As denominações de cachaça: um estudo dialetocológico, etnolinguístico e semântico cognitivo
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36042 |
Resumo: | Nesta tese, encontram-se resultados de um estudo empreendido acerca das denominações de cachaça, com base nas informações coletadas pelos pesquisadores do Projeto Atlas Linguístico do Brasil (ALiB), nos nove estados do Nordeste, onde foram entrevistados 348 informantes conceptualizadores e categorizadores, que, conforme a metodologia do Projeto, correspondem a oito, em cada capital, e quatro, em cada cidade do interior, distribuídos em duas faixas etárias – I (18 a 30 anos) e II (50 a 65 anos); os dois sexos; e dois níveis de escolaridade: (i) fundamental, na capital e nas cidades do interior, e (ii) universitário, apenas, nas capitais. O estudo tem como objetivo realizar a exegese a partir das informações apresentadas pelos informantes conceptualizadores e categorizadores nordestinos, ao responderem à questão 182 do Questionário Semântico Lexical (QSL): AGUARDENTE (COMITÊ NACIONAL DO PROJETO ALiB, 2001, p.36), “Como se chama a bebida alcoólica feita da cana-de-açúcar?” Foram consideradas 753 ocorrências, que estão organizadas em 71 lexias, classificadas em simples e complexas, nas quais se encontram 44 nomes comuns e 27 nomes-marca. A natureza dos dados obtidos levou a uma abordagem interdisciplinar, estabelecida entre a Dialetologia, a Etnolinguística e a Linguística Cognitiva, consubstanciadas pelos estudos da Onomástica e da Lexicologia. Essas vertentes da Linguística consideram imprescindível a relação entre o ser humano, a língua que utiliza em suas interações e o mundo e a cultura que o cercam. A relação teórica interdisciplinar adotada possibilitou seguir um viés de interpretação e taxonomia dos dados, em que se considerou que, ao apresentar as suas respostas, os informantes conceptualizadores e categorizadores recorreram a Modelos Cognitivos Idealizados (MCI), dentre os quais se destaca o PARTE-TODO, como se teve em denominações como limpa, pura, Ypióca, Pitú. De uma forma geral, os resultados apontam para as considerações relacionadas aos itens léxicos apresentados como resposta à pergunta 182 do QSL, destacando-se, com maior produtividade e abrangência de usos, a lexia cachaça, considerada como prototípica, já que foi citada pelos entrevistados de todas as localidades pesquisadas e, ainda, nas mais diversas situações de elocução, presentes no decorrer das entrevistas. Dentre os nomes-marca, destaca-se Pitú, que é produzida em Pernambuco e apresentou grande representatividade nas entrevistas dos participantes pernambucanos, bem como nas de outros estados nordestinos. As categorizações reveladas pelos informantes conceptualizadores nordestinos permitiram que fossem elaboradas redes radiais, que revelam a representatividade sociocultural das 71 lexias, conforme produtividade de ocorrência e de abrangências. O item lexical prototípico e os que se encontram no raio mais próximos a ele estão cartografados, para que seja visualizada a distribuição espacial dessas variantes. O estudo da história do Nordeste brasileiro e da histórica da cachaça foram importantes para melhor conhecer esse relevante elemento cultural do povo brasileiro, cujo domínio de experiência se mostrou diverso e amplo. |
id |
UFBA-2_84afc507a6f034f99d9506d502f024e8 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufba.br:ri/36042 |
network_acronym_str |
UFBA-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFBA |
repository_id_str |
1932 |
spelling |
2022-09-20T15:54:04Z2022-09-20T15:54:04Z2021-12-13https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36042Nesta tese, encontram-se resultados de um estudo empreendido acerca das denominações de cachaça, com base nas informações coletadas pelos pesquisadores do Projeto Atlas Linguístico do Brasil (ALiB), nos nove estados do Nordeste, onde foram entrevistados 348 informantes conceptualizadores e categorizadores, que, conforme a metodologia do Projeto, correspondem a oito, em cada capital, e quatro, em cada cidade do interior, distribuídos em duas faixas etárias – I (18 a 30 anos) e II (50 a 65 anos); os dois sexos; e dois níveis de escolaridade: (i) fundamental, na capital e nas cidades do interior, e (ii) universitário, apenas, nas capitais. O estudo tem como objetivo realizar a exegese a partir das informações apresentadas pelos informantes conceptualizadores e categorizadores nordestinos, ao responderem à questão 182 do Questionário Semântico Lexical (QSL): AGUARDENTE (COMITÊ NACIONAL DO PROJETO ALiB, 2001, p.36), “Como se chama a bebida alcoólica feita da cana-de-açúcar?” Foram consideradas 753 ocorrências, que estão organizadas em 71 lexias, classificadas em simples e complexas, nas quais se encontram 44 nomes comuns e 27 nomes-marca. A natureza dos dados obtidos levou a uma abordagem interdisciplinar, estabelecida entre a Dialetologia, a Etnolinguística e a Linguística Cognitiva, consubstanciadas pelos estudos da Onomástica e da Lexicologia. Essas vertentes da Linguística consideram imprescindível a relação entre o ser humano, a língua que utiliza em suas interações e o mundo e a cultura que o cercam. A relação teórica interdisciplinar adotada possibilitou seguir um viés de interpretação e taxonomia dos dados, em que se considerou que, ao apresentar as suas respostas, os informantes conceptualizadores e categorizadores recorreram a Modelos Cognitivos Idealizados (MCI), dentre os quais se destaca o PARTE-TODO, como se teve em denominações como limpa, pura, Ypióca, Pitú. De uma forma geral, os resultados apontam para as considerações relacionadas aos itens léxicos apresentados como resposta à pergunta 182 do QSL, destacando-se, com maior produtividade e abrangência de usos, a lexia cachaça, considerada como prototípica, já que foi citada pelos entrevistados de todas as localidades pesquisadas e, ainda, nas mais diversas situações de elocução, presentes no decorrer das entrevistas. Dentre os nomes-marca, destaca-se Pitú, que é produzida em Pernambuco e apresentou grande representatividade nas entrevistas dos participantes pernambucanos, bem como nas de outros estados nordestinos. As categorizações reveladas pelos informantes conceptualizadores nordestinos permitiram que fossem elaboradas redes radiais, que revelam a representatividade sociocultural das 71 lexias, conforme produtividade de ocorrência e de abrangências. O item lexical prototípico e os que se encontram no raio mais próximos a ele estão cartografados, para que seja visualizada a distribuição espacial dessas variantes. O estudo da história do Nordeste brasileiro e da histórica da cachaça foram importantes para melhor conhecer esse relevante elemento cultural do povo brasileiro, cujo domínio de experiência se mostrou diverso e amplo.In this dissertation, we find the results of a study undertaken on the names of “cachaça”, based on information collected by researchers of the Brazil Language Atlas Project (ALiB), in the nine Northeast States, where 348 conceptualizer and categorizer informants, were interviewed, who , according to the Project methodology, correspond to eight, in each capital, and four, in each inner city, distributed in two age groups – I (18 to 30 years old) and II (50 to 65 years old); both sexes; and two levels of education: (i) Elementary School, in the capital and in the inner cities, and (ii) university only in the capitals. The study aimed to carry out an exegesis based on the information presented by the Northeastern conceptualizer and categorizer informants, when they answered question 182 of the Lexical Semantic Questionnaire (QSL): AGUARDENTE (COMITÊ NACIONAL DO PROJETO ALiB, 2001, p.36), “What is the name of alcoholic beverage made from sugar cane?" 753 occurrences were considered, which are organized into 71 denominations, classified into simple and complex, in which 44 common names and 27 brand-names are found. The nature of the data obtained led to an interdisciplinary approach, established between Dialectology, Ethnolinguistics and Cognitive Linguistics, unified by the studies of Onomastics and Lexicology. These Linguistic areas consider the relationship between human beings, the language they use in their interactions and the world and culture that surround them to be essential. The interdisciplinary theoretical relationship adopted made it possible to follow a bias of interpretation and taxonomy of the data, in which it was considered that, when presenting their answers, the conceptualizer and categorizer informants resorted to Idealized Cognitive Models (ICM), among which PART-WHOLE, stands out, as if had in denominations like limpa, pura, Ypióca, Pitú. In general, the results indicate to considerations related to the lexical items presented in response to the question 182 from QSL, highlighting, with greater productivity and scope of uses, the name cachaça, considered as prototypical, since it was mentioned by the interviewed of all the locations surveyed and, also, in the most diverse situations of elocution, present during the interviews. Among the brand-names, Pitú stands out, which is produced in Pernambuco and was highly representative in the interviews of participants from Pernambuco, as well as in those from other Northeastern States. The categorizations revealed by the Northeastern conceptualizer informants allowed the elaboration of radial networks, which reveal the sociocultural representation of the 71 names, according to the productivity of occurrence and scope. The prototypical lexical item and those in the radius closest to it are mapped, so that the spatial distribution of these variants can be visualized. The study of the history of the Brazilian Northeast and the history of cachaça were important to better understand this relevant cultural element of the Brazilian people, whose domain of experience proved to be diverse and broad.Submitted by navarro ramos (navarroramos@ufba.br) on 2022-08-24T17:55:48Z No. of bitstreams: 1 tese_sandra_cerqueira_pereira_prudencio.pdf: 6156567 bytes, checksum: 8d123b8b5ab3bd5fbeaa0ce453b1c8ea (MD5)Approved for entry into archive by Setor de Periódicos (per_macedocosta@ufba.br) on 2022-09-20T15:54:04Z (GMT) No. of bitstreams: 1 tese_sandra_cerqueira_pereira_prudencio.pdf: 6156567 bytes, checksum: 8d123b8b5ab3bd5fbeaa0ce453b1c8ea (MD5)Made available in DSpace on 2022-09-20T15:54:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_sandra_cerqueira_pereira_prudencio.pdf: 6156567 bytes, checksum: 8d123b8b5ab3bd5fbeaa0ce453b1c8ea (MD5) Previous issue date: 2021-12-13porUNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIAPrograma de Pós-Graduação em Língua e Cultura (PPGLINC) UFBABrasilInstituto de Letraslexical variationcachaçadialectologyethnolinguisticscognitive linguisticsCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTESVariação lexicalCachaçaDialetologiaEtnolinguísticaLinguística cognitivaAs denominações de cachaça: um estudo dialetocológico, etnolinguístico e semântico cognitivoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisMota, Jacyra Andradehttp://lattes.cnpq.br/2882439742195871Coelho, Juliana Soledade BarbosaPaim, Marcela Moura TorresAbbade, Celina Márcia de SouzaSantos, Elisângela Santana dosMota, Jacyra AndradeAlmeida, Aurelina Ariadne DominguesRibeiro, Silvana Soares da CostaRamos, Conceição de Maria de AraujoOliveira, Marilucia Barros dehttp://lattes.cnpq.br/1836808078322772Prudêncio, Sandra Cerqueira Pereirareponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALtese_sandra_cerqueira_pereira_prudencio.pdftese_sandra_cerqueira_pereira_prudencio.pdfSANDRA CERQUEIRA PEREIRA PRUDENCIOapplication/pdf6156567https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/36042/1/tese_sandra_cerqueira_pereira_prudencio.pdf8d123b8b5ab3bd5fbeaa0ce453b1c8eaMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1715https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/36042/2/license.txt67bf4f75790b0d8d38d8f112a48ad90bMD52TEXTtese_sandra_cerqueira_pereira_prudencio.pdf.txttese_sandra_cerqueira_pereira_prudencio.pdf.txtExtracted texttext/plain1304652https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/36042/3/tese_sandra_cerqueira_pereira_prudencio.pdf.txt657c2a50db8b84a7bfb816e2ce086207MD53ri/360422022-09-24 02:03:18.337oai:repositorio.ufba.br:ri/36042TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBvIGF1dG9yIG91IHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZS9vdSBlbGV0csO0bmljbyBlIGVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyAKZm9ybWF0b3Mgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKTyBhdXRvciBvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gZS9vdSBmb3JtYXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLCBwb2RlbmRvIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKTyBhdXRvciBvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIG9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIG91IG5vIGNvbnRlw7pkbyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBICBSRVNVTFRFIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSAgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08sIENPTU8gVEFNQsOJTSBBUyBERU1BSVMgT0JSSUdBw4fDlUVTIApFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l0w7NyaW8gc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyLCBjbGFyYW1lbnRlLCBvIHNldSBub21lIChzKSBvdSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBhbMOpbSBkYXF1ZWxhcyBjb25jZWRpZGFzIHBvciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-09-24T05:03:18Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
As denominações de cachaça: um estudo dialetocológico, etnolinguístico e semântico cognitivo |
title |
As denominações de cachaça: um estudo dialetocológico, etnolinguístico e semântico cognitivo |
spellingShingle |
As denominações de cachaça: um estudo dialetocológico, etnolinguístico e semântico cognitivo Prudêncio, Sandra Cerqueira Pereira CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES Variação lexical Cachaça Dialetologia Etnolinguística Linguística cognitiva lexical variation cachaça dialectology ethnolinguistics cognitive linguistics |
title_short |
As denominações de cachaça: um estudo dialetocológico, etnolinguístico e semântico cognitivo |
title_full |
As denominações de cachaça: um estudo dialetocológico, etnolinguístico e semântico cognitivo |
title_fullStr |
As denominações de cachaça: um estudo dialetocológico, etnolinguístico e semântico cognitivo |
title_full_unstemmed |
As denominações de cachaça: um estudo dialetocológico, etnolinguístico e semântico cognitivo |
title_sort |
As denominações de cachaça: um estudo dialetocológico, etnolinguístico e semântico cognitivo |
author |
Prudêncio, Sandra Cerqueira Pereira |
author_facet |
Prudêncio, Sandra Cerqueira Pereira |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Mota, Jacyra Andrade |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/2882439742195871 |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Coelho, Juliana Soledade Barbosa Paim, Marcela Moura Torres Abbade, Celina Márcia de Souza Santos, Elisângela Santana dos Mota, Jacyra Andrade |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Almeida, Aurelina Ariadne Domingues |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Ribeiro, Silvana Soares da Costa |
dc.contributor.referee4.fl_str_mv |
Ramos, Conceição de Maria de Araujo |
dc.contributor.referee5.fl_str_mv |
Oliveira, Marilucia Barros de |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/1836808078322772 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Prudêncio, Sandra Cerqueira Pereira |
contributor_str_mv |
Mota, Jacyra Andrade Coelho, Juliana Soledade Barbosa Paim, Marcela Moura Torres Abbade, Celina Márcia de Souza Santos, Elisângela Santana dos Mota, Jacyra Andrade Almeida, Aurelina Ariadne Domingues Ribeiro, Silvana Soares da Costa Ramos, Conceição de Maria de Araujo Oliveira, Marilucia Barros de |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES |
topic |
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES Variação lexical Cachaça Dialetologia Etnolinguística Linguística cognitiva lexical variation cachaça dialectology ethnolinguistics cognitive linguistics |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Variação lexical Cachaça Dialetologia Etnolinguística Linguística cognitiva |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
lexical variation cachaça dialectology ethnolinguistics cognitive linguistics |
description |
Nesta tese, encontram-se resultados de um estudo empreendido acerca das denominações de cachaça, com base nas informações coletadas pelos pesquisadores do Projeto Atlas Linguístico do Brasil (ALiB), nos nove estados do Nordeste, onde foram entrevistados 348 informantes conceptualizadores e categorizadores, que, conforme a metodologia do Projeto, correspondem a oito, em cada capital, e quatro, em cada cidade do interior, distribuídos em duas faixas etárias – I (18 a 30 anos) e II (50 a 65 anos); os dois sexos; e dois níveis de escolaridade: (i) fundamental, na capital e nas cidades do interior, e (ii) universitário, apenas, nas capitais. O estudo tem como objetivo realizar a exegese a partir das informações apresentadas pelos informantes conceptualizadores e categorizadores nordestinos, ao responderem à questão 182 do Questionário Semântico Lexical (QSL): AGUARDENTE (COMITÊ NACIONAL DO PROJETO ALiB, 2001, p.36), “Como se chama a bebida alcoólica feita da cana-de-açúcar?” Foram consideradas 753 ocorrências, que estão organizadas em 71 lexias, classificadas em simples e complexas, nas quais se encontram 44 nomes comuns e 27 nomes-marca. A natureza dos dados obtidos levou a uma abordagem interdisciplinar, estabelecida entre a Dialetologia, a Etnolinguística e a Linguística Cognitiva, consubstanciadas pelos estudos da Onomástica e da Lexicologia. Essas vertentes da Linguística consideram imprescindível a relação entre o ser humano, a língua que utiliza em suas interações e o mundo e a cultura que o cercam. A relação teórica interdisciplinar adotada possibilitou seguir um viés de interpretação e taxonomia dos dados, em que se considerou que, ao apresentar as suas respostas, os informantes conceptualizadores e categorizadores recorreram a Modelos Cognitivos Idealizados (MCI), dentre os quais se destaca o PARTE-TODO, como se teve em denominações como limpa, pura, Ypióca, Pitú. De uma forma geral, os resultados apontam para as considerações relacionadas aos itens léxicos apresentados como resposta à pergunta 182 do QSL, destacando-se, com maior produtividade e abrangência de usos, a lexia cachaça, considerada como prototípica, já que foi citada pelos entrevistados de todas as localidades pesquisadas e, ainda, nas mais diversas situações de elocução, presentes no decorrer das entrevistas. Dentre os nomes-marca, destaca-se Pitú, que é produzida em Pernambuco e apresentou grande representatividade nas entrevistas dos participantes pernambucanos, bem como nas de outros estados nordestinos. As categorizações reveladas pelos informantes conceptualizadores nordestinos permitiram que fossem elaboradas redes radiais, que revelam a representatividade sociocultural das 71 lexias, conforme produtividade de ocorrência e de abrangências. O item lexical prototípico e os que se encontram no raio mais próximos a ele estão cartografados, para que seja visualizada a distribuição espacial dessas variantes. O estudo da história do Nordeste brasileiro e da histórica da cachaça foram importantes para melhor conhecer esse relevante elemento cultural do povo brasileiro, cujo domínio de experiência se mostrou diverso e amplo. |
publishDate |
2021 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2021-12-13 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2022-09-20T15:54:04Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2022-09-20T15:54:04Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36042 |
url |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36042 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura (PPGLINC) |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFBA |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
Instituto de Letras |
publisher.none.fl_str_mv |
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFBA instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA) instacron:UFBA |
instname_str |
Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
instacron_str |
UFBA |
institution |
UFBA |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFBA |
collection |
Repositório Institucional da UFBA |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/36042/1/tese_sandra_cerqueira_pereira_prudencio.pdf https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/36042/2/license.txt https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/36042/3/tese_sandra_cerqueira_pereira_prudencio.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
8d123b8b5ab3bd5fbeaa0ce453b1c8ea 67bf4f75790b0d8d38d8f112a48ad90b 657c2a50db8b84a7bfb816e2ce086207 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1808459651124035584 |