Estudo do efeito do veneno de Bothrops leucurus em linhagens celulares de gliomas humanos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bezerra, Tamires Barbosa
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/17170
Resumo: O potencial de toxinas animais vem sendo explorado no desenvolvimento de medicamentos anticancerígenos. Toxinas de serpentes do gênero Bothrops podem ter ação antitumoral, entretanto há poucos relatos sobre a ação dessas toxinas ofídicas em gliomas, que apresenta enormes desafios no seu tratamento. Objetivo: O estudo visa avaliar o efeito da ação do veneno total de Bothrops leucurus em duas linhagens de glioma humano, U251 e U87.Metodologia: Trata-se de um estudo experimental in vitro. Células da linhagem U251 e U87 foram expostas a concentrações crescentes de veneno total de Bothrops leucurus durante 24h. A viabilidade celular foi avaliada através de experimentos de MTT. Para determinar variações significativas entre as condições foi utilizado o teste Kruskal-Wallis; os valores obtidos foram considerados significativos para valores de p < 0,05. Células U251 foram submetidas a uma marcação imunocitoquímica para GFAP. Avaliou-se o tipo de morte celular por citometria de fluxo através dos marcadores anexina V- FITC e iodeto de propídio.Resultados: Houve diminuição da viabilidade celular das linhagens de glioma humano, após exposição ao veneno. A EC50 foi de 3,34 µg/mL para U251. O mecanismo de morte celular predominante foi necrose. Não foram realizados experimentos suficientes com U87. Discussão: A diminuição da viabilidade celular após exposição ao veneno está em consonância com trabalhos prévios. O principal tipo de morte induzido pela ação de veneno de Bothrops seria apoptose, devido a presença de lectinas e L-aminoácido oxidase no veneno de Bothrops leucurus; entretanto o mecanismo de morte celular predominante foi necrose, o que poderia estar associado à ação de metaloproteinases.Conclusão: Houve uma ação citotóxica do veneno em relação às células U251 principalmente através de necrose. São importantes estudos posteriores que elucidem os mecanismos de morte celular de gliomas tratados com frações desse veneno.
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