Anemia aplásica no estado da Bahia: estudo clinico- epidemiológico, e investigação de biomarcadores associados ao diagnóstico e ao prognóstico da doença

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Araujo, Marco Aurelio Salvino de
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29528
Resumo: Introdução: A anemia aplásica é uma rara e grave doença caracterizada por pancitopenia. A forma mais frequente é a adquirida, e na sua maioria das vezes de origem idiopática. Doença imunomediada de fisiopatologia muito mais conhecida pela sua resposta as terapias imunossupressoras do que por estudos capazes de entender sua complexidade. Sabe-se que a doença pode ser desencadeada por algum gatilho , entretanto necessita de um hospedeiro com características imunológicas de forte predisposição ao seu desenvolvimento. Destaca-se como fator associados a doença a presença de alguns antígenos HLA, polimorfismo de alguns genes, presença de clone HPN, encurtamento dos telômeros medulares, etc. Fatal se não tratada, hoje a doença possui prognóstico muito bom quando tratado precoce e adequadamente com imunossupressores ou transplante alogênico de medula óssea. Dada a gravidade e raridade da doença, estudos clínicos em países em desenvolvimento são muito poucos. Sua incidência varia de, ao redor de 1 a 4 casos /milhão hab/ano na Europa e américa do norte, até 5-9 casos/milhão/ano na Ásia, motivo pelo qual a maioria dos estudos são chineses e japoneses. Entretanto, questionamos se os fatores epidemiológicos, clínicos e laboratoriais no Brasil, sobretudo na Bahia, são os mesmos descritos pela literatura mundial; se existem associações entre eles e a doença; se temos em nossa população fatores preditores de resposta ao tratamento imunossupressor diferentes da literatura. Materiais/Métodos: Retrospectivamente, analisamos mais de 215 pacientes em relação aos seus dados clínico-epidemiológicos, e 100 pacientes em relação as respostas ao tratamento submetido, no período de 2000 ate 2013, no Hupes/Universidade Federal da Bahia referenciados pela HEMOBA e rede estadual de saúde. Resultados: A idade média dos pacientes foi de 23 anos, com 80% dos casos diagnosticados abaixo dos 45 anos, e composta por homens em 56% das vezes. 30% dos pacientes eram de Salvador, capital. A maioria dos casos 70%,eram idiopáticos, Dois terços dos casos eram de formas severas. Não houve nenhum padrão de distribuição geo-espacial dos casos de AA no estado da Bahia. Em relação ao HLA, o HLADR15 foi o mais associado a doença como fator de risco, sendo presente em 42% dos casos (24%controle-OR2,2).O HLAB15 foi o mais importante fator protetor da doença(6% versus 24% controle-OR 0,2). Houve maior significância destes achados na faixa etária de 15-35 anos. Descrevemos pela primeira vez na literatura o sinergismo entre estes HLAs, demonstrando que o B15 perde parte de seu efeito protetor na presença de DR15+, e o B15+ se torna ainda mais protetor quando em presença de DR15-. O tratamento mais utilizado (70%) em nosso serviço foi baseado em ciclosporina, sendo na grande maioria dos casos, em monoterapia. Foi realizado Transplante Alogênico de Medula Óssea em 24% dos casos. As curvas de sobrevida global aos 24 e aos 60 meses, comparando tratamento com TMO ou com CSA não mostrou diferença significativa. A taxa de SG aos 24 meses foi ao redor de 80% e de 70% aos 5 anos (60 meses) para ambos os grupos. Achados semelhantes as curvas da literatura internacional, mesmo com o uso de CSA em associação com ATG. Houve diferença muito significativa entre casos de AA muito severa (40% de sobrevida global) versus não severo/severo (90%) na análise de Sobrevida Global aos 24 meses. Sexo (masculino/feminino), presença de HLADR15(positivo ou negativo), proveniência (capital ou interior) e causa da AA (idiopática ou secundaria) não mostraram interferir na resposta de sobrevida global. Conclusão: Nesta ampla análise, descrevemos pela primeira vez na região nordeste do Pais, importantes dados clinico epidemiológicos ligados a anemia aplásica. Novas perspectivas com relação ao HLA e a doença foram descritas. A monoterapia baseada com ciclosporina é uma excelente e disponível terapia em países em desenvolvimento.
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Destaca-se como fator associados a doença a presença de alguns antígenos HLA, polimorfismo de alguns genes, presença de clone HPN, encurtamento dos telômeros medulares, etc. Fatal se não tratada, hoje a doença possui prognóstico muito bom quando tratado precoce e adequadamente com imunossupressores ou transplante alogênico de medula óssea. Dada a gravidade e raridade da doença, estudos clínicos em países em desenvolvimento são muito poucos. Sua incidência varia de, ao redor de 1 a 4 casos /milhão hab/ano na Europa e américa do norte, até 5-9 casos/milhão/ano na Ásia, motivo pelo qual a maioria dos estudos são chineses e japoneses. Entretanto, questionamos se os fatores epidemiológicos, clínicos e laboratoriais no Brasil, sobretudo na Bahia, são os mesmos descritos pela literatura mundial; se existem associações entre eles e a doença; se temos em nossa população fatores preditores de resposta ao tratamento imunossupressor diferentes da literatura. Materiais/Métodos: Retrospectivamente, analisamos mais de 215 pacientes em relação aos seus dados clínico-epidemiológicos, e 100 pacientes em relação as respostas ao tratamento submetido, no período de 2000 ate 2013, no Hupes/Universidade Federal da Bahia referenciados pela HEMOBA e rede estadual de saúde. Resultados: A idade média dos pacientes foi de 23 anos, com 80% dos casos diagnosticados abaixo dos 45 anos, e composta por homens em 56% das vezes. 30% dos pacientes eram de Salvador, capital. A maioria dos casos 70%,eram idiopáticos, Dois terços dos casos eram de formas severas. Não houve nenhum padrão de distribuição geo-espacial dos casos de AA no estado da Bahia. Em relação ao HLA, o HLADR15 foi o mais associado a doença como fator de risco, sendo presente em 42% dos casos (24%controle-OR2,2).O HLAB15 foi o mais importante fator protetor da doença(6% versus 24% controle-OR 0,2). Houve maior significância destes achados na faixa etária de 15-35 anos. 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