Investigação de associações da idade, do gênero e da doença renal de base com qualidade de vida de pacientes em hemodiálise: estudo prohemo.
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/16099 |
Resumo: | Estudos em pacientes em hemodiálise de manutenção (HDM) mostram diferença de qualidade de vida relacionada com saúde (QVRS) entre sexos e faixas etárias. Faltam estudos para comparar a QVRS de homens e mulheres em HDM por faixa de idade e para investigar se o tipo de doença renal exerce alguma influência da QVRS após o inicio da HDM. Objetivos: Estudar pacientes em HDM com os seguintes objetivos: 1) Investigar se idade, sexo e tipo da doença renal estão associados com QVRS; 2- Investigar se a idade atua como modificadora de efeito de associações do sexo com QVRS; 3 - Investigar se a idade e o sexo estão associadas com modificação da QVRS. Métodos: Dados de 1604 adultos (61,1% homens, média de idade 49,4±0,4 anos) do Estudo PROHEMO em quatro clínicas de Salvador, 2005-2013. Análises transversais foram feitas para os objetivos 1 e 2 e análises de medidas repetidas para o objetivo 3. A versão brasileira do Kidney Disease Quality of Life Short Form foi usada para determinar escores de QVRS: “Sintomas/Problemas” e os Sumários do Componente Físico (PCS) e Mental (MCS). Regressão linear foi usada para estimar diferenças de QVRS, ajustadas para variáveis sociodemográficas e clínicas. Resultados: Pacientes ≥60 anos (vs. <60) apresentaram menor média ajustada de PCS (2,2 pontos) e maior de MCS (2,0 pontos); p<0,05. Nas análises ajustadas, os homens apresentaram escores maiores em 1,9 pontos para PCS, 2,5 para MCS e 5,3 para sintomas/problemas; p<0,001. A diferença ajustada em PCS entre os sexos foi mais larga na faixa etária ≥60 anos (3,9 pontos); p da interação idade*sexo=0,004. Nas análises ajustada, foi observado um maior escore na escala sintomas/problemas de 2,5 pontos (não estatisticamente significante) para pacientes com glomerulonefrites em comparação com os com nefropatia diabética. Nas análises de medidas repetidas, redução no PCS foi observada nos pacientes ≥60 anos em 2,6 pontos (p=0,013) e nas mulheres em 2,0 pontos (p=0,005). Conclusão: O estudo mostra evidência que a diferenças entre os gêneros no componente físico de QVRS é parcialmente causado por uma interação entre idade e sexo resultando em uma larga diferença de escores em pacientes com idade ≥60 anos. Os dados indicam, que, além de um pior nível de QVRS referente ao componente físico, as mulheres apresentam maior redução deste componente ao longo do tratamento por HDM. Os resultados sugerem um maior comprometimento do componente mental de QVRS em pacientes com idade inferior a 60 anos. |
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Resende, Lucas LopesLopes, Antonio Alberto da Silva2014-09-19T00:30:26Z2014-09-19T00:30:26Z2014-09-182013http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/16099Estudos em pacientes em hemodiálise de manutenção (HDM) mostram diferença de qualidade de vida relacionada com saúde (QVRS) entre sexos e faixas etárias. Faltam estudos para comparar a QVRS de homens e mulheres em HDM por faixa de idade e para investigar se o tipo de doença renal exerce alguma influência da QVRS após o inicio da HDM. Objetivos: Estudar pacientes em HDM com os seguintes objetivos: 1) Investigar se idade, sexo e tipo da doença renal estão associados com QVRS; 2- Investigar se a idade atua como modificadora de efeito de associações do sexo com QVRS; 3 - Investigar se a idade e o sexo estão associadas com modificação da QVRS. Métodos: Dados de 1604 adultos (61,1% homens, média de idade 49,4±0,4 anos) do Estudo PROHEMO em quatro clínicas de Salvador, 2005-2013. Análises transversais foram feitas para os objetivos 1 e 2 e análises de medidas repetidas para o objetivo 3. A versão brasileira do Kidney Disease Quality of Life Short Form foi usada para determinar escores de QVRS: “Sintomas/Problemas” e os Sumários do Componente Físico (PCS) e Mental (MCS). Regressão linear foi usada para estimar diferenças de QVRS, ajustadas para variáveis sociodemográficas e clínicas. Resultados: Pacientes ≥60 anos (vs. <60) apresentaram menor média ajustada de PCS (2,2 pontos) e maior de MCS (2,0 pontos); p<0,05. Nas análises ajustadas, os homens apresentaram escores maiores em 1,9 pontos para PCS, 2,5 para MCS e 5,3 para sintomas/problemas; p<0,001. A diferença ajustada em PCS entre os sexos foi mais larga na faixa etária ≥60 anos (3,9 pontos); p da interação idade*sexo=0,004. Nas análises ajustada, foi observado um maior escore na escala sintomas/problemas de 2,5 pontos (não estatisticamente significante) para pacientes com glomerulonefrites em comparação com os com nefropatia diabética. Nas análises de medidas repetidas, redução no PCS foi observada nos pacientes ≥60 anos em 2,6 pontos (p=0,013) e nas mulheres em 2,0 pontos (p=0,005). Conclusão: O estudo mostra evidência que a diferenças entre os gêneros no componente físico de QVRS é parcialmente causado por uma interação entre idade e sexo resultando em uma larga diferença de escores em pacientes com idade ≥60 anos. Os dados indicam, que, além de um pior nível de QVRS referente ao componente físico, as mulheres apresentam maior redução deste componente ao longo do tratamento por HDM. 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