Apesar de constatar que C. venosa absorve os coliformes fecais da água circundante, afirmar que sua elevada abundância está vinculada às altas concentrações destas bactérias, somente mensurando este parâmetro, configura um equívoco. A influência de outras variáveis ambientais pode ser mais significativa, tornando-se fator determinante na distribuição da espécie. É necessário quantificar outros parâmetros ambientais, para determinar qual exerce maior influência, e consequentemente qual o fator determinante na distribuição da espécie. Ademais, seria interessante verificar a existência de coliformes fecais nos tecidos das esponjas D. anchorata, M. laxissima e N. erecta, visto que suas abundâncias variam em conformidade com as concentrações das referidas bactérias, podendo ser potenciais indicadores de contaminação orgânica. A abundância relativa de espécies de esponjas pode ser utilizada como bioindicador potencial de contaminação orgânica, uma vez que permite agrupar as estações de acordo com suas comunidades e relacioná-las com as variáveis ambientais quantificadas. |
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Oliveira, Renato Guimarães deOliveira, Renato Guimarães deSilva, Carla Maria Menegola daJesus, Anaíra Lage de Santa Luzia deAlmeida, Ana Carolina Sousa deSobral, Luciana Davina TostaSilva, Carla Maria Menegola da2018-10-26T20:46:56Z2018-10-26T20:46:56Z2018-10-262014-07-22http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/27847O esgotamento sanitário é uma das principais fontes de poluição da Baía de Todos os Santos (BTS). Apesar dos esforços empenhados no Projeto Bahia Azul, ainda existem municípios com estações de tratamento desativadas. Visando gerenciar e monitorar ecossistemas marinhos, nas últimas décadas a busca por indicadores de contaminação tem se tornado uma necessidade diante de um panorama ambiental que se altera a uma taxa sem precedentes. 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Foram utilizados marcos de um metro quadrado como unidade amostral para contagem de esponjas e estimativas de abundância relativa das espécies contabilizadas. Ademais, foram calculadas as concentrações de bactérias coliformes fecais presentes no tecido de C. venosa e água circundante. Constatou-se que a abundância relativa de C. venosa aumenta à medida que a concentração de coliformes fecais no ambiente eleva-se, e as análises microbiológicas acusaram a presença de coliformes fecais em seu tecido, constituindo um forte indício de que a distribuição da espécie é influenciada pela concentração desta bactéria. Entretanto, a espécie em questão não foi dominante nas estações de maior concentração de coliformes fecais. Além disso, a distribuição das espécies de esponjas está relacionada a muitas variáveis ambientais, tais como hidrodinamismo, sedimentação, intensidade da luz e temperatura. Apesar de constatar que C. venosa absorve os coliformes fecais da água circundante, afirmar que sua elevada abundância está vinculada às altas concentrações destas bactérias, somente mensurando este parâmetro, configura um equívoco. A influência de outras variáveis ambientais pode ser mais significativa, tornando-se fator determinante na distribuição da espécie. É necessário quantificar outros parâmetros ambientais, para determinar qual exerce maior influência, e consequentemente qual o fator determinante na distribuição da espécie. Ademais, seria interessante verificar a existência de coliformes fecais nos tecidos das esponjas D. anchorata, M. laxissima e N. erecta, visto que suas abundâncias variam em conformidade com as concentrações das referidas bactérias, podendo ser potenciais indicadores de contaminação orgânica. 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