Ocorrência de parasitas gastrointestinais em primatas mantidos em cativeiro no Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) em Vitória da Conquista, Bahia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Campos, Eliene
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19222
Resumo: O Brasil situa-se entre os principais países do mundo que comercializam e exportam espécies da fauna e flora silvestres de forma ilegal. Depois do tráfico de drogas e de armas, o contrabando de animais representa o terceiro maior negócio ilícito praticado no mundo. Um dos representantes da fauna silvestre que sofre esse tipo de atividade criminosa são os primatas. Quando esses primatas são apreendidos pelos órgãos fiscalizadores, como o Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBIO), muitas vezes esses animais são destinados a viverem em Centro de Triagem, permanecendo em cativeiro. Na maioria das vezes, esses primatas compartilham espaços com outros animais silvestres, fazendo com que aumente a probabilidade de contraírem várias doenças, por exemplo, doenças infecciosas e parasitárias. Se reintroduzidos, estes animais podem infectar outras espécies silvestres, causando a disseminação de doenças. Então para que não ocorra contaminação com outros animais no processo de reintrodução na natureza, é indicado, segundo o ICMBIO que estes primatas passem por vários exames, um deles é o parasitológico de fezes. Portanto este trabalho teve como objetivo avaliar os parasitas gastrointestinais de 45 primatas mantidos em cativeiro no Centro de Triagem de Animais Silvestre (CETAS). Foram analisadas 135 amostras de fezes de 45 primatas três vezes com intervalo de quinze dias das seguintes espécies: Alouatta caraya, Sapajus libidinosus, Sapajus xantosternosus, Sapajus flavius, Sapajus robustus e Calicebus nigrifrons pelo método de Direto e Hoffman. Nos animais avaliados, foram verificadas infecções leves e moderadas por protozoários gastrointestinais dos gêneros Entamoeba, Cystoisospora e Balantidium. Além da presença de helmintos dos gêneros Ancylostoma e Strongiloydes. Com o encontro de ovos de helmintos realizou-se a coprocultura para obtenção de larvas de terceiro estágio. Conforme se pode observar, não são raras as infecções de primatas não humanos por helmintos e protozoários; diversas espécies destes parasitos são normalmente encontradas nestes animais, desta forma, a realização de avaliações periódicas e a realização do tratamento são rotinas que devem ser adotadas nos Centros de Triagem visando à manutenção da sanidade animal.
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Na maioria das vezes, esses primatas compartilham espaços com outros animais silvestres, fazendo com que aumente a probabilidade de contraírem várias doenças, por exemplo, doenças infecciosas e parasitárias. Se reintroduzidos, estes animais podem infectar outras espécies silvestres, causando a disseminação de doenças. Então para que não ocorra contaminação com outros animais no processo de reintrodução na natureza, é indicado, segundo o ICMBIO que estes primatas passem por vários exames, um deles é o parasitológico de fezes. Portanto este trabalho teve como objetivo avaliar os parasitas gastrointestinais de 45 primatas mantidos em cativeiro no Centro de Triagem de Animais Silvestre (CETAS). Foram analisadas 135 amostras de fezes de 45 primatas três vezes com intervalo de quinze dias das seguintes espécies: Alouatta caraya, Sapajus libidinosus, Sapajus xantosternosus, Sapajus flavius, Sapajus robustus e Calicebus nigrifrons pelo método de Direto e Hoffman. 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