Anticorpo monoclonal anti-ige (omalizumabe) no tratamento de urticárias crônicas: revisão sistemática

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nascimento, Gabriel Carvalho
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/16120
Resumo: Urticária crônica é caracterizada pela presença de placas eritematosas cutâneas com prurido por mais de seis semanas, com ou sem angioedema. O anticorpo monoclonal anti-IgE (Omalizumabe) é indicado em asmáticos com boa resposta. O achado de autoanticorpos direcionados à molécula da IgE ou ao seu receptor de alta afinidade na urticária crônica resultou na investigação do Omalizumabe para a terapêutica na urticária crônica refratária a anti-histamínicos. Objetivo: Sumarizar as evidências encontradas na literatura avaliando a eficácia do Omalizumabe no tratamento de urticária crônica. Metodologia: Revisão sistemática de artigos com dados originais sobre o uso do Omalizumabe no tratamento das urticárias crônicas nas bases de dados eletrônicas PubMed, Lilacs e Scielo. Os artigos selecionados foram submetidos a uma matriz de aferição de dados. Assim, o produto final foi a análise descritiva dos dados coletados sem metanálise. Resultados: Foram selecionados 27 artigos. A maioria dos estudos utilizaram pacientes sem resposta a terapêutica com anti-histamínicos e os sintomas de urticária resolveram dentro das primeiras semanas de tratamento em mais de 50% dos pacientes. Os 16 estudos sobre urticária espontânea apresentaram altas porcentagens de resolução dos sintomas cutâneos após tratamento com Omalizumabe. Quatro estudos dentre esses eram randomizados e controlados com placebo onde a dose com melhor resposta foi de 300 mg de Omalizumabe a cada 4 semanas. Essa intervenção terapêutica não resultou em efeitos adversos graves e apenas um estudo relatou aparecimento de cefaleia como efeito adverso. Os onze estudos sobre uso do Omalizumabe na urticária induzida consistiram apenas de relatos de casos totalizando apenas vinte pacientes. Todos pacientes com urticária ao frio e urticária dermográfica responderam satisfatoriamente ao passo que na urticária solar e ao calor houve menor frequência de eficácia a esse tratamento. Discussão: Tornou-se evidente a necessidade de mais estudos controlados e randomizados sobre o uso do Omalizumabe na urticária crônica. Conclusão: Omalizumabe apresentou alta eficácia e boa tolerabilidade pelos pacientes no tratamento da urticária crônica.
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