Modelagem Metalogenética das Mineralizações de Pb-Zn Hospedadas em Carbonatos Neoproterozóicos de Irecê (BA), Serra do Ramalho (BA) e Montalvânia (MG)
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/22036 |
Resumo: | O Cráton do São Francisco abriga diversos pequenos depósitos de chumbo e zinco, associados aos Grupos Una e Bambuí, pertencentes ao Supergrupo homônimo. Posicionados neste contexto encontram-se os depósitos de Irecê (BA), Serra do Ramalho (BA) e Montalvânia (MG), todos encaixados em sedimentos carbonáticos neoproterozóicos. Diversas características, são comuns a esses depósitos. As rochas hospedeiras das mineralizações são dolarenitos, normalmente silicificados, posicionadas numa seqüência regressiva em fácies evaporíticas de águas rasas, caracterizando a presença de um controle litológico do minério. O minério sulfetado é constituído predominantemente por galena, esfalerita e pirita, com quantidades variáveis entre os depósitos, ocorrendo principalmente de forma disseminada, em bolsões e veios, cujos minerais de ganga são essencialmente dolomita, calcita, quartzo e barita, caracterizados como tipo stratabound, tardi-diagenética a epigenética, e também sin-sedimentar em Irecê. O controle estrutural, decorrente da reativação de antigas falhas e fraturas NW-SE do embasamento durante e após a sedimentação da bacia (evento Brasiliano/Panafricano) foi responsável pela circulação dos fluidos hidrotermais através de um extenso sistema hidrodinâmico em diferentes tempos durante o soterramento das unidades permeáveis, gerando dolomitização, silicificação, dissolução/colapso e mineralização nas rochas encaixantes. Todas as áreas estudadas apresentam temperaturas moderadas e mesma composição dos fluidos (sistema NaClCaCl2-H2O) com salinidades baixas a moderadas, indicando que os fluidos mineralizantes possuiam capacidades similares de lixiviação e transporte dos metais, sendo portanto a fonte dos metais e a tectônica da bacia os fatores diferenciais na formação do minério em cada depósito. As assinaturas isotópicas de chumbo determinadas em cada área são muito distintas, porém homogêneas, indicando uma consistência com a origem em uma única fonte para cada depósito ou com múltiplas fontes bem homogeneizadas, com exceção de Irecê (IL) que possui baixa homogeneidade, associada provavelmente a uma mistura de fontes. O elevado caráter radiogênico das razões isotópicas de Pb nos depósitos estudados fornecem idades futuras para as mineralizações e idades Arqueana/Paleoproterozóica para fonte em Serra do Ramalho e Irecê respectivamente, obtidas através de isócronas secundárias. Em Montalvânia, apesar de detectados valores menos radiogênicos do chumbo não foi possível a obtenção de espalhamento suficiente para gerar uma isócrona, o que pode refletir (i) uma fonte em rochas do embasamento menos radiogênica, inclusive com contribuição de chumbo ligado mais fortemente à estrutura do mineral hospedeiro, lixiviado devido a um maior tempo de interação fluido-rocha, ou (ii) uma mistura com chumbo menos radiogênico proveniente de sedimentos sobrejacentes às rochas do embasamento. A distribuição geográfica das razões isotópicas de Pb obtidas nas áreas estudadas dentro das Bacias São Francisco (MontalvâniaÎSerra do Ramalho / MZÎCAÎLBX) e Irecê (MGÎIL), mostra uma tendência de enriquecimento radiogênico no sentido de sul para norte. Essa distribuição corrobora a indicação de diferentes rochasfonte ou mistura de fontes, assim como a presença de rochas-fonte mais antigas ao sul das bacias. Entretanto, a linearidade das razões de 206/207Pb sugere uma mistura de fontes para os depósitos estudados. Quando se correlacionam as assinaturas isotópicas de enxofre, com as razões isotópicas de Pb obtidas nas galenas de cada depósito estudado, nota-se uma relação inversa, caracterizada por duas tendências em que: (1) razões isotópicas de chumbo geralmente mais altas são mais variáveis que as de enxofre, que possuem assinaturas mais pesadas, e (2) razões isotópicas de chumbo menos radiogênicas possuem um menor espalhamento e relaciona-se com razões isotópicas de enxofre mais leves e relativamente mais dispersas. Esses trends exibem ainda uma diferença entre os valores máximos e mínimos das razões isotópicas de enxofre iguais e da ordem de 13‰ CDT, sugerindo uma relação comum entre suas fontes e entre as condições químicas de formação dos sulfetos. Além disso, o trend que possui menor variação de Pb que enxofre vincula-se a depósitos com valores modais de salinidades e temperaturas mais elevados, os quais possuem condição mais efetiva para lixiviação e transporte de metais, inclusive em minerais com razões mais baixas de Pb. A relação inversa entre S e Pb nos diferentes depósitos sugere que uma pequena parte do enxofre foi transportada junto com os metais, e a influência de um evento mineralizador de grande escala regulado pelo efeito da tectônica global atuante nas bacias, guardando as particularidades inerentes a cada ambiente de deposição. As assinaturas isotópicas de enxofre de sulfetos e sulfatos em Serra do Ramalho-Montalvânia mostram-se homogêneas e altamente positivas indicando a água do mar em ambiente restrito como fonte do enxofre. As temperaturas moderadas encontradas indicam a redução termoquímica como processo de redução do sulfato. A determinação da causa do movimento dos fluidos mineralizantes, embora exija ainda mais estudos é sugerida nesse trabalho como sendo resultante possivelmente, do soterramento de rochas permeáveis afetadas por uma tectônica extensional em um período onde o grau geotérmico da Terra era mais elevado (~50°C/km), sendo capaz de propiciar a movimentação de um extensivo sistema hidrodinâmico, no qual a migração dos fluidos (aquecidos e salinizados) em larga escala foram fundamentais nos processos de dolomitização, silicificação, dissolução hidrotermal e mineralização. |
id |
UFBA-2_9da4bf3aebe0315f3b98a2705718b9f0 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufba.br:ri/22036 |
network_acronym_str |
UFBA-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFBA |
repository_id_str |
1932 |
spelling |
Gomes, Adriana Sanches RochaMisi, Aroldo2017-04-20T12:22:10Z2017-04-20T12:22:10Z2017-04-202005http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/22036O Cráton do São Francisco abriga diversos pequenos depósitos de chumbo e zinco, associados aos Grupos Una e Bambuí, pertencentes ao Supergrupo homônimo. Posicionados neste contexto encontram-se os depósitos de Irecê (BA), Serra do Ramalho (BA) e Montalvânia (MG), todos encaixados em sedimentos carbonáticos neoproterozóicos. Diversas características, são comuns a esses depósitos. As rochas hospedeiras das mineralizações são dolarenitos, normalmente silicificados, posicionadas numa seqüência regressiva em fácies evaporíticas de águas rasas, caracterizando a presença de um controle litológico do minério. O minério sulfetado é constituído predominantemente por galena, esfalerita e pirita, com quantidades variáveis entre os depósitos, ocorrendo principalmente de forma disseminada, em bolsões e veios, cujos minerais de ganga são essencialmente dolomita, calcita, quartzo e barita, caracterizados como tipo stratabound, tardi-diagenética a epigenética, e também sin-sedimentar em Irecê. O controle estrutural, decorrente da reativação de antigas falhas e fraturas NW-SE do embasamento durante e após a sedimentação da bacia (evento Brasiliano/Panafricano) foi responsável pela circulação dos fluidos hidrotermais através de um extenso sistema hidrodinâmico em diferentes tempos durante o soterramento das unidades permeáveis, gerando dolomitização, silicificação, dissolução/colapso e mineralização nas rochas encaixantes. Todas as áreas estudadas apresentam temperaturas moderadas e mesma composição dos fluidos (sistema NaClCaCl2-H2O) com salinidades baixas a moderadas, indicando que os fluidos mineralizantes possuiam capacidades similares de lixiviação e transporte dos metais, sendo portanto a fonte dos metais e a tectônica da bacia os fatores diferenciais na formação do minério em cada depósito. As assinaturas isotópicas de chumbo determinadas em cada área são muito distintas, porém homogêneas, indicando uma consistência com a origem em uma única fonte para cada depósito ou com múltiplas fontes bem homogeneizadas, com exceção de Irecê (IL) que possui baixa homogeneidade, associada provavelmente a uma mistura de fontes. O elevado caráter radiogênico das razões isotópicas de Pb nos depósitos estudados fornecem idades futuras para as mineralizações e idades Arqueana/Paleoproterozóica para fonte em Serra do Ramalho e Irecê respectivamente, obtidas através de isócronas secundárias. Em Montalvânia, apesar de detectados valores menos radiogênicos do chumbo não foi possível a obtenção de espalhamento suficiente para gerar uma isócrona, o que pode refletir (i) uma fonte em rochas do embasamento menos radiogênica, inclusive com contribuição de chumbo ligado mais fortemente à estrutura do mineral hospedeiro, lixiviado devido a um maior tempo de interação fluido-rocha, ou (ii) uma mistura com chumbo menos radiogênico proveniente de sedimentos sobrejacentes às rochas do embasamento. A distribuição geográfica das razões isotópicas de Pb obtidas nas áreas estudadas dentro das Bacias São Francisco (MontalvâniaÎSerra do Ramalho / MZÎCAÎLBX) e Irecê (MGÎIL), mostra uma tendência de enriquecimento radiogênico no sentido de sul para norte. Essa distribuição corrobora a indicação de diferentes rochasfonte ou mistura de fontes, assim como a presença de rochas-fonte mais antigas ao sul das bacias. Entretanto, a linearidade das razões de 206/207Pb sugere uma mistura de fontes para os depósitos estudados. Quando se correlacionam as assinaturas isotópicas de enxofre, com as razões isotópicas de Pb obtidas nas galenas de cada depósito estudado, nota-se uma relação inversa, caracterizada por duas tendências em que: (1) razões isotópicas de chumbo geralmente mais altas são mais variáveis que as de enxofre, que possuem assinaturas mais pesadas, e (2) razões isotópicas de chumbo menos radiogênicas possuem um menor espalhamento e relaciona-se com razões isotópicas de enxofre mais leves e relativamente mais dispersas. Esses trends exibem ainda uma diferença entre os valores máximos e mínimos das razões isotópicas de enxofre iguais e da ordem de 13‰ CDT, sugerindo uma relação comum entre suas fontes e entre as condições químicas de formação dos sulfetos. Além disso, o trend que possui menor variação de Pb que enxofre vincula-se a depósitos com valores modais de salinidades e temperaturas mais elevados, os quais possuem condição mais efetiva para lixiviação e transporte de metais, inclusive em minerais com razões mais baixas de Pb. A relação inversa entre S e Pb nos diferentes depósitos sugere que uma pequena parte do enxofre foi transportada junto com os metais, e a influência de um evento mineralizador de grande escala regulado pelo efeito da tectônica global atuante nas bacias, guardando as particularidades inerentes a cada ambiente de deposição. As assinaturas isotópicas de enxofre de sulfetos e sulfatos em Serra do Ramalho-Montalvânia mostram-se homogêneas e altamente positivas indicando a água do mar em ambiente restrito como fonte do enxofre. As temperaturas moderadas encontradas indicam a redução termoquímica como processo de redução do sulfato. A determinação da causa do movimento dos fluidos mineralizantes, embora exija ainda mais estudos é sugerida nesse trabalho como sendo resultante possivelmente, do soterramento de rochas permeáveis afetadas por uma tectônica extensional em um período onde o grau geotérmico da Terra era mais elevado (~50°C/km), sendo capaz de propiciar a movimentação de um extensivo sistema hidrodinâmico, no qual a migração dos fluidos (aquecidos e salinizados) em larga escala foram fundamentais nos processos de dolomitização, silicificação, dissolução hidrotermal e mineralização.ABSTRACT The São Francisco Craton contains many small zinc and lead deposits, related to Una and Bambuí Groups belonging to the Bambuí Supergroup. In this context occur the neoproterozoic carbonate-hosted Irecê (BA), Serra do Ramalho (BA) and Montalvânia (MG) deposits, which share many characteristics. The host rocks are silicified dolarenite, placed in a shallow marine regressive sequence in the evaporitic facies, typifying a lithologic control of the ore. The sulfide mineralization is predominantly formed by galena, sphalerite and pyrite, with variable amounts among the deposits. They occur mainly in disseminated and veins form, within gangue minerals formed by dolomite, calcite, quartz and barite, characterized as stratabound late-diagenetic to epigenetic type. In Irecê, they are synsedimentary. The structural control is due to reactivated basement NW-SE ancient faults and fractures, during and after basin sedimentation (Pan African-Brasiliano Tectonic Cycle). It is responsible for circulation of hydrothermal fluids through a huge hydrodynamic system in different times during the burial of the permeable units, developing the dolomitization, silicification, dissolution/collapse and mineralization processes of the host rocks. In all the studied areas, moderate temperatures and similar fluid compositions (NaCl-CaCl2-H2O system) with low to moderate salinities were recorded, suggesting that the mineralized fluids of each studied area show similar potential of leaching and transportation of metals reflecting the metal source and the basin tectonics as differential factors in ore formation for each deposit. The lead isotopic data collected are very different in individual studied area, but in general they are homogeneous, suggesting a single source for individual deposit or multiple homogeneous sources, except Irecê (IL), which has low homogeneity, possibly associated with a source mixture. The high radiogenic character of the Pb isotopic ratios in the studies deposits provide future ages for the mineralization and Archean/Paleoproterozoic age for source in Serra do Ramalho and Irecê deposits, obtained by secondary isochrons. The lower Pb radiogenic values in Montalvânia were not sufficient to obtain dispersion for producing isochrons. This can be caused by (i) less radiogenic basement rocks with lead contribution from the mineral host structure, leached due to the long time of fluid-rock interaction, or (ii) mixture with less radiogenic lead derived from the overlaying sediments. The geographic distribution of Pb isotopic ratios obtained in the studied areas within São Francisco Basin (Montalvânia Î Serra do Ramalho / Zezinho Mine Î Campo Alegre Î Lajeado de Baixo) and Irecê ( MG Î IL) display a enrichment of light isotopes (32S) from south to north characterizing a trend. This distribution agrees with the different source-rocks or source-mixture, as well as old source-rock situated at the south of the basins. However, the linearity of the 206/207Pb ratios suggests a source of mixture from the studied deposits. When one correlates the sulfur isotopic signatures, with the Pb isotopic ratios obtained in galenas of individual deposits it is observed an inverse relationship, characterized by two trends: (1) lead isotopic ratios, general higher and more variable than the sulfur isotopic ratios, which have heavier signatures (2) lead isotopic ratios less radiogenic show a minor spreading and are related with sulfur isotopic ratios lighter and relatively more dispersed. These trends also display a coincident difference between the maximum and minimum of sulfur values in the order of 13‰ CDT, suggesting a common relationship among their sources and the chemical conditions of sulfide formation. Moreover, the trend that shows less lead variation than sulfur is related to deposits with high salinities and temperatures, which would have elevated capability to leach and transport, including minerals with lower Pb ratios. The inverse relationship between S and Pb in the different deposits suggests that a small part of the sulfur was transported together with metals, and the influence for the mineralization event of large scale controlled by global tectonic effect in the basins, preserving the particularities of each deposition environment. The sulfur isotopic signatures of sulfides and sulfates in Serra do Ramalho-Montalvânia areas are homogeneous and highly positive indicating sea water in restricted environments for sulfur source. The moderate temperatures suggest a thermochemical reduction as the formation process of sulfate. The driving-force of the hydrothermal fluids involved in mineralization has been yet subject of considerable debate. However, the collect data of this study suggests that the burial of permeable sequences affected by extensional tectonic during a period of higher geothermal gradient (~50°C/km), was able to put in movement a large hydrodynamic system, where a warm and saline fluid migration in a huge scale were very important in the dolomitization, silicification, hydrothermal dissolution and mineralization processes.Submitted by Everaldo Pereira (pereira.evera@gmail.com) on 2017-04-20T12:22:10Z No. of bitstreams: 1 Adriana_Gomes.pdf: 7159313 bytes, checksum: 1dd9c1bfa97bc7eb1dc75461fcbcc6b0 (MD5)Made available in DSpace on 2017-04-20T12:22:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Adriana_Gomes.pdf: 7159313 bytes, checksum: 1dd9c1bfa97bc7eb1dc75461fcbcc6b0 (MD5)Petrologia, Metalogênese e Exploração MineralModelagem MetalogenéticaMineralizações de Pb-ZnModelagem Metalogenética das Mineralizações de Pb-Zn Hospedadas em Carbonatos Neoproterozóicos de Irecê (BA), Serra do Ramalho (BA) e Montalvânia (MG)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisInstituto de GeociênciasGeologiaPGGEOLOGIABrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAORIGINALAdriana_Gomes.pdfAdriana_Gomes.pdfapplication/pdf7159313https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/22036/1/Adriana_Gomes.pdf1dd9c1bfa97bc7eb1dc75461fcbcc6b0MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1383https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/22036/2/license.txt05eca2f01d0b3307819d0369dab18a34MD52TEXTAdriana_Gomes.pdf.txtAdriana_Gomes.pdf.txtExtracted texttext/plain456152https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/22036/3/Adriana_Gomes.pdf.txtba51a7d893a2e7993be9f0032e05bacfMD53ri/220362022-02-21 00:35:47.912oai:repositorio.ufba.br:ri/22036VGVybW8gZGUgTGljZW7Dp2EsIG7Do28gZXhjbHVzaXZvLCBwYXJhIG8gZGVww7NzaXRvIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGQkEuCgogUGVsbyBwcm9jZXNzbyBkZSBzdWJtaXNzw6NvIGRlIGRvY3VtZW50b3MsIG8gYXV0b3Igb3Ugc2V1IHJlcHJlc2VudGFudGUgbGVnYWwsIGFvIGFjZWl0YXIgCmVzc2UgdGVybW8gZGUgbGljZW7Dp2EsIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGEgQmFoaWEgCm8gZGlyZWl0byBkZSBtYW50ZXIgdW1hIGPDs3BpYSBlbSBzZXUgcmVwb3NpdMOzcmlvIGNvbSBhIGZpbmFsaWRhZGUsIHByaW1laXJhLCBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLiAKRXNzZXMgdGVybW9zLCBuw6NvIGV4Y2x1c2l2b3MsIG1hbnTDqm0gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IvY29weXJpZ2h0LCBtYXMgZW50ZW5kZSBvIGRvY3VtZW50byAKY29tbyBwYXJ0ZSBkbyBhY2Vydm8gaW50ZWxlY3R1YWwgZGVzc2EgVW5pdmVyc2lkYWRlLgoKIFBhcmEgb3MgZG9jdW1lbnRvcyBwdWJsaWNhZG9zIGNvbSByZXBhc3NlIGRlIGRpcmVpdG9zIGRlIGRpc3RyaWJ1acOnw6NvLCBlc3NlIHRlcm1vIGRlIGxpY2Vuw6dhIAplbnRlbmRlIHF1ZToKCiBNYW50ZW5kbyBvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgcmVwYXNzYWRvcyBhIHRlcmNlaXJvcywgZW0gY2FzbyBkZSBwdWJsaWNhw6fDtWVzLCBvIHJlcG9zaXTDs3Jpbwpwb2RlIHJlc3RyaW5naXIgbyBhY2Vzc28gYW8gdGV4dG8gaW50ZWdyYWwsIG1hcyBsaWJlcmEgYXMgaW5mb3JtYcOnw7VlcyBzb2JyZSBvIGRvY3VtZW50bwooTWV0YWRhZG9zIGVzY3JpdGl2b3MpLgoKIERlc3RhIGZvcm1hLCBhdGVuZGVuZG8gYW9zIGFuc2Vpb3MgZGVzc2EgdW5pdmVyc2lkYWRlIGVtIG1hbnRlciBzdWEgcHJvZHXDp8OjbyBjaWVudMOtZmljYSBjb20gCmFzIHJlc3RyacOnw7VlcyBpbXBvc3RhcyBwZWxvcyBlZGl0b3JlcyBkZSBwZXJpw7NkaWNvcy4KCiBQYXJhIGFzIHB1YmxpY2HDp8O1ZXMgc2VtIGluaWNpYXRpdmFzIHF1ZSBzZWd1ZW0gYSBwb2zDrXRpY2EgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0bywgb3MgZGVww7NzaXRvcyAKY29tcHVsc8OzcmlvcyBuZXNzZSByZXBvc2l0w7NyaW8gbWFudMOqbSBvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgbWFzIG1hbnTDqm0gYWNlc3NvIGlycmVzdHJpdG8gCmFvIG1ldGFkYWRvcyBlIHRleHRvIGNvbXBsZXRvLiBBc3NpbSwgYSBhY2VpdGHDp8OjbyBkZXNzZSB0ZXJtbyBuw6NvIG5lY2Vzc2l0YSBkZSBjb25zZW50aW1lbnRvCiBwb3IgcGFydGUgZGUgYXV0b3Jlcy9kZXRlbnRvcmVzIGRvcyBkaXJlaXRvcywgcG9yIGVzdGFyZW0gZW0gaW5pY2lhdGl2YXMgZGUgYWNlc3NvIGFiZXJ0by4KRepositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-02-21T03:35:47Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Modelagem Metalogenética das Mineralizações de Pb-Zn Hospedadas em Carbonatos Neoproterozóicos de Irecê (BA), Serra do Ramalho (BA) e Montalvânia (MG) |
title |
Modelagem Metalogenética das Mineralizações de Pb-Zn Hospedadas em Carbonatos Neoproterozóicos de Irecê (BA), Serra do Ramalho (BA) e Montalvânia (MG) |
spellingShingle |
Modelagem Metalogenética das Mineralizações de Pb-Zn Hospedadas em Carbonatos Neoproterozóicos de Irecê (BA), Serra do Ramalho (BA) e Montalvânia (MG) Gomes, Adriana Sanches Rocha Petrologia, Metalogênese e Exploração Mineral Modelagem Metalogenética Mineralizações de Pb-Zn |
title_short |
Modelagem Metalogenética das Mineralizações de Pb-Zn Hospedadas em Carbonatos Neoproterozóicos de Irecê (BA), Serra do Ramalho (BA) e Montalvânia (MG) |
title_full |
Modelagem Metalogenética das Mineralizações de Pb-Zn Hospedadas em Carbonatos Neoproterozóicos de Irecê (BA), Serra do Ramalho (BA) e Montalvânia (MG) |
title_fullStr |
Modelagem Metalogenética das Mineralizações de Pb-Zn Hospedadas em Carbonatos Neoproterozóicos de Irecê (BA), Serra do Ramalho (BA) e Montalvânia (MG) |
title_full_unstemmed |
Modelagem Metalogenética das Mineralizações de Pb-Zn Hospedadas em Carbonatos Neoproterozóicos de Irecê (BA), Serra do Ramalho (BA) e Montalvânia (MG) |
title_sort |
Modelagem Metalogenética das Mineralizações de Pb-Zn Hospedadas em Carbonatos Neoproterozóicos de Irecê (BA), Serra do Ramalho (BA) e Montalvânia (MG) |
author |
Gomes, Adriana Sanches Rocha |
author_facet |
Gomes, Adriana Sanches Rocha |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Gomes, Adriana Sanches Rocha |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Misi, Aroldo |
contributor_str_mv |
Misi, Aroldo |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
Petrologia, Metalogênese e Exploração Mineral |
topic |
Petrologia, Metalogênese e Exploração Mineral Modelagem Metalogenética Mineralizações de Pb-Zn |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Modelagem Metalogenética Mineralizações de Pb-Zn |
description |
O Cráton do São Francisco abriga diversos pequenos depósitos de chumbo e zinco, associados aos Grupos Una e Bambuí, pertencentes ao Supergrupo homônimo. Posicionados neste contexto encontram-se os depósitos de Irecê (BA), Serra do Ramalho (BA) e Montalvânia (MG), todos encaixados em sedimentos carbonáticos neoproterozóicos. Diversas características, são comuns a esses depósitos. As rochas hospedeiras das mineralizações são dolarenitos, normalmente silicificados, posicionadas numa seqüência regressiva em fácies evaporíticas de águas rasas, caracterizando a presença de um controle litológico do minério. O minério sulfetado é constituído predominantemente por galena, esfalerita e pirita, com quantidades variáveis entre os depósitos, ocorrendo principalmente de forma disseminada, em bolsões e veios, cujos minerais de ganga são essencialmente dolomita, calcita, quartzo e barita, caracterizados como tipo stratabound, tardi-diagenética a epigenética, e também sin-sedimentar em Irecê. O controle estrutural, decorrente da reativação de antigas falhas e fraturas NW-SE do embasamento durante e após a sedimentação da bacia (evento Brasiliano/Panafricano) foi responsável pela circulação dos fluidos hidrotermais através de um extenso sistema hidrodinâmico em diferentes tempos durante o soterramento das unidades permeáveis, gerando dolomitização, silicificação, dissolução/colapso e mineralização nas rochas encaixantes. Todas as áreas estudadas apresentam temperaturas moderadas e mesma composição dos fluidos (sistema NaClCaCl2-H2O) com salinidades baixas a moderadas, indicando que os fluidos mineralizantes possuiam capacidades similares de lixiviação e transporte dos metais, sendo portanto a fonte dos metais e a tectônica da bacia os fatores diferenciais na formação do minério em cada depósito. As assinaturas isotópicas de chumbo determinadas em cada área são muito distintas, porém homogêneas, indicando uma consistência com a origem em uma única fonte para cada depósito ou com múltiplas fontes bem homogeneizadas, com exceção de Irecê (IL) que possui baixa homogeneidade, associada provavelmente a uma mistura de fontes. O elevado caráter radiogênico das razões isotópicas de Pb nos depósitos estudados fornecem idades futuras para as mineralizações e idades Arqueana/Paleoproterozóica para fonte em Serra do Ramalho e Irecê respectivamente, obtidas através de isócronas secundárias. Em Montalvânia, apesar de detectados valores menos radiogênicos do chumbo não foi possível a obtenção de espalhamento suficiente para gerar uma isócrona, o que pode refletir (i) uma fonte em rochas do embasamento menos radiogênica, inclusive com contribuição de chumbo ligado mais fortemente à estrutura do mineral hospedeiro, lixiviado devido a um maior tempo de interação fluido-rocha, ou (ii) uma mistura com chumbo menos radiogênico proveniente de sedimentos sobrejacentes às rochas do embasamento. A distribuição geográfica das razões isotópicas de Pb obtidas nas áreas estudadas dentro das Bacias São Francisco (MontalvâniaÎSerra do Ramalho / MZÎCAÎLBX) e Irecê (MGÎIL), mostra uma tendência de enriquecimento radiogênico no sentido de sul para norte. Essa distribuição corrobora a indicação de diferentes rochasfonte ou mistura de fontes, assim como a presença de rochas-fonte mais antigas ao sul das bacias. Entretanto, a linearidade das razões de 206/207Pb sugere uma mistura de fontes para os depósitos estudados. Quando se correlacionam as assinaturas isotópicas de enxofre, com as razões isotópicas de Pb obtidas nas galenas de cada depósito estudado, nota-se uma relação inversa, caracterizada por duas tendências em que: (1) razões isotópicas de chumbo geralmente mais altas são mais variáveis que as de enxofre, que possuem assinaturas mais pesadas, e (2) razões isotópicas de chumbo menos radiogênicas possuem um menor espalhamento e relaciona-se com razões isotópicas de enxofre mais leves e relativamente mais dispersas. Esses trends exibem ainda uma diferença entre os valores máximos e mínimos das razões isotópicas de enxofre iguais e da ordem de 13‰ CDT, sugerindo uma relação comum entre suas fontes e entre as condições químicas de formação dos sulfetos. Além disso, o trend que possui menor variação de Pb que enxofre vincula-se a depósitos com valores modais de salinidades e temperaturas mais elevados, os quais possuem condição mais efetiva para lixiviação e transporte de metais, inclusive em minerais com razões mais baixas de Pb. A relação inversa entre S e Pb nos diferentes depósitos sugere que uma pequena parte do enxofre foi transportada junto com os metais, e a influência de um evento mineralizador de grande escala regulado pelo efeito da tectônica global atuante nas bacias, guardando as particularidades inerentes a cada ambiente de deposição. As assinaturas isotópicas de enxofre de sulfetos e sulfatos em Serra do Ramalho-Montalvânia mostram-se homogêneas e altamente positivas indicando a água do mar em ambiente restrito como fonte do enxofre. As temperaturas moderadas encontradas indicam a redução termoquímica como processo de redução do sulfato. A determinação da causa do movimento dos fluidos mineralizantes, embora exija ainda mais estudos é sugerida nesse trabalho como sendo resultante possivelmente, do soterramento de rochas permeáveis afetadas por uma tectônica extensional em um período onde o grau geotérmico da Terra era mais elevado (~50°C/km), sendo capaz de propiciar a movimentação de um extensivo sistema hidrodinâmico, no qual a migração dos fluidos (aquecidos e salinizados) em larga escala foram fundamentais nos processos de dolomitização, silicificação, dissolução hidrotermal e mineralização. |
publishDate |
2005 |
dc.date.submitted.none.fl_str_mv |
2005 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2017-04-20T12:22:10Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2017-04-20T12:22:10Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2017-04-20 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/22036 |
url |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/22036 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Instituto de Geociências |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Geologia |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
PGGEOLOGIA |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Instituto de Geociências |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFBA instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA) instacron:UFBA |
instname_str |
Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
instacron_str |
UFBA |
institution |
UFBA |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFBA |
collection |
Repositório Institucional da UFBA |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/22036/1/Adriana_Gomes.pdf https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/22036/2/license.txt https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/22036/3/Adriana_Gomes.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
1dd9c1bfa97bc7eb1dc75461fcbcc6b0 05eca2f01d0b3307819d0369dab18a34 ba51a7d893a2e7993be9f0032e05bacf |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1808459535712518144 |