"Introduzindo o primeiro produto menstrual que não absorve nada": Coletores menstruais e transformações nas ordens prático-simbólicas da menstruação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Wons, Letícia
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32194
Resumo: O coletor menstrual é um objeto de silicone em formato de taça a ser inserido no canal vaginal para recolher o fluxo da menstruação. Como o substantivo sugere, ele coleta o sangue uterino ao invés de absorvê-lo, característica única entre os dispositivos menstruais. Sua invenção remonta a 1937, atravessando diferentes momentos de tentativas de comercialização; no Brasil, foi somente na última década que conquistou um público consumidor. A fim de compreender sua tardia emergência, esta pesquisa tem como objetivo investigar as transformações nas ordens prático-simbólicas da menstruação que o uso do “copinho” vem promovendo. Para tanto, destaco dois elementos orientadores: por um lado, ele apresenta propriedades que demandam acuidade de percepção às características únicas dos corpos das pessoas que o utilizam e possibilita um contato inédito ao sangue menstrual invulnerado em cor, cheiro, textura e volume, tensionando estigmas menstruais e processos correntes de alienação corporal. Por outro, a disseminação do coletor ocorre no Brasil a partir de redes de mulheres que constroem conhecimento através da troca de suas experiências, num movimento horizontalizado que desafia normas de etiqueta menstrual, imperativos de manter a menstruação sob a alcunha do segredado e rearticula forças na disputa pelo poder simbólico da menstruação. Argumento que a partir do uso desse dispositivo estão ocorrendo transformações nos discursos considerados legítimos sobre corpo, saúde, sexualidade e autonomia, principalmente no que concerne à autoridade médica e midiática frente à percepção corporal desenvolvida pelas usuárias do copinho. Esta pesquisa está alinhada aos preceitos epistemológicos do feminismo perspectivista, encarando criticamente os valores de objetividade, racionalismo e fundacionalismo que ocultam o viés androcêntrico na produção de saber científico. A fim de afinar posicionamento epistemológico, metodologia e as qualidades próprias do assunto em investigação, elenco como ferramenta de coleta de dados a técnica de grupos focais, procurando acessar esse tipo de conhecimento em rede no momento mesmo da pesquisa. Em três encontros com mulheres usuárias de coletor menstrual na cidade de Salvador, investigo a difusão de novos valores e costumes acerca do sangue menstrual.
id UFBA-2_ac5ae13c2e71148fe76dfdcf5fb0d37e
oai_identifier_str oai:repositorio.ufba.br:ri/32194
network_acronym_str UFBA-2
network_name_str Repositório Institucional da UFBA
repository_id_str 1932
spelling Wons, LetíciaSouza, Ângela Maria Freire de Lima eSardenberg, Cecília Maria BacellarCruz, Izaura Santiago daSouza, Ângela Maria Freire de Lima e2020-09-09T18:46:29Z2020-09-09T18:46:29Z2020-09-092019-12-12Dissertaçãohttp://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32194O coletor menstrual é um objeto de silicone em formato de taça a ser inserido no canal vaginal para recolher o fluxo da menstruação. Como o substantivo sugere, ele coleta o sangue uterino ao invés de absorvê-lo, característica única entre os dispositivos menstruais. Sua invenção remonta a 1937, atravessando diferentes momentos de tentativas de comercialização; no Brasil, foi somente na última década que conquistou um público consumidor. A fim de compreender sua tardia emergência, esta pesquisa tem como objetivo investigar as transformações nas ordens prático-simbólicas da menstruação que o uso do “copinho” vem promovendo. Para tanto, destaco dois elementos orientadores: por um lado, ele apresenta propriedades que demandam acuidade de percepção às características únicas dos corpos das pessoas que o utilizam e possibilita um contato inédito ao sangue menstrual invulnerado em cor, cheiro, textura e volume, tensionando estigmas menstruais e processos correntes de alienação corporal. Por outro, a disseminação do coletor ocorre no Brasil a partir de redes de mulheres que constroem conhecimento através da troca de suas experiências, num movimento horizontalizado que desafia normas de etiqueta menstrual, imperativos de manter a menstruação sob a alcunha do segredado e rearticula forças na disputa pelo poder simbólico da menstruação. Argumento que a partir do uso desse dispositivo estão ocorrendo transformações nos discursos considerados legítimos sobre corpo, saúde, sexualidade e autonomia, principalmente no que concerne à autoridade médica e midiática frente à percepção corporal desenvolvida pelas usuárias do copinho. Esta pesquisa está alinhada aos preceitos epistemológicos do feminismo perspectivista, encarando criticamente os valores de objetividade, racionalismo e fundacionalismo que ocultam o viés androcêntrico na produção de saber científico. A fim de afinar posicionamento epistemológico, metodologia e as qualidades próprias do assunto em investigação, elenco como ferramenta de coleta de dados a técnica de grupos focais, procurando acessar esse tipo de conhecimento em rede no momento mesmo da pesquisa. Em três encontros com mulheres usuárias de coletor menstrual na cidade de Salvador, investigo a difusão de novos valores e costumes acerca do sangue menstrual.Menstrual cup is a bell-shaped silicon object designed to be inserted inside the vagina in order to gather menstrual fluids. It collects uterine blood instead of absorbing it, an unique feature among menstrual devices. Its invention goes back to 1937, going through different moments in attempting to commercialize it; in Brazil, it was only on the last decade that the cup has conquered its own public. Trying to understand this late emergency, the aim of this research is to investigate transformations that the cup has been promoting in practical-symbolic orders of menstruation. To archieve that, two main elements are focused: first, this device presents properties that demand acuity of perception to the unique body characteristics of the ones who use it and it also makes possible an unprecedented contact to menstrual blood unscathed in color, texture, smell and volume, tensioning menstrual stigma and current body alienation processes. Second, the cup’s diffusion in Brazil occurs through women’s networks that build knowledge exchanging experiences, in a horizontal movement that defies menstrual etiquette norms, imperatives of keeping menstruation under secrecy and rearticulates forces competing for menstruation symbolic powers. I argue that through the usage of this device transformations in legit speeches about body, health, sexuality and autonomy are occurring, especially in what concerns to medical and media authority confronted by body perception developed by cup’s users. This research is aligned to epistemological precepts of feminist perspectivism, facing critically objectiveness, rationalism and fundacionalism values that hide androcentric bias in scientific knowledge production. In order to tune epistemological positioning, methodology and the own qualities of the subject in question, I choose as data collecting tool the technique of focal groups, looking for access this kind of networked knowledge in the very moment of research. In three meetings with menstrual cup users in Salvador city, I investigate the diffusion of new values and manners regarding menstrual blood.Submitted by Letícia Wons (leticiawons@yahoo.com.br) on 2020-08-27T18:48:49Z No. of bitstreams: 1 Leticia Wons - Dissertacao Coletores Menstruais.pdf: 5542428 bytes, checksum: 920df75ac92c8471584cc7e7e2751d60 (MD5)Approved for entry into archive by Isaac Viana da Cunha Araújo (isaac.cunha@ufba.br) on 2020-09-09T18:46:29Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Leticia Wons - Dissertacao Coletores Menstruais.pdf: 5542428 bytes, checksum: 920df75ac92c8471584cc7e7e2751d60 (MD5)Made available in DSpace on 2020-09-09T18:46:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Leticia Wons - Dissertacao Coletores Menstruais.pdf: 5542428 bytes, checksum: 920df75ac92c8471584cc7e7e2751d60 (MD5)Coletor menstrualMenstruaçãoEpistemologias feministasGinecologia políticaGênero e ciênciaCorpoRelações de gêneroFeminismoMulheres - menstruaçãoMulheres na ciência"Introduzindo o primeiro produto menstrual que não absorve nada": Coletores menstruais e transformações nas ordens prático-simbólicas da menstruaçãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisNúcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a MulherPrograma de Pós-graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e FeminismoUFBAbrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAORIGINALLeticia Wons - Dissertacao Coletores Menstruais.pdfLeticia Wons - Dissertacao Coletores Menstruais.pdfapplication/pdf5542428https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/32194/1/Leticia%20Wons%20-%20Dissertacao%20Coletores%20Menstruais.pdf920df75ac92c8471584cc7e7e2751d60MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1582https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/32194/2/license.txt907e2b7d511fb2c3e42dbdd41a6197c6MD52TEXTLeticia Wons - Dissertacao Coletores Menstruais.pdf.txtLeticia Wons - Dissertacao Coletores Menstruais.pdf.txtExtracted texttext/plain468115https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/32194/3/Leticia%20Wons%20-%20Dissertacao%20Coletores%20Menstruais.pdf.txta3bb32b32560d50da649f3e752715a33MD53ri/321942022-07-01 10:46:51.497oai:repositorio.ufba.br:ri/32194VGVybW8gZGUgTGljZW7Dp2EsIG7Do28gZXhjbHVzaXZvLCBwYXJhIG8gZGVww7NzaXRvIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGQkEuCgogUGVsbyBwcm9jZXNzbyBkZSBzdWJtaXNzw4PCg8OCwqNvIGRlIGRvY3VtZW50b3MsIG8gYXV0b3Igb3Ugc2V1IHJlcHJlc2VudGFudGUgbGVnYWwsIGFvIGFjZWl0YXIgZXNzZSB0ZXJtbyBkZSBsaWNlbsODwoPDgsKnYSwgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w4PCg8OCwrNyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkYSBCYWhpYSBvIGRpcmVpdG8gZGUgbWFudGVyIHVtYSBjw4PCg8OCwrNwaWEgZW0gc2V1IHJlcG9zaXTDg8KDw4LCs3JpbyBjb20gYSBmaW5hbGlkYWRlLCBwcmltZWlyYSwgZGUgcHJlc2VydmHDg8KDw4LCp8ODwoPDgsKjby4gCgpFc3NlcyB0ZXJtb3MsIG7Dg8KDw4LCo28gZXhjbHVzaXZvcywgbWFudMODwoPDgsKpbSBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvci9jb3B5cmlnaHQsIG1hcyBlbnRlbmRlIG8gZG9jdW1lbnRvIGNvbW8gcGFydGUgZG8gYWNlcnZvIGludGVsZWN0dWFsIGRlc3NhIFVuaXZlcnNpZGFkZS4KCiBQYXJhIG9zIGRvY3VtZW50b3MgcHVibGljYWRvcyBjb20gcmVwYXNzZSBkZSBkaXJlaXRvcyBkZSBkaXN0cmlidWnDg8KDw4LCp8ODwoPDgsKjbywgZXNzZSB0ZXJtbyBkZSBsaWNlbsODwoPDgsKnYSBlbnRlbmRlIHF1ZToKCiBNYW50ZW5kbyBvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgcmVwYXNzYWRvcyBhIHRlcmNlaXJvcywgZW0gY2FzbyBkZSBwdWJsaWNhw4PCg8OCwqfDg8KDw4LCtWVzLCBvIHJlcG9zaXTDg8KDw4LCs3JpbyBwb2RlIHJlc3RyaW5naXIgbyBhY2Vzc28gYW8gdGV4dG8gaW50ZWdyYWwsIG1hcyBsaWJlcmEgYXMgaW5mb3JtYcODwoPDgsKnw4PCg8OCwrVlcyBzb2JyZSBvIGRvY3VtZW50byAoTWV0YWRhZG9zIGRlc2NyaXRpdm9zKS4KCiBEZXN0YSBmb3JtYSwgYXRlbmRlbmRvIGFvcyBhbnNlaW9zIGRlc3NhIHVuaXZlcnNpZGFkZSBlbSBtYW50ZXIgc3VhIHByb2R1w4PCg8OCwqfDg8KDw4LCo28gY2llbnTDg8KDw4LCrWZpY2EgY29tIGFzIHJlc3RyacODwoPDgsKnw4PCg8OCwrVlcyBpbXBvc3RhcyBwZWxvcyBlZGl0b3JlcyBkZSBwZXJpw4PCg8OCwrNkaWNvcy4KCiBQYXJhIGFzIHB1YmxpY2HDg8KDw4LCp8ODwoPDgsK1ZXMgc2VtIGluaWNpYXRpdmFzIHF1ZSBzZWd1ZW0gYSBwb2zDg8KDw4LCrXRpY2EgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0bywgb3MgZGVww4PCg8OCwrNzaXRvcyBjb21wdWxzw4PCg8OCwrNyaW9zIG5lc3NlIHJlcG9zaXTDg8KDw4LCs3JpbyBtYW50w4PCg8OCwqltIG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBtYXMgbWFudMODwoPDgsKpbSBhY2Vzc28gaXJyZXN0cml0byBhb3MgbWV0YWRhZG9zIGUgdGV4dG8gY29tcGxldG8uIEFzc2ltLCBhIGFjZWl0YcODwoPDgsKnw4PCg8OCwqNvIGRlc3NlIHRlcm1vIG7Dg8KDw4LCo28gbmVjZXNzaXRhIGRlIGNvbnNlbnRpbWVudG8gcG9yIHBhcnRlIGRlIGF1dG9yZXMvZGV0ZW50b3JlcyBkb3MgZGlyZWl0b3MsIHBvciBlc3RhcmVtIGVtIGluaWNpYXRpdmFzIGRlIGFjZXNzbyBhYmVydG8uCg==Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-07-01T13:46:51Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv "Introduzindo o primeiro produto menstrual que não absorve nada": Coletores menstruais e transformações nas ordens prático-simbólicas da menstruação
title "Introduzindo o primeiro produto menstrual que não absorve nada": Coletores menstruais e transformações nas ordens prático-simbólicas da menstruação
spellingShingle "Introduzindo o primeiro produto menstrual que não absorve nada": Coletores menstruais e transformações nas ordens prático-simbólicas da menstruação
Wons, Letícia
Coletor menstrual
Menstruação
Epistemologias feministas
Ginecologia política
Gênero e ciência
Corpo
Relações de gênero
Feminismo
Mulheres - menstruação
Mulheres na ciência
title_short "Introduzindo o primeiro produto menstrual que não absorve nada": Coletores menstruais e transformações nas ordens prático-simbólicas da menstruação
title_full "Introduzindo o primeiro produto menstrual que não absorve nada": Coletores menstruais e transformações nas ordens prático-simbólicas da menstruação
title_fullStr "Introduzindo o primeiro produto menstrual que não absorve nada": Coletores menstruais e transformações nas ordens prático-simbólicas da menstruação
title_full_unstemmed "Introduzindo o primeiro produto menstrual que não absorve nada": Coletores menstruais e transformações nas ordens prático-simbólicas da menstruação
title_sort "Introduzindo o primeiro produto menstrual que não absorve nada": Coletores menstruais e transformações nas ordens prático-simbólicas da menstruação
author Wons, Letícia
author_facet Wons, Letícia
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Wons, Letícia
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Souza, Ângela Maria Freire de Lima e
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Sardenberg, Cecília Maria Bacellar
Cruz, Izaura Santiago da
Souza, Ângela Maria Freire de Lima e
contributor_str_mv Souza, Ângela Maria Freire de Lima e
Sardenberg, Cecília Maria Bacellar
Cruz, Izaura Santiago da
Souza, Ângela Maria Freire de Lima e
dc.subject.por.fl_str_mv Coletor menstrual
Menstruação
Epistemologias feministas
Ginecologia política
Gênero e ciência
Corpo
Relações de gênero
Feminismo
Mulheres - menstruação
Mulheres na ciência
topic Coletor menstrual
Menstruação
Epistemologias feministas
Ginecologia política
Gênero e ciência
Corpo
Relações de gênero
Feminismo
Mulheres - menstruação
Mulheres na ciência
description O coletor menstrual é um objeto de silicone em formato de taça a ser inserido no canal vaginal para recolher o fluxo da menstruação. Como o substantivo sugere, ele coleta o sangue uterino ao invés de absorvê-lo, característica única entre os dispositivos menstruais. Sua invenção remonta a 1937, atravessando diferentes momentos de tentativas de comercialização; no Brasil, foi somente na última década que conquistou um público consumidor. A fim de compreender sua tardia emergência, esta pesquisa tem como objetivo investigar as transformações nas ordens prático-simbólicas da menstruação que o uso do “copinho” vem promovendo. Para tanto, destaco dois elementos orientadores: por um lado, ele apresenta propriedades que demandam acuidade de percepção às características únicas dos corpos das pessoas que o utilizam e possibilita um contato inédito ao sangue menstrual invulnerado em cor, cheiro, textura e volume, tensionando estigmas menstruais e processos correntes de alienação corporal. Por outro, a disseminação do coletor ocorre no Brasil a partir de redes de mulheres que constroem conhecimento através da troca de suas experiências, num movimento horizontalizado que desafia normas de etiqueta menstrual, imperativos de manter a menstruação sob a alcunha do segredado e rearticula forças na disputa pelo poder simbólico da menstruação. Argumento que a partir do uso desse dispositivo estão ocorrendo transformações nos discursos considerados legítimos sobre corpo, saúde, sexualidade e autonomia, principalmente no que concerne à autoridade médica e midiática frente à percepção corporal desenvolvida pelas usuárias do copinho. Esta pesquisa está alinhada aos preceitos epistemológicos do feminismo perspectivista, encarando criticamente os valores de objetividade, racionalismo e fundacionalismo que ocultam o viés androcêntrico na produção de saber científico. A fim de afinar posicionamento epistemológico, metodologia e as qualidades próprias do assunto em investigação, elenco como ferramenta de coleta de dados a técnica de grupos focais, procurando acessar esse tipo de conhecimento em rede no momento mesmo da pesquisa. Em três encontros com mulheres usuárias de coletor menstrual na cidade de Salvador, investigo a difusão de novos valores e costumes acerca do sangue menstrual.
publishDate 2019
dc.date.submitted.none.fl_str_mv 2019-12-12
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2020-09-09T18:46:29Z
dc.date.available.fl_str_mv 2020-09-09T18:46:29Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2020-09-09
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32194
dc.identifier.other.none.fl_str_mv Dissertação
identifier_str_mv Dissertação
url http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32194
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFBA
dc.publisher.country.fl_str_mv brasil
publisher.none.fl_str_mv Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFBA
instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron:UFBA
instname_str Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron_str UFBA
institution UFBA
reponame_str Repositório Institucional da UFBA
collection Repositório Institucional da UFBA
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/32194/1/Leticia%20Wons%20-%20Dissertacao%20Coletores%20Menstruais.pdf
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/32194/2/license.txt
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/32194/3/Leticia%20Wons%20-%20Dissertacao%20Coletores%20Menstruais.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 920df75ac92c8471584cc7e7e2751d60
907e2b7d511fb2c3e42dbdd41a6197c6
a3bb32b32560d50da649f3e752715a33
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1808459615753469952