Demandas físicas, fatores psicossociais do trabalho e ocorrência de distúrbios musculoesqueléticos em trabalhadores da atenção primária à saúde
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31712 |
Resumo: | Aspectos psicossociais, demandas físicas de trabalho e aspectos individuais são apontados como fatores de risco para Distúrbios Musculoesqueléticos (DME). Estudos sugerem que as demandas físicas e psicossociais de trabalho coexistem e podem interagir para aumentar a ocorrência de distúrbios musculoesqueléticos. Contudo, ainda há divergências na literatura sobre isto. Assim, o objetivo principal deste trabalho foi avaliar a existência de um efeito combinado de demandas físicas e fatores psicossociais do trabalho para ocorrência de DME em trabalhadores da atenção primária à saúde. Trata-se de um estudo epidemiológico, de corte transversal, incluindo trabalhadores da atenção primária à saúde do Distrito Sanitário Centro Histórico, em Salvador, e do município de Jequié, correspondendo a um censo com 908 trabalhadores. Para a coleta de dados, foi utilizado um questionário composto por oito blocos, contendo o Job Content Questionnaire (JCQ) e o Nordic Musculoskeletal Questionnaire (NMQ). Como resultado desse estudo, foram elaborados dois artigos: o primeiro artigo, descritivo e o segundo, de análise de interação. As metodologias utilizadas nos artigos foram diferentes. No artigo 1, foram utilizados todos os dados referentes a todos os trabalhadores (do Distrito Sanitário Centro Histórico, em Salvador, e do município de Jequié) e a variável de desfecho correspondeu à ocorrência de dor musculoesquelética, sendo considerada dor a ocorrência de dor ou desconforto em uma ou mais região do corpo. A prevalência de dor musculoesquelética foi de 66,4%, sendo que as mulheres apresentaram maior prevalência do que os homens (69,1% e 56,0%). Os trabalhadores que estavam submetidos a trabalho sob alta exigência e trabalho passivo apresentaram maior prevalência de dor musculoesquelética (71,5% e 65,9%, respectivamente) e a exposição a alta demanda física representou a maior prevalência observada na população geral (74,1%). O segmento corporal mais afetado de acordo com a categoria profissional, foi: médicos - região lombar e MMSS (30,4%); enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem – MMSS (46,9%) e POPAD (40,1%); agentes comunitários e agentes de endemia – MMSS (59,7%%) e POPAD (56,8%); dentistas e técnicos de odontologia – MMSS (54,3%) e POPAD (48,6%); bioquímicos e técnicos de laboratório – região lombar e MMII (36,4%); fisioterapeutas, 13 terapeutas ocupacionais e afins – POPAD (34,4%); técnicos de nível superior – pescoço, MMSS, pescoço/ombro e POPAD (44,4%); técnicos de nível médio – MMSS (47,4%); trabalhadores administrativos, de serviços gerais e semelhantes – MMSS (49,6%). No artigo 2, foram utilizados apenas os trabalhadores do Distrito Sanitário Centro Histórico, em Salvador e teve como desfecho distúrbio musculoesquelético (DME). A definição de DME foi utilizada no estudo de efeito combinado e considerou caso de DME a ocorrência de dor ou desconforto em uma ou mais das partes do corpo, nos últimos 12 meses, com duração mínima de uma semana ou frequência mínima mensal, não decorrente de trauma agudo, acompanhados de pelo menos um sinal de severidade. As variáveis independentes foram demanda psicossocial e demanda física de trabalho. A demanda psicossocial de trabalho foi avaliada a partir das experiências do trabalho, estabelecidas de acordo com a classificação de níveis “alto” e “baixo” de demanda psicológica e controle. A demanda física foi classificada como alta ou baixa, tendo como referência a mediana. Foi encontrada efeito combinado entre exposição a alta demanda física e trabalho em alta exigência (alta demanda psicossocial e baixo controle sobre o trabalho), evidenciado efeito combinado entre os dois fatores para uma maior ocorrência de DME. Esses achados apontam para a necessidade de abordagens de intervenção sobre as condições de trabalho na atenção primária à saúde, considerando os aspectos psicossociais e demanda física de trabalho. |
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Pereira, Ana Paula MedeirosAraújo, Tânia Maria deLima, Mônica Angelim Gomes deFerrite, Silvia Guimarães2020-04-01T20:54:30Z2020-04-01T20:54:30Z2020-04-012015http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31712Aspectos psicossociais, demandas físicas de trabalho e aspectos individuais são apontados como fatores de risco para Distúrbios Musculoesqueléticos (DME). Estudos sugerem que as demandas físicas e psicossociais de trabalho coexistem e podem interagir para aumentar a ocorrência de distúrbios musculoesqueléticos. Contudo, ainda há divergências na literatura sobre isto. Assim, o objetivo principal deste trabalho foi avaliar a existência de um efeito combinado de demandas físicas e fatores psicossociais do trabalho para ocorrência de DME em trabalhadores da atenção primária à saúde. 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O segmento corporal mais afetado de acordo com a categoria profissional, foi: médicos - região lombar e MMSS (30,4%); enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem – MMSS (46,9%) e POPAD (40,1%); agentes comunitários e agentes de endemia – MMSS (59,7%%) e POPAD (56,8%); dentistas e técnicos de odontologia – MMSS (54,3%) e POPAD (48,6%); bioquímicos e técnicos de laboratório – região lombar e MMII (36,4%); fisioterapeutas, 13 terapeutas ocupacionais e afins – POPAD (34,4%); técnicos de nível superior – pescoço, MMSS, pescoço/ombro e POPAD (44,4%); técnicos de nível médio – MMSS (47,4%); trabalhadores administrativos, de serviços gerais e semelhantes – MMSS (49,6%). No artigo 2, foram utilizados apenas os trabalhadores do Distrito Sanitário Centro Histórico, em Salvador e teve como desfecho distúrbio musculoesquelético (DME). A definição de DME foi utilizada no estudo de efeito combinado e considerou caso de DME a ocorrência de dor ou desconforto em uma ou mais das partes do corpo, nos últimos 12 meses, com duração mínima de uma semana ou frequência mínima mensal, não decorrente de trauma agudo, acompanhados de pelo menos um sinal de severidade. As variáveis independentes foram demanda psicossocial e demanda física de trabalho. A demanda psicossocial de trabalho foi avaliada a partir das experiências do trabalho, estabelecidas de acordo com a classificação de níveis “alto” e “baixo” de demanda psicológica e controle. A demanda física foi classificada como alta ou baixa, tendo como referência a mediana. Foi encontrada efeito combinado entre exposição a alta demanda física e trabalho em alta exigência (alta demanda psicossocial e baixo controle sobre o trabalho), evidenciado efeito combinado entre os dois fatores para uma maior ocorrência de DME. Esses achados apontam para a necessidade de abordagens de intervenção sobre as condições de trabalho na atenção primária à saúde, considerando os aspectos psicossociais e demanda física de trabalho.Submitted by Pós graduação Saúde, Ambiente e Trabalho (ppgsat4@gmail.com) on 2020-01-13T12:31:30Z No. of bitstreams: 1 Dissertacao - Ana Paula Medeiros DEFINITIVA.pdf: 1098510 bytes, checksum: b754772feabaaaaa70296735038cd750 (MD5)Approved for entry into archive by Delba Rosa (delba@ufba.br) on 2020-04-01T20:54:30Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertacao - Ana Paula Medeiros DEFINITIVA.pdf: 1098510 bytes, checksum: b754772feabaaaaa70296735038cd750 (MD5)Made available in DSpace on 2020-04-01T20:54:30Z (GMT). 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