Mão diabética: avaliação da prática semiológica sistemática na Atenção Primária à Saúde

• Autor(a) principal: Macedo, Gelvison Gomes
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
• Texto Completo: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36173
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA; Diabetes mellitus; Mão diabética; Quiroartropatia diabética; Atenção Primária à Saúde; Diabetes mellitus; Diabetic hand; Diabetic chiroarthropathy; Primary Health Care

Fundamentação Teórica. A Mão diabética é o termo utilizado para referir-se ao conjunto de manifestações e doenças mais frequentes vistas nas mãos dos diabéticos. Estudos têm mostrado que essas desordens tem atingindo até 50% dos indivíduos diabéticos, provocando perda ou diminuição da autonomia e impacto negativo na qualidade de vida. Neste cenário a Atenção Primária à Saúde deveria ser vista como fundamental para a detecção precoce dessas alterações bem como previni-las, por ser onde ocorre a maior parte dos acompanhamentos e monitoramento das pessoas diabéticas. Objetivo. Avaliar o conhecimento e a prática semiológica da mão diabética na Atenção Primária à Saúde. Métodos. Trata-se de um estudo transversal, realizado em unidades de Atenção Primária à Saúde da cidade de Salvador-Ba. Fizeram parte dessa pesquisa 40 profissionais de entre médicos, internos do curso de medicina, fisioterapeutas e enfermeiros. Na coleta dos dados utilizamos um questionário semi estruturado auto-aplicável e não identificável, que foi respondido pelos participantes após a devida aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa e após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados. 50% da amostra foram de médicos, 25% enfermeiros, 5% fisioterapeutas e 20% estudantes internos de medicina. Do grupo geral, 70% desconhecem o termo mão diabética, 57,5% relataram conhecer doenças em mãos associadas ao diabetes, e 57,5% afirmaram que já presenciaram alterações e doenças nas mãos de pacientes diabéticos, sendo as cinco mais frequentes: perda de sensibilidade em 18 (45%) ocorrências, feridas em 9 (22,5%) relatos, limitação de movimentos em 7 (17,5%), dedo em gatilho mencionado em 7 (17,5%) vezes e rigidez também em 7 (17,5%). 17,5% (7) relataram examinar as mãos dos diabéticos sempre, 22,5% (9) quase sempre, 42,5% (17) raramente e 17,5% (7) nunca. 5% (2) afirmaram orientar sempre os pacientes a ter cuidados com as mãos, 22,5% (9) quase sempre, 32,5% (13) raramente e 40% (16) nunca orientaram. Discussão. O estudo mostrou que a mão diabética não tem recebido a atenção necessária no nível de atenção à saúde. O desconhecimento e a subestimação dessas complicações podem contribuir para que muitos casos passem despercebidos agravando e comprometendo a qualidade de vida dos acometidos.Conclusões. A existência da mão diabética é inquestionável, seus comprometimentos trazem impactos negativos ao paciente tanto quanto o pé e, portanto, o exame das mãos precisa ser adotado como pratica de rotina, focando a detecção e intervenção precoce, e a prevenção.