Adiposidade abdominal entre os participantes do ELSA-Brasil.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26708 |
Resumo: | Esta tese se ocupa da definição de pontos de corte para métodos alternativos de diagnóstico de adiposidade abdominal, dos fatores associados à condição de obesidade abdominal e da relação entre os indicadores desta adiposidade e a espessura médio-intimal de carótidas. Foram estudados 12232 participantes da linha de base do ELSA-Brasil, com idade entre 35 e 74 anos, vinculados a seis instituições de ensino e pesquisa em diferentes cidades brasileiras (Salvador, Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Vitória). Avaliou-se cinco indicadores diagnósticos de adiposidade abdominal: circunferência da cintura (CC), razão cintura quadril (RCQ), índice de conicidade (Índice C), produto da acumulação lipídica (LAP) e índice de adiposidade visceral (IAV). As análises foram estratificadas por sexo e raça ou cor da pele. No primeiro artigo desta tese foi avaliada a acurácia de indicadores de adiposidade abdominal e identificados pontos de corte a partir da definição de uma variável latente de obesidade abdominal como padrão ouro. Todos os grupos mostraram elevadas prevalências de obesidade abdominal, sendo maior entre os homens brancos (~70%) e mulheres pretas (~60%). Observou-se alta acurácia da CC para homens, RCQ e índice C entre homens e mulheres para discriminar obesidade abdominal latente. Foram identificados os seguintes pontos de corte para brancos, pardos e pretos, respectivamente: CC: homens 89,9; 90,2 e 91,7; mulheres 80,4; 82,7 e 85,4 cm; RCQ: homens 0,92; 0,92 e 0,90; mulheres 0,82; 0,83 e 0,84; índice C: homens 1,24; 1,24 e 1,24; mulheres 1,20; 1,22 e 1,19; LAP: homens 29,81; 32,39 e 33,08; mulheres 22,64; 30,27 e 27,12; IAV: homens 1,74; 2,08 e 1,68; mulheres 1,44; 2,16 e 1,65. O segundo artigo descreveu a associação entre fatores socioeconômicos, demográficos e de estilo de vida e a obesidade abdominal. Covariáveis foram idade, índice de massa corporal, escolaridade, estilo de vida, situação conjugal. Para as mulheres, se acrescentou número de filhos e menopausa. A variável desfecho obesidade abdominal foi definida usando o padrão de respostas da análise de classes latentes descrito no primeiro artigo desta tese. Houve associação entre idade e índice de massa corporal com a obesidade abdominal em todos os subgrupos, com valores mais expressivos entre os homens brancos (OR=1,09; IC95%: 1,08-1,10 para idade e OR= 1,74; IC95%: 1,67-1,83 para índice de massa corporal). Homens pardos com baixa e média escolaridade tiveram proteção contra a obesidade abdominal (OR= 0,50 IC95%: 0,34-0,73; OR= 0,66 IC95%: 0,49-0,88). A menor escolaridade indicou maior chance de mulheres brancas apresentarem obesidade abdominal (OR=1,73 IC95%: 1,05-2,84). Homens brancos e pardos e mulheres brancas e pretas com estilo de vida menos saudável mostraram, respectivamente, chance de 87%, 94%, 41% e 45% maior de apresentar obesidade abdominal que aqueles com estilo de vida mais saudável. No terceiro artigo, usando os pontos de corte definidos no primeiro artigo desta tese se avaliou o efeito da adiposidade abdominal, por meio dos cinco indicadores, sobre a espessura médiointimal de carótidas entre homens e mulheres. Em ambos os sexos a adiposidade abdominal se associou com a média da espessura médio-intimal de carótidas principalmente por meio dos indicadores RCQ (homens= 0,30 IC95%: 0,204;0,403; mulheres= 0,22 IC95%: 0,160;0,294) e Índice C (homens= 0,18 IC95%: 0,100;0,275; mulheres= 0,11 IC95%: 0,052;0,168). A presença de obesidade abdominal diagnosticada pela CC mostrou importante efeito sobre a espessura médio-intimal de carótidas em ambos os sexos (homens: OR= 1,47; IC95%: 1,21-1,77; mulheres: OR= 1,39; IC95%: 1,17-1,64). Conclui-se que a CC entre os homens e a RCQ e índice C entre homens e mulheres apresentaram alto poder para discriminar obesidade abdominal latente, sendo o índice C o melhor indicador nesta pesquisa. As variáveis idade e índice de massa corporal foram associadas à obesidade abdominal em todos os subgrupos de sexo e raça ou cor de pele. A baixa e média escolaridade se associou como proteção apenas entre os homens pardos. Para as mulheres pardas a escolaridade inferior ao ensino médio foi associada positivamente à obesidade abdominal. O estilo de vida se associou com obesidade abdominal entre os homens brancos e pardos e as mulheres brancas e pardas. A adiposidade abdominal mostrou associação com a espessura médio-intimal de carótidas em ambos os sexos, se destacando os tradicionais indicadores antropométricos RCQ, CC e índice C. |
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Avaliou-se cinco indicadores diagnósticos de adiposidade abdominal: circunferência da cintura (CC), razão cintura quadril (RCQ), índice de conicidade (Índice C), produto da acumulação lipídica (LAP) e índice de adiposidade visceral (IAV). As análises foram estratificadas por sexo e raça ou cor da pele. No primeiro artigo desta tese foi avaliada a acurácia de indicadores de adiposidade abdominal e identificados pontos de corte a partir da definição de uma variável latente de obesidade abdominal como padrão ouro. Todos os grupos mostraram elevadas prevalências de obesidade abdominal, sendo maior entre os homens brancos (~70%) e mulheres pretas (~60%). Observou-se alta acurácia da CC para homens, RCQ e índice C entre homens e mulheres para discriminar obesidade abdominal latente. Foram identificados os seguintes pontos de corte para brancos, pardos e pretos, respectivamente: CC: homens 89,9; 90,2 e 91,7; mulheres 80,4; 82,7 e 85,4 cm; RCQ: homens 0,92; 0,92 e 0,90; mulheres 0,82; 0,83 e 0,84; índice C: homens 1,24; 1,24 e 1,24; mulheres 1,20; 1,22 e 1,19; LAP: homens 29,81; 32,39 e 33,08; mulheres 22,64; 30,27 e 27,12; IAV: homens 1,74; 2,08 e 1,68; mulheres 1,44; 2,16 e 1,65. O segundo artigo descreveu a associação entre fatores socioeconômicos, demográficos e de estilo de vida e a obesidade abdominal. Covariáveis foram idade, índice de massa corporal, escolaridade, estilo de vida, situação conjugal. Para as mulheres, se acrescentou número de filhos e menopausa. A variável desfecho obesidade abdominal foi definida usando o padrão de respostas da análise de classes latentes descrito no primeiro artigo desta tese. 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Esta tese se ocupa da definição de pontos de corte para métodos alternativos de diagnóstico de adiposidade abdominal, dos fatores associados à condição de obesidade abdominal e da relação entre os indicadores desta adiposidade e a espessura médio-intimal de carótidas. Foram estudados 12232 participantes da linha de base do ELSA-Brasil, com idade entre 35 e 74 anos, vinculados a seis instituições de ensino e pesquisa em diferentes cidades brasileiras (Salvador, Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Vitória). Avaliou-se cinco indicadores diagnósticos de adiposidade abdominal: circunferência da cintura (CC), razão cintura quadril (RCQ), índice de conicidade (Índice C), produto da acumulação lipídica (LAP) e índice de adiposidade visceral (IAV). As análises foram estratificadas por sexo e raça ou cor da pele. No primeiro artigo desta tese foi avaliada a acurácia de indicadores de adiposidade abdominal e identificados pontos de corte a partir da definição de uma variável latente de obesidade abdominal como padrão ouro. Todos os grupos mostraram elevadas prevalências de obesidade abdominal, sendo maior entre os homens brancos (~70%) e mulheres pretas (~60%). Observou-se alta acurácia da CC para homens, RCQ e índice C entre homens e mulheres para discriminar obesidade abdominal latente. Foram identificados os seguintes pontos de corte para brancos, pardos e pretos, respectivamente: CC: homens 89,9; 90,2 e 91,7; mulheres 80,4; 82,7 e 85,4 cm; RCQ: homens 0,92; 0,92 e 0,90; mulheres 0,82; 0,83 e 0,84; índice C: homens 1,24; 1,24 e 1,24; mulheres 1,20; 1,22 e 1,19; LAP: homens 29,81; 32,39 e 33,08; mulheres 22,64; 30,27 e 27,12; IAV: homens 1,74; 2,08 e 1,68; mulheres 1,44; 2,16 e 1,65. O segundo artigo descreveu a associação entre fatores socioeconômicos, demográficos e de estilo de vida e a obesidade abdominal. Covariáveis foram idade, índice de massa corporal, escolaridade, estilo de vida, situação conjugal. Para as mulheres, se acrescentou número de filhos e menopausa. A variável desfecho obesidade abdominal foi definida usando o padrão de respostas da análise de classes latentes descrito no primeiro artigo desta tese. Houve associação entre idade e índice de massa corporal com a obesidade abdominal em todos os subgrupos, com valores mais expressivos entre os homens brancos (OR=1,09; IC95%: 1,08-1,10 para idade e OR= 1,74; IC95%: 1,67-1,83 para índice de massa corporal). Homens pardos com baixa e média escolaridade tiveram proteção contra a obesidade abdominal (OR= 0,50 IC95%: 0,34-0,73; OR= 0,66 IC95%: 0,49-0,88). A menor escolaridade indicou maior chance de mulheres brancas apresentarem obesidade abdominal (OR=1,73 IC95%: 1,05-2,84). Homens brancos e pardos e mulheres brancas e pretas com estilo de vida menos saudável mostraram, respectivamente, chance de 87%, 94%, 41% e 45% maior de apresentar obesidade abdominal que aqueles com estilo de vida mais saudável. No terceiro artigo, usando os pontos de corte definidos no primeiro artigo desta tese se avaliou o efeito da adiposidade abdominal, por meio dos cinco indicadores, sobre a espessura médiointimal de carótidas entre homens e mulheres. Em ambos os sexos a adiposidade abdominal se associou com a média da espessura médio-intimal de carótidas principalmente por meio dos indicadores RCQ (homens= 0,30 IC95%: 0,204;0,403; mulheres= 0,22 IC95%: 0,160;0,294) e Índice C (homens= 0,18 IC95%: 0,100;0,275; mulheres= 0,11 IC95%: 0,052;0,168). A presença de obesidade abdominal diagnosticada pela CC mostrou importante efeito sobre a espessura médio-intimal de carótidas em ambos os sexos (homens: OR= 1,47; IC95%: 1,21-1,77; mulheres: OR= 1,39; IC95%: 1,17-1,64). Conclui-se que a CC entre os homens e a RCQ e índice C entre homens e mulheres apresentaram alto poder para discriminar obesidade abdominal latente, sendo o índice C o melhor indicador nesta pesquisa. As variáveis idade e índice de massa corporal foram associadas à obesidade abdominal em todos os subgrupos de sexo e raça ou cor de pele. A baixa e média escolaridade se associou como proteção apenas entre os homens pardos. Para as mulheres pardas a escolaridade inferior ao ensino médio foi associada positivamente à obesidade abdominal. O estilo de vida se associou com obesidade abdominal entre os homens brancos e pardos e as mulheres brancas e pardas. A adiposidade abdominal mostrou associação com a espessura médio-intimal de carótidas em ambos os sexos, se destacando os tradicionais indicadores antropométricos RCQ, CC e índice C. |
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