Sobre multiplicadores fiscais: o que a literatura tem a nos dizer?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39257 |
Resumo: | Esta pesquisa tem como finalidade reunir diversas abordagens e discussões, teóricas e empíricas, postas na literatura, sobre os multiplicadores fiscais. A Grande Depressão dos anos 1930 foi o estopim do debate econômico sobre a validade contracíclica da política fiscal, isto é, a capacidade de esta estimular o crescimento econômico através, principalmente, de políticas de aumento de gastos públicos. Desde então, pesquisadores de diversas correntes do pensamento econômico tentam provar a existência, ou não, desta validade. O valor anticíclico da efetividade da política fiscal está representado por um coeficiente numérico estimado, que gira em torno de 1, chamado “multiplicador fiscal”. O tamanho e sinal do multiplicador se mostrou, ao longo de anos de estudos empíricos, extremamente sensível às características macroeconômicas de cada país, principalmente no que diz respeito à relação dívida/PIB e o momento do ciclo econômico que a política fiscal é executada, entre outros fatores. Além disso, as decisões metodológicas nas pesquisas empíricas que tentam calcular o valor deste multiplicador, têm se mostrado particularmente influentes na diversidade de resultados encontrados. No Brasil, a divergência na magnitude e sinal dos parâmetros estimados não é diferente. Enquanto que alguns estudos sugerem um multiplicador insignificante ou negativo, outros indicam a presença de multiplicadores relevantes, o que pode complicar seriamente o debate na hora da tomada de decisão da gestão fiscal |
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2024-04-06T17:20:15Z2024-04-082024-04-06T17:20:15Z2024-03-05https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39257Esta pesquisa tem como finalidade reunir diversas abordagens e discussões, teóricas e empíricas, postas na literatura, sobre os multiplicadores fiscais. A Grande Depressão dos anos 1930 foi o estopim do debate econômico sobre a validade contracíclica da política fiscal, isto é, a capacidade de esta estimular o crescimento econômico através, principalmente, de políticas de aumento de gastos públicos. Desde então, pesquisadores de diversas correntes do pensamento econômico tentam provar a existência, ou não, desta validade. O valor anticíclico da efetividade da política fiscal está representado por um coeficiente numérico estimado, que gira em torno de 1, chamado “multiplicador fiscal”. O tamanho e sinal do multiplicador se mostrou, ao longo de anos de estudos empíricos, extremamente sensível às características macroeconômicas de cada país, principalmente no que diz respeito à relação dívida/PIB e o momento do ciclo econômico que a política fiscal é executada, entre outros fatores. Além disso, as decisões metodológicas nas pesquisas empíricas que tentam calcular o valor deste multiplicador, têm se mostrado particularmente influentes na diversidade de resultados encontrados. No Brasil, a divergência na magnitude e sinal dos parâmetros estimados não é diferente. Enquanto que alguns estudos sugerem um multiplicador insignificante ou negativo, outros indicam a presença de multiplicadores relevantes, o que pode complicar seriamente o debate na hora da tomada de decisão da gestão fiscalThis research aims to gather various theoretical and empirical approaches and discussions found in the literature regarding fiscal multipliers. The Great Depression of the 1930s sparked the economic debate on the countercyclical validity of fiscal policy, that is, its ability to stimulate economic growth primarily through policies of increased public spending. Since then, researchers from various schools of economic thought have been attempting to prove or disprove this validity. The countercyclical value of fiscal policy effectiveness is represented by an estimated numerical coefficient, typically around 1, called the "fiscal multiplier". The size and sign of the multiplier have been shown, over decades of empirical studies, to be extremely sensitive to the macroeconomic characteristics of each country, especially regarding the debt/GDP ratio and the timing of fiscal policy implementation, among other factors. Additionally, methodological decisions in empirical research attempting to calculate the value of this multiplier have been particularly influential in the diversity of results found. In Brazil, the divergence in the magnitude and sign of the estimated parameters is no different. While some studies suggest an insignificant or negative multiplier, others indicate the presence of relevant multipliers, which can seriously complicate the debate when making fiscal management decisionsporUniversidade Federal da BahiaCIÊNCIAS ECONÔMICASUFBABrasilFaculdade de EconomiaCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ECONOMIA::ECONOMIA MONETARIA E FISCAL::POLITICA FISCAL DO BRASILPolítica fiscalTributosCrescimento econômicoSobre multiplicadores fiscais: o que a literatura tem a nos dizer?About fiscal multipliers: what does the literature have to tell us?Bachareladoinfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionLins, Julyan Gleyvison Machado GouveiaLins, Julyan Gleyvison Machado GouveiaPereira, Camila CardosoSantos, Reinan Ribeiro SousaSantos, Marcus Vinícius Souza Pimentel dosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAORIGINALMarcus Vinícius Souza Pimentel dos Santos - TCC - Graduação.pdfMarcus Vinícius Souza Pimentel dos Santos - TCC - Graduação.pdfapplication/pdf587409https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/39257/1/Marcus%20Vin%c3%adcius%20Souza%20Pimentel%20dos%20Santos%20-%20TCC%20-%20Gradua%c3%a7%c3%a3o.pdfda2c209303cdee453a248717f145c345MD51open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1720https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/39257/2/license.txtd9b7566281c22d808dbf8f29ff0425c8MD52open accessri/392572024-04-06 14:20:16.127open accessoai:repositorio.ufba.br:ri/39257TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBvIGF1dG9yIG91IHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3Vtbykgbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlL291IGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBlL291IHbDrWRlby4KCk8gYXV0b3Igb3UgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IgY29uY29yZGEgcXVlIG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIGUvb3UgZm9ybWF0byBwYXJhIGZpbnMgZGUgcHJlc2VydmHDp8OjbywgcG9kZW5kbyBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLiAKCk8gYXV0b3Igb3UgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IgZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIG7Do28sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBwYXJhIGNvbmNlZGVyIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBkZSBwcm9wcmllZGFkZSBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBSRVNVTFRFIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIE9SR0FOSVNNTywgVk9Dw4ogREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklTw4NPLCBDT01PIFRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l0w7NyaW8gc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyLCBjbGFyYW1lbnRlLCBvIChzKSBzZXUocykgbm9tZSAocykgb3UgbyAocykgbm9tZSAocykgZG8gKHMpIGRldGVudG9yIChlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIGFsw6ltIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuCg==Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322024-04-06T17:20:16Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
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