As relações entre a reforma do estado e a dominação do capital na China: as transformações pós-1978
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24608 |
Resumo: | Esta tese tem o objetivo de avaliar as principais relações entre o Estado e a dominação do capital na experiência das reformas pós-1978 na China. Diante de tanta atenção e interpretações variadas sobre as transformações chinesas recentes, buscou-se, neste estudo, demarcar campo, do ponto de vista teórico-metodológico, respaldando-se nas conceituações e debates dos marxistas. Foram comparados os períodos de Mao Zedong e das reformas de Deng Xiaoping, constatando-se a continuidade do sistema Partido-Estado, com maior alienação dos trabalhadores do poder político, e a ruptura sistêmica da construção socialista. O Estado recuou em sua orientação econômica e na construção de uma nova ordem social. A nova estratégia, sem contemplar alternativas eventualmente possíveis, consistiu no fim da planificação (plano sem privatização) e gestão estatais, nas formas organizacionais da coletivização da agricultura e nas comunas populares e a privatização das empresas estatais. O propalado gradualismo significou uma marcha ascendente de liberalização da economia: regulação pelo mercado, predomínio da propriedade privada, mercado de trabalho liberalizado, integração na economia mundial balizada, agora, pelo livre-cambismo da OMC. Os objetivos do desenvolvimento econômico acelerado e da construção da China como uma das principais potências ou superpotência basearam-se em uma abordagem híbrida. Assim, há, ao mesmo tempo, combinação e contradição, tanto de desenvolvimentismo estatista e liberalismo, quanto de nacionalismo e cosmopolitismo. As implicações de ruína do meio ambiente e de agravamento das desigualdades sociais e regionais, sobretudo a crise no campo, mostram os limites e contradições da restauração capitalista na China. |
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O Estado recuou em sua orientação econômica e na construção de uma nova ordem social. A nova estratégia, sem contemplar alternativas eventualmente possíveis, consistiu no fim da planificação (plano sem privatização) e gestão estatais, nas formas organizacionais da coletivização da agricultura e nas comunas populares e a privatização das empresas estatais. O propalado gradualismo significou uma marcha ascendente de liberalização da economia: regulação pelo mercado, predomínio da propriedade privada, mercado de trabalho liberalizado, integração na economia mundial balizada, agora, pelo livre-cambismo da OMC. Os objetivos do desenvolvimento econômico acelerado e da construção da China como uma das principais potências ou superpotência basearam-se em uma abordagem híbrida. Assim, há, ao mesmo tempo, combinação e contradição, tanto de desenvolvimentismo estatista e liberalismo, quanto de nacionalismo e cosmopolitismo. As implicações de ruína do meio ambiente e de agravamento das desigualdades sociais e regionais, sobretudo a crise no campo, mostram os limites e contradições da restauração capitalista na China.Submitted by Núcleo de Pós-Graduação Administração (npgadm@ufba.br) on 2017-11-13T20:05:50Z No. of bitstreams: 1 ANTONIO RENILDO SANTANA.pdf: 2126389 bytes, checksum: 3f6172ec3ba276ec445b8c4b1433e7ea (MD5)Approved for entry into archive by Maria Angela Dortas (dortas@ufba.br) on 2017-11-16T21:22:58Z (GMT) No. of bitstreams: 1 ANTONIO RENILDO SANTANA.pdf: 2126389 bytes, checksum: 3f6172ec3ba276ec445b8c4b1433e7ea (MD5)Made available in DSpace on 2017-11-16T21:22:58Z (GMT). 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