PERCEPÇÃO DO HANDICAP E DE DIFICULDADES AUDITIVAS EM INDIVÍDUOS COM DOENÇA DE PARKINSON Salvador

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rabelo, Maysa Bastos
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20193
Resumo: Introdução: A doença de Parkinson (DP) é uma enfermidade neurodegenerativa associada ao envelhecimento. Além dos sinais motores, podem ocorrer sintomas não motores, como as alterações auditivas, que levam ao handicap auditivo, o qual pode interferir na qualidade de vida do indivíduo. No entanto, apesar dessas alterações serem frequentes, pouco se sabe sobre a percepção que esses sujeitos têm a respeito das dificuldades auditivas. Objetivo: Investigar a percepção do handicap e da dificuldade auditiva em indivíduos com DP. Metodologia: O presente estudo, de base ambulatorial, é um subprojeto da investigação “Presbiacusia na doença de Parkinson”. A população foi constituída por indivíduos com DP, acompanhados no Ambulatório de Movimentos Involuntários do Complexo Ambulatorial Professor Magalhães Neto (UFBA), no período de abril a agosto de 2015. Após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, os indivíduos realizaram exames de sangue, avaliação audiológica básica e testes de processamento auditivo (central) – PA (C). Além disso, responderam ao Mini-Exame do Estado Mental para avaliação do quadro cognitivo e preencheram a ficha desenvolvida para o estudo, com dados de identificação, dados sociodemográficos, quadro clínico geral e da doença. A avaliação do handicap auditivo foi realizada a partir do questionário Hearing Handicap Inventory for the Elderly (HHIE) nos indivíduos que referiram dificuldade para ouvir e apresentaram alguma alteração auditiva. Resultados: Foram contatados 87 indivíduos com DP; destes, 33 aceitaram participar e satisfizeram aos critérios estabelecidos para o estudo. A maioria foi do sexo masculino (n=22), com idade média de 63,7 anos. Verificou-se elevada frequência (93,9%) de alterações audiológicas periféricas ou centrais na população estudada. Porém, apenas 45,2% referem alguma dificuldade para ouvir. Entre os 14 indivíduos que responderam ao questionário, 8 (57,1%) não apresentaram percepção do handicap auditivo, 2 (14,3 %) tinham percepção leve-moderada e 4 (28,6%) revelaram percepção significativa. Conclusão: Os resultados do presente estudo revelaram que os indivíduos investigados, portadores de DP, não apresentaram percepção de dificuldades auditivas e do handicap, mesmo na presença de alterações audiológicas. Diante desse panorama, acredita-se que o perfil audiométrico da população estudada não favorece a percepção; além disso, os sinais motores da doença podem contribuir para que essas alterações sejam mascaradas.
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