Qualidade de vida de idosos institucionalizados

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moreira, Pricilla de Almeida
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/15199
Resumo: A melhoria da qualidade de vida é uma das principais metas, tanto das práticas assistenciais quanto das políticas públicas de promoção da saúde do idoso. Ao considerar que os idosos institucionalizados estão submetidos a diversos fatores que afetam a qualidade com que se vivencia essa etapa da vida, o objetivo desse estudo foi analisar a qualidade de vida dos idosos institucionalizados. Metodologia: Este estudo apresentou uma abordagem quali-quantitativa, sendo realizado em Instituições de Longa Permanência para idosos na cidade de Salvador-BA. Na abordagem qualitativa foram realizadas entrevistas com os idosos buscando compreender os significados que estes atribuem à qualidade de vida, para isso utilizou-se a análise do discurso. Na coleta dos dados quantitativos, buscou-se avaliar a qualidade de vida e o estado nutricional dos idosos. Nesse sentido, foi aplicado um questionário padronizado para obtenção de variáveis sociodemográficas; a Escala de Atividades de Vida Diária (AVDs), para avaliar a capacidade funcional; a Mini Avaliação Nutricional, para avaliar a condição nutricional; e os instrumentos de avaliação da qualidade de vida da Organização Mundial de Saúde, Whoqol-Old e Whoqol-Bref. A análise dos dados envolveu além de estatísticas descritivas, os testes t-Student e Qui-quadrado. Foi elaborada também uma revisão simples com o objetivo de analisar a qualidade de vida dos idosos institucionalizados no Brasil. A busca foi realizada nas bases de dados Portal de Periódicos CAPES, Scopus e Bireme. Resultados: Os resultados da pesquisa qualitativa indicaram como principais significantes da qualidade de vida dos idosos: a temporalidade, o estigma da velhice, a autonomia e os vínculos sócio afetivos. Os sentidos de qualidade de vida apresentaram-se de forma muito particular, no sentido de que cada pessoa tem seu próprio conceito com base em seus valores, histórias e perspectivas de vida e relações que considera importante para si. Na abordagem quantitativa os escores de qualidade de vida foram mais baixos nos domínios Intimidade (50%), Autonomia (51%) e Ambiente (54%). Observou-se que os idosos desnutridos e em risco de desnutrir apresentaram, em geral, pior qualidade de vida que os bem nutridos. De acordo com a revisão simples da literatura que foi realizada, a maioria dos estudos que compararam a qualidade de vida dos residentes e não residentes em lares para idosos revelaram que os idosos institucionalizados têm uma pior percepção de qualidade de vida, possivelmente por fatores que causam a institucionalização e influenciam essa auto-percepção, tais como idade, sexo, educação, estilo de vida, autonomia e participação social. Entre os domínios avaliados nos questionários de qualidade de vida, a percepção da autonomia e meio ambiente foram os aspectos de menor satisfação pelos idosos institucionalizados. Conclusão: Os achados desse estudo sugerem que a questão fundamental para a qualidade de vida dos idosos institucionalizados é a necessidade de promover a construção e manutenção de vínculos significativos ao mesmo tempo em que devem manter a independência e autonomia. Desse modo, as ILPIs devem proporcionar um ambiente que propague os sentidos necessários para que a velhice seja plena em projetos significativos e valores positivos. Para esse segmento populacional, mostra-se relevante a incorporação de domínios que identifiquem a influência dos aspectos nutricionais na qualidade de vida, uma vez que ficou evidenciada neste estudo, a pior percepção de qualidade de vida entre os indivíduos desnutridos e em risco de desnutrir.
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Resultados: Os resultados da pesquisa qualitativa indicaram como principais significantes da qualidade de vida dos idosos: a temporalidade, o estigma da velhice, a autonomia e os vínculos sócio afetivos. Os sentidos de qualidade de vida apresentaram-se de forma muito particular, no sentido de que cada pessoa tem seu próprio conceito com base em seus valores, histórias e perspectivas de vida e relações que considera importante para si. Na abordagem quantitativa os escores de qualidade de vida foram mais baixos nos domínios Intimidade (50%), Autonomia (51%) e Ambiente (54%). Observou-se que os idosos desnutridos e em risco de desnutrir apresentaram, em geral, pior qualidade de vida que os bem nutridos. De acordo com a revisão simples da literatura que foi realizada, a maioria dos estudos que compararam a qualidade de vida dos residentes e não residentes em lares para idosos revelaram que os idosos institucionalizados têm uma pior percepção de qualidade de vida, possivelmente por fatores que causam a institucionalização e influenciam essa auto-percepção, tais como idade, sexo, educação, estilo de vida, autonomia e participação social. Entre os domínios avaliados nos questionários de qualidade de vida, a percepção da autonomia e meio ambiente foram os aspectos de menor satisfação pelos idosos institucionalizados. Conclusão: Os achados desse estudo sugerem que a questão fundamental para a qualidade de vida dos idosos institucionalizados é a necessidade de promover a construção e manutenção de vínculos significativos ao mesmo tempo em que devem manter a independência e autonomia. 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