Diversidade genética do vírus da imunodeficiência humana tipo 1 (HIV-1) após transmissão vertical em Salvador-Bahia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vaz, Sara Nunes
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24199
Resumo: RESUMO NA LÍNGUA VERNÁCULA Introdução: Cerca de 35,3 milhões de pessoas em todo o mundo estão infectadas com o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e destas, 2,7 milhões são crianças com menos de 15 anos de idade. A transmissão vertical (TV) do HIV-1 é responsável por 90% de todas as infecções em crianças, podendo ocorrer durante a gravidez, no momento do parto e através do leite materno. Apesar das grandes conquistas na prevenção da TV no Brasil, crianças ainda vêm sendo infectadas. Objetivo: Avaliar a diversidade genética do vírus HIV-1 em crianças/ adolescentes infectados por via vertical em comparação ao vírus materno. Materiais e métodos: Amostras de sangue total de 41 sujeitos infectados pelo HIV-1 (22 crianças e 19 mães) foram coletadas. DNA genômico foi extraído e fragmentos de gag, pol e env amplificados através de PCR e sequenciados. Reconstruções filogenéticas foram utilizadas para subtipar as sequências e identificar recombinantes. Sequências de aminoácidos dos pares de mães e filhos virgens de terapia antirretroviral (TARV) foram analisadas quanto ao número de mutações não sinônimas. A região da alça V3 das sequências de env foram analisadas para identificação de assinaturas e predição in silico do coreceptor viral. Mutações de resistência associadas aos inibidores de protease, transcriptase reversa e fusão foram identificadas nas sequências de pol e env. Resultados: A prevalência de subtipo B puro nesta população foi de 82,1% e de recombinantes BF 17,9%. A maior frequência de mutação não sinônima foi encontrada em Env (9.9%), seguida de Gag (2.7%) e Pol (1.9%). Análises na alça V3 da região do envelope revelaram 19,5% de subtipo B’ (GWGR); 46,4% de B (GPGR) e 34,1% de outras variantes (GXPX). Com relação à predição de coreceptor, 46,3% das sequências eram de vírus X4 (CXCR4) e destas, dez (52,6%) eram sequências de mães. Uma prevalência de 43,9% de mutações associadas às drogas antirretrovirais (DRAM) nas sequências de pol foi identificada. Dentre as crianças/adolescentes virgens de tratamento, 33,3% apresentaram pelo menos uma mutação associada aos inibidores de protease e/ou transcriptase reversa. Mutações de resistência transmitida (tDRM) foram detectadas numa prevalência de 4,9%. Encontramos uma baixa prevalência de mutações no gene env, associadas à resistência ao inibidor de fusão: 4,9% de HR1 e 14,6% de HR2. Conclusões: Os resultados ressaltam a importância de testar as gestantes e mantê-las em TARV para supressão do vírus, evitando assim a TV. Para dar melhor suporte às políticas públicas de saúde na eliminação da TV do HIV-1 e na seleção de regimes de TARV ativa para mães e bebês, é essencial entender a epidemiologia molecular do vírus. Palavras-chaves: HIV-1; transmissão vertical; diversidade genética.
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spelling Vaz, Sara NunesAlves, Carlos Roberto BritesAlcântara, Luiz Carlos JúniorLyra, André CastroSilva, Luciano KalabricBahia, Fabianna Márcia Maranhão2017-09-18T18:53:03Z2017-09-182014-02-13http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24199RESUMO NA LÍNGUA VERNÁCULA Introdução: Cerca de 35,3 milhões de pessoas em todo o mundo estão infectadas com o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e destas, 2,7 milhões são crianças com menos de 15 anos de idade. A transmissão vertical (TV) do HIV-1 é responsável por 90% de todas as infecções em crianças, podendo ocorrer durante a gravidez, no momento do parto e através do leite materno. Apesar das grandes conquistas na prevenção da TV no Brasil, crianças ainda vêm sendo infectadas. Objetivo: Avaliar a diversidade genética do vírus HIV-1 em crianças/ adolescentes infectados por via vertical em comparação ao vírus materno. Materiais e métodos: Amostras de sangue total de 41 sujeitos infectados pelo HIV-1 (22 crianças e 19 mães) foram coletadas. DNA genômico foi extraído e fragmentos de gag, pol e env amplificados através de PCR e sequenciados. Reconstruções filogenéticas foram utilizadas para subtipar as sequências e identificar recombinantes. Sequências de aminoácidos dos pares de mães e filhos virgens de terapia antirretroviral (TARV) foram analisadas quanto ao número de mutações não sinônimas. A região da alça V3 das sequências de env foram analisadas para identificação de assinaturas e predição in silico do coreceptor viral. Mutações de resistência associadas aos inibidores de protease, transcriptase reversa e fusão foram identificadas nas sequências de pol e env. Resultados: A prevalência de subtipo B puro nesta população foi de 82,1% e de recombinantes BF 17,9%. A maior frequência de mutação não sinônima foi encontrada em Env (9.9%), seguida de Gag (2.7%) e Pol (1.9%). Análises na alça V3 da região do envelope revelaram 19,5% de subtipo B’ (GWGR); 46,4% de B (GPGR) e 34,1% de outras variantes (GXPX). Com relação à predição de coreceptor, 46,3% das sequências eram de vírus X4 (CXCR4) e destas, dez (52,6%) eram sequências de mães. Uma prevalência de 43,9% de mutações associadas às drogas antirretrovirais (DRAM) nas sequências de pol foi identificada. Dentre as crianças/adolescentes virgens de tratamento, 33,3% apresentaram pelo menos uma mutação associada aos inibidores de protease e/ou transcriptase reversa. Mutações de resistência transmitida (tDRM) foram detectadas numa prevalência de 4,9%. Encontramos uma baixa prevalência de mutações no gene env, associadas à resistência ao inibidor de fusão: 4,9% de HR1 e 14,6% de HR2. Conclusões: Os resultados ressaltam a importância de testar as gestantes e mantê-las em TARV para supressão do vírus, evitando assim a TV. Para dar melhor suporte às políticas públicas de saúde na eliminação da TV do HIV-1 e na seleção de regimes de TARV ativa para mães e bebês, é essencial entender a epidemiologia molecular do vírus. Palavras-chaves: HIV-1; transmissão vertical; diversidade genética.RESUMO EM LÍNGUA ESTRANGEIRA Introduction: Around 35.3 million people worldwide are infected with Human Immunodeficiency Virus (HIV) around 2.7 million of whom are children under 15 years. Mother-to-child-transmission (MTCT) of HIV-1 accounts for 90% of all HIV-1 infections in children and can occur during pregnancy, delivery and through breast-feeding. Despite great advances in the prevention of MTCT in Brazil, children are still becoming infected. Objective: Characterize the genetic diversity of HIV-1 isolates in infected children by the vertical route in relation to the maternal virus, in a population from Salvador, the capital of Bahia State, Brazil. Methods: Samples from 41 HIV-1 infected individuals from 19 families were collected. Genomic DNA was extracted; fragments from gag, pol and env were amplified and sequenced directly. Phylogenetic reconstruction was performed to subtype the sequences and find recombinants. The V3 loop from env sequences was analyzed and coreceptor usage was predicted. Drug resistance analyses were performed in pol and env sequences. Results: We found 82.1% of subtype B and 17.9% of BF recombinants. The highest frequency of non-synonymous mutations was found in Env (9.9%), followed by Gag (2.7%) and Pol (1.9%). Based on V3 characterization, 8 (19.5%) Brazilian B’ (GWGR), 19 (46.4%) European/ EUA B (GPGR) and 14 (34.1%) GXGX variants were found. With regard to coreceptor usage, 19 (46.3%) V3 sequences were predicted to use the CXCR4 coreceptor (X4 virus) and 10 (52.6%) of them were mothers. A prevalence of 43.9% drug resistance-associated mutations in the pol sequences was identified. 33.3% of the drug-naïve children/adolescents presented at least 1 mutation related to PI/NRTI/NNRTI resistance. The prevalence of transmitted drug resistance mutations was 4.9%. On the env we found a low prevalence of HR1 (4.9%) and HR2 (14.6%) mutations. Conclusion: This study thus highlights the importance of increasing antenatal testing and maintaining mothers on suppressed ART. To better support public health policies to eliminate MTCT and select active regimens for mothers and babies, it is essential to understand the molecular epidemiology of the virus. Key-words: HIV-1; mother-to-child-transmission; viral diversity.Submitted by Pos-Graduação Medicina e Saúde (ppgms@ufba.br) on 2017-08-25T18:12:43Z No. of bitstreams: 1 Sara Nunes Vaz_ Dissertação de Mestrado.pdf: 3195937 bytes, checksum: 02346392f9fca991003229c3f810b525 (MD5)Approved for entry into archive by Edvaldo Souza (edvaldosouza@ufba.br) on 2017-09-18T18:53:03Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Sara Nunes Vaz_ Dissertação de Mestrado.pdf: 3195937 bytes, checksum: 02346392f9fca991003229c3f810b525 (MD5)Made available in DSpace on 2017-09-18T18:53:03Z (GMT). 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