Concordância entre métodos de avaliação da postura do pé.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva Júnior, Grimaldo Ferreira da
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36660
Resumo: Introdução: O entendimento dos mecanismos de lesão relacionados à corrida tem sido alvo de inúmeros estudos. Fatores intrínsecos, como desequilíbrios musculares nos membros inferiores, morfologia da postura do pé e padrões inapropriados de movimentos, e extrínsecos, como volume, frequência e calçados, têm sido reportados como elementos que contribuem para o surgimento de lesão em corredores. As variações da postura neutra do pé, classificadas em pronada e supinada, alteram a mecânica dos membros inferiores e podem facilitar o surgimento de lesão em corredores. Levando isso em consideração, é essencial que o examinador clínico tenha noção dos diversos métodos de avaliação da postura do pé para que, à luz da evidência e da sua experiência, possa escolher o método que irá utilizar em sua prática clínica. Na outra ponta, está a influência dos paradigmas dos calçados de corrida. É controversa a prática de prescrição de tênis com intuito de prevenir lesões, seja no paradigma do controle ou não dos movimentos de pronação ou no paradigma dos tênis minimalistas, que, por serem mais leves e flexíveis que os tradicionais, permitiriam uma corrida mais natural e menos lesiva. Entretanto, poucos estudos dedicam atenção à demonstração dos instrumentos avaliativos da postura do pé que suportem a tomada de decisão clínica seja para ajuste do modelo biomecânico ou para orientação de calçados para a prática de corrida. Objetivo: Analisar o grau de concordância entre diferentes métodos de avaliação da postura do pé, assim como conduzir uma revisão sistemática da literatura sobre a relação entre tênis minimalistas e ocorrência de lesões em corredores. Métodos: Para analisar a concordância entre os métodos de definição da postura do pé, foi realizado um corte transversal em uma amostra com 26 participantes de ambos os sexos. Para esse fim, foi conduzida uma análise de correlação teste a teste entre o Índice de Postura do Pé de 6 itens (IPP-6), Baropodometria e videogrametria 2D, além da análise da confiabilidade intraexaminador (teste-reteste) do instrumento videogrametria 2D tanto para caminhada e corrida. Em relação à revisão sistemática, dois revisores independentes procuraram estudos que envolvessem a influência do salto dos calçados de corrida na ocorrência de lesão em diferentes bases de dados eletrônicas (Embase, Pubmed e Cochrane) e, para os estudos incluídos, foram analisados os riscos de viés através da escala PEDro. Para os resultados homogêneos, foi conduzida uma metanálise. Os resultados foram analisados em grupos pela diferença da média ponderada, e o intervalo d e confiança de 95% foram calculados. Resultados: A postura do pé neutra foi a mais frequente em todos os métodos. A média do desvio angular máximo da eversão do retropé foi de 9,06±4,12 graus na caminhada e 10,29±4,10 graus na corrida. A média da variação ou amplitude de movimento do retropé entre o valor máximo e mínimo na caminhada foi 6,24±2,53 graus e na corrida, 7,70±2,62 graus. O IPP-6 foi o método que apresentou menor concordância com os demais métodos. A baropodometria e a videogrametria 2D apresentaram moderada concordância. Não houve concordância do IPP-6 e da baropodometria com a videogrametria 2D para definição da postura do pé correndo a 10Km/h. A videogrametria 2D caminhando a 4km/h apresentou alta confiabilidade para variável “variação entre a máxima e mínima” e moderada confiabilidade da variável “eversão máxima”. Na corrida, a videogrametria 2D apresentou fraca confiabilidade na variável “eversão máxima” [ICC = 0,30 (-0,10-0,61), p<0,05] e moderada confiabilidade na variável “variação entre a máxima e mínima” [ICC = 0,51 (0,15-0,75), p<0,05]. Em relação à revisão sistemática com metanálise, o teste de efeito global (Z= 6.89, p<0,0001) revelou que o tênis minimalista aumentou significativamente a ocorrência de lesão (RR 2,59, 95% CI 1.93 – 3.27) quando comparado aos tênis tradicionais. A subanálise dos grupos parcialmente e totalmente minimalista indica que a lesão foi mais frequente no grupo parcialmente minimalista. Conclusão: A postura do pé mais frequente entre os métodos estudados foi a neutra. De maneira geral, os testes apresentaram fraca confiabilidade, sendo o IPP-6 o que apresentou menor confiabilidade. A baropodometria e a videogrametria 2D apresentaram maior grau de confiabilidade. A videogrametria 2D se mostrou confiável na definição da postura do pé caminhando, porém não confiável na corrida a 10Km/h, e o desfecho “variação entre a máxima e mínima” parece ser a opção de escolha para avaliar a postura do pé durante a caminhada. Por fim, a revisão sistemática apontou que o tênis minimalista tende a aumentar a ocorrência de lesão em corredores e que, por esse motivo, talvez seja prudente realizar uma etapa de adaptação às características do tênis minimalista. Palavras-chave: Tênis de corrida. Minimalista. Queda de sapato. Lesões relacionadas a corrida. Postura do pé. Arco do pé.
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É controversa a prática de prescrição de tênis com intuito de prevenir lesões, seja no paradigma do controle ou não dos movimentos de pronação ou no paradigma dos tênis minimalistas, que, por serem mais leves e flexíveis que os tradicionais, permitiriam uma corrida mais natural e menos lesiva. Entretanto, poucos estudos dedicam atenção à demonstração dos instrumentos avaliativos da postura do pé que suportem a tomada de decisão clínica seja para ajuste do modelo biomecânico ou para orientação de calçados para a prática de corrida. Objetivo: Analisar o grau de concordância entre diferentes métodos de avaliação da postura do pé, assim como conduzir uma revisão sistemática da literatura sobre a relação entre tênis minimalistas e ocorrência de lesões em corredores. Métodos: Para analisar a concordância entre os métodos de definição da postura do pé, foi realizado um corte transversal em uma amostra com 26 participantes de ambos os sexos. Para esse fim, foi conduzida uma análise de correlação teste a teste entre o Índice de Postura do Pé de 6 itens (IPP-6), Baropodometria e videogrametria 2D, além da análise da confiabilidade intraexaminador (teste-reteste) do instrumento videogrametria 2D tanto para caminhada e corrida. Em relação à revisão sistemática, dois revisores independentes procuraram estudos que envolvessem a influência do salto dos calçados de corrida na ocorrência de lesão em diferentes bases de dados eletrônicas (Embase, Pubmed e Cochrane) e, para os estudos incluídos, foram analisados os riscos de viés através da escala PEDro. Para os resultados homogêneos, foi conduzida uma metanálise. Os resultados foram analisados em grupos pela diferença da média ponderada, e o intervalo d e confiança de 95% foram calculados. Resultados: A postura do pé neutra foi a mais frequente em todos os métodos. A média do desvio angular máximo da eversão do retropé foi de 9,06±4,12 graus na caminhada e 10,29±4,10 graus na corrida. A média da variação ou amplitude de movimento do retropé entre o valor máximo e mínimo na caminhada foi 6,24±2,53 graus e na corrida, 7,70±2,62 graus. O IPP-6 foi o método que apresentou menor concordância com os demais métodos. A baropodometria e a videogrametria 2D apresentaram moderada concordância. Não houve concordância do IPP-6 e da baropodometria com a videogrametria 2D para definição da postura do pé correndo a 10Km/h. A videogrametria 2D caminhando a 4km/h apresentou alta confiabilidade para variável “variação entre a máxima e mínima” e moderada confiabilidade da variável “eversão máxima”. Na corrida, a videogrametria 2D apresentou fraca confiabilidade na variável “eversão máxima” [ICC = 0,30 (-0,10-0,61), p<0,05] e moderada confiabilidade na variável “variação entre a máxima e mínima” [ICC = 0,51 (0,15-0,75), p<0,05]. Em relação à revisão sistemática com metanálise, o teste de efeito global (Z= 6.89, p<0,0001) revelou que o tênis minimalista aumentou significativamente a ocorrência de lesão (RR 2,59, 95% CI 1.93 – 3.27) quando comparado aos tênis tradicionais. A subanálise dos grupos parcialmente e totalmente minimalista indica que a lesão foi mais frequente no grupo parcialmente minimalista. Conclusão: A postura do pé mais frequente entre os métodos estudados foi a neutra. De maneira geral, os testes apresentaram fraca confiabilidade, sendo o IPP-6 o que apresentou menor confiabilidade. A baropodometria e a videogrametria 2D apresentaram maior grau de confiabilidade. A videogrametria 2D se mostrou confiável na definição da postura do pé caminhando, porém não confiável na corrida a 10Km/h, e o desfecho “variação entre a máxima e mínima” parece ser a opção de escolha para avaliar a postura do pé durante a caminhada. Por fim, a revisão sistemática apontou que o tênis minimalista tende a aumentar a ocorrência de lesão em corredores e que, por esse motivo, talvez seja prudente realizar uma etapa de adaptação às características do tênis minimalista. Palavras-chave: Tênis de corrida. Minimalista. Queda de sapato. Lesões relacionadas a corrida. Postura do pé. Arco do pé.Introduction: The understanding of injury mechanisms related to running has been the subject of numerous studies. Intrinsic factors, such as muscle imbalances in the lower limbs, foot posture morphology and inappropriate movement patterns, and extrinsic factors, such as volume, frequency and footwear, have been reported as elements that contribute to the onset of injuries in runners. Variations of the neutral foot posture classified as pronated and supinated alter the mechanics of the lower limbs, which may facilitate the onset of injuries in runners. Taking this into account, it is essential that the clinical examiner is aware of the various methods of assessing foot posture so that, in light of the evidence and experience, he can choose the method that he will use in his clinical practice. At the other end, is the influence of running shoe paradigms. The practice of prescribing sneakers in order to prevent injuries is controversial, whether in the paradigm of controlling or not pronation movements or in the paradigm of minimalist sneakers that, because they are lighter and more flexible than traditional ones, would allow a more natural and less harmful run. However, few studies pay attention to the demonstration of foot posture evaluative instruments that support clinical decision-making, whether for adjusting the biomechanical model or for orienting shoes for running. Objective: To analyze the degree of agreement between different foot posture assessment methods, as well as conducting a systematic review of the literature on the relationship between minimalist sneakers and the occurrence of injuries in runners. Methods: To analyze the agreement between the methods for defining foot posture, a cross-section was carried out in a sample of 26 participants of both sexes. To this end, a test-by-test correlation analysis was conducted between the 6-item Foot Posture Index (PPI-6), Baropodometry and 2D videogrammetry, in addition to the intra-examiner reliability analysis (test-retest) of the 2D videogrammetry instrument for both walking and running. Regarding the systematic review, two independent reviewers looked for studies involving the influence of the heel of running shoes on the occurrence of injury in different electronic databases (Embase, Pubmed and Cochrane), and for the included studies, the risks of bias were analyzed through the PEDro scale. For homogeneous results, a meta-analysis was conducted. The results were analyzed in groups by the weighted mean difference, and the 95% confidence interval was calculated. Results: The neutral foot posture was the most frequent in all methods. The mean maximum angular deviation of rearfoot eversion was 9.06±4.12 degrees in walking and 10.29±4.10 degrees in running. The average variation or range of movement of the hindfoot between the maximum and minimum value in walking was 6.24±2.53 degrees and in running, 7.70±2.62 degrees. The IPP-6 was the method that showed the lowest agreement with the other methods. Baropodometry and 2D videogrammetry showed moderate agreement. There was no agreement between the IPP-6 and the baropodometry with the 2D videogrammetry to define the posture of the foot running at 10Km/h. 2D videogrammetry walking at 4km/h showed high reliability for the variable "variation between maximum and minimum" and moderate reliability for the variable "maximum eversion" [30 (-0.10-0.61), p<0.05] and moderate reliability in the variable "variation between maximum and minimum” [ICC = 0.51 (0.15-0.75), p<0 .05]. Regarding the systematic review with meta-analysis, the global effect test (Z= 6.89, p<0.0001) revealed that minimalist running shoes significantly increased the occurrence of injury (RR 2.59, 95% CI 1.93 – 3.27) when compared to traditional running shoes. The subanalysis of the partially and fully minimalist groups indicates that the injury was more frequent in the partially minimalist group. Conclusion: The most frequent foot posture among the studied methods was neutral. In general, the tests showed poor reliability, with the IPP-6 showing the lowest reliability. Baropodometry and 2D videogrammetry were more reliable. 2D videogrammetry proved to be reliable in defining foot posture while walking, but not reliable in running at 10 km/h, and the outcome "variation between maximum and minimum” seems to be the option of choice to assess foot posture during walking. The systematic review pointed out that minimalist shoes tend to increase the occurrence of injuries in runners and that, for this reason, it might be prudent to carry out an adaptation stage to the characteristics of minimalist shoes. Keywords: Running shoes. Minimalist. Shoe drop. Running related injuries. Foot posture. Foot arc.Submitted by Grimaldo Ferreira (profgrimaferreira@gmail.com) on 2023-02-27T11:22:55Z No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO PRONTA.pdf: 1931646 bytes, checksum: 6b94c0fb85678f2de6e824dfac4b5fe5 (MD5)Approved for entry into archive by Edvaldo Souza (edvaldosouza@ufba.br) on 2023-03-01T15:45:18Z (GMT) No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO PRONTA.pdf: 1931646 bytes, checksum: 6b94c0fb85678f2de6e824dfac4b5fe5 (MD5)Made available in DSpace on 2023-03-01T15:45:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO PRONTA.pdf: 1931646 bytes, checksum: 6b94c0fb85678f2de6e824dfac4b5fe5 (MD5) Previous issue date: 2022-12-07porUniversidade Federal da BahiaPrograma de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas (PPGORGSISTEM) UFBABrasilInstituto de Ciências da Saúde - ICSRunning shoesMinimalistShoe dropRunning related injuriesFoot postureFoot arcCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONALTênis de corridaMinimalistaLesões relacionadas a corridaPostura do péArco do péQueda de sapatoConcordância entre métodos de avaliação da postura do pé.Concordance between methods of assessing foot postureMestrado Acadêmicoinfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionConceição, Cristiano Sena daConceição, Cristiano Sena daGóes, Ana Lúcia BarbosaLucareli, Paulo Roberto GarciaMaciel, Roberto Rodrigues Bandeira TostaCV: http://lattes.cnpq.br/2275870078168478Silva Júnior, Grimaldo Ferreira dareponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAinfo:eu-repo/semantics/openAccessTEXTDISSERTAÇÃO PRONTA.pdf.txtDISSERTAÇÃO PRONTA.pdf.txtExtracted texttext/plain127652https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/36660/3/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20PRONTA.pdf.txt141cd963fd07b2028d5e0cbaab30a6e4MD53ORIGINALDISSERTAÇÃO PRONTA.pdfDISSERTAÇÃO PRONTA.pdfapplication/pdf1931646https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/36660/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20PRONTA.pdf6b94c0fb85678f2de6e824dfac4b5fe5MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1715https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/36660/2/license.txt67bf4f75790b0d8d38d8f112a48ad90bMD52ri/366602023-03-04 02:03:54.431oai:repositorio.ufba.br:ri/36660TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBvIGF1dG9yIG91IHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZS9vdSBlbGV0csO0bmljbyBlIGVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyAKZm9ybWF0b3Mgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKTyBhdXRvciBvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gZS9vdSBmb3JtYXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLCBwb2RlbmRvIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKTyBhdXRvciBvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIG9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIG91IG5vIGNvbnRlw7pkbyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBICBSRVNVTFRFIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSAgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08sIENPTU8gVEFNQsOJTSBBUyBERU1BSVMgT0JSSUdBw4fDlUVTIApFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l0w7NyaW8gc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyLCBjbGFyYW1lbnRlLCBvIHNldSBub21lIChzKSBvdSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBhbMOpbSBkYXF1ZWxhcyBjb25jZWRpZGFzIHBvciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322023-03-04T05:03:54Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false
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description Introdução: O entendimento dos mecanismos de lesão relacionados à corrida tem sido alvo de inúmeros estudos. Fatores intrínsecos, como desequilíbrios musculares nos membros inferiores, morfologia da postura do pé e padrões inapropriados de movimentos, e extrínsecos, como volume, frequência e calçados, têm sido reportados como elementos que contribuem para o surgimento de lesão em corredores. As variações da postura neutra do pé, classificadas em pronada e supinada, alteram a mecânica dos membros inferiores e podem facilitar o surgimento de lesão em corredores. Levando isso em consideração, é essencial que o examinador clínico tenha noção dos diversos métodos de avaliação da postura do pé para que, à luz da evidência e da sua experiência, possa escolher o método que irá utilizar em sua prática clínica. Na outra ponta, está a influência dos paradigmas dos calçados de corrida. É controversa a prática de prescrição de tênis com intuito de prevenir lesões, seja no paradigma do controle ou não dos movimentos de pronação ou no paradigma dos tênis minimalistas, que, por serem mais leves e flexíveis que os tradicionais, permitiriam uma corrida mais natural e menos lesiva. Entretanto, poucos estudos dedicam atenção à demonstração dos instrumentos avaliativos da postura do pé que suportem a tomada de decisão clínica seja para ajuste do modelo biomecânico ou para orientação de calçados para a prática de corrida. Objetivo: Analisar o grau de concordância entre diferentes métodos de avaliação da postura do pé, assim como conduzir uma revisão sistemática da literatura sobre a relação entre tênis minimalistas e ocorrência de lesões em corredores. Métodos: Para analisar a concordância entre os métodos de definição da postura do pé, foi realizado um corte transversal em uma amostra com 26 participantes de ambos os sexos. Para esse fim, foi conduzida uma análise de correlação teste a teste entre o Índice de Postura do Pé de 6 itens (IPP-6), Baropodometria e videogrametria 2D, além da análise da confiabilidade intraexaminador (teste-reteste) do instrumento videogrametria 2D tanto para caminhada e corrida. Em relação à revisão sistemática, dois revisores independentes procuraram estudos que envolvessem a influência do salto dos calçados de corrida na ocorrência de lesão em diferentes bases de dados eletrônicas (Embase, Pubmed e Cochrane) e, para os estudos incluídos, foram analisados os riscos de viés através da escala PEDro. Para os resultados homogêneos, foi conduzida uma metanálise. Os resultados foram analisados em grupos pela diferença da média ponderada, e o intervalo d e confiança de 95% foram calculados. Resultados: A postura do pé neutra foi a mais frequente em todos os métodos. A média do desvio angular máximo da eversão do retropé foi de 9,06±4,12 graus na caminhada e 10,29±4,10 graus na corrida. A média da variação ou amplitude de movimento do retropé entre o valor máximo e mínimo na caminhada foi 6,24±2,53 graus e na corrida, 7,70±2,62 graus. O IPP-6 foi o método que apresentou menor concordância com os demais métodos. A baropodometria e a videogrametria 2D apresentaram moderada concordância. Não houve concordância do IPP-6 e da baropodometria com a videogrametria 2D para definição da postura do pé correndo a 10Km/h. A videogrametria 2D caminhando a 4km/h apresentou alta confiabilidade para variável “variação entre a máxima e mínima” e moderada confiabilidade da variável “eversão máxima”. Na corrida, a videogrametria 2D apresentou fraca confiabilidade na variável “eversão máxima” [ICC = 0,30 (-0,10-0,61), p<0,05] e moderada confiabilidade na variável “variação entre a máxima e mínima” [ICC = 0,51 (0,15-0,75), p<0,05]. Em relação à revisão sistemática com metanálise, o teste de efeito global (Z= 6.89, p<0,0001) revelou que o tênis minimalista aumentou significativamente a ocorrência de lesão (RR 2,59, 95% CI 1.93 – 3.27) quando comparado aos tênis tradicionais. A subanálise dos grupos parcialmente e totalmente minimalista indica que a lesão foi mais frequente no grupo parcialmente minimalista. Conclusão: A postura do pé mais frequente entre os métodos estudados foi a neutra. De maneira geral, os testes apresentaram fraca confiabilidade, sendo o IPP-6 o que apresentou menor confiabilidade. A baropodometria e a videogrametria 2D apresentaram maior grau de confiabilidade. A videogrametria 2D se mostrou confiável na definição da postura do pé caminhando, porém não confiável na corrida a 10Km/h, e o desfecho “variação entre a máxima e mínima” parece ser a opção de escolha para avaliar a postura do pé durante a caminhada. Por fim, a revisão sistemática apontou que o tênis minimalista tende a aumentar a ocorrência de lesão em corredores e que, por esse motivo, talvez seja prudente realizar uma etapa de adaptação às características do tênis minimalista. Palavras-chave: Tênis de corrida. Minimalista. Queda de sapato. Lesões relacionadas a corrida. Postura do pé. Arco do pé.
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