Cartografia da produção de subjetividade em ambiente virtual de aprendizagem para a formação de docentes online
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/18167 |
Resumo: | A subjetividade é produzida a partir de múltiplos componentes heterogêneos, não é possível falar em subjetividade generalizada, mas subjetividade prática e pessoas constituídas na experiência social e em seus caminhos singulares. A cartografia da produção de subjetividade em ambiente virtual de aprendizagem (AVA) foi desenvolvida com base em uma intervenção para criar condições de possibilidade de formação de docentes online. A experimentação teve o propósito de que os professores vivenciassem coletivamente um ambiente dialógico e colaborativo, onde os afetos pudessem ser produzidos, possibilitando a criação de espaços de autoria e singularização. As linhas dos afetos, a alegria e a tristeza, como categorias analíticas, são tratadas como potência, e não como sentimentos em si. Os fundamentos da investigação encontram-se nos pressupostos teóricos de Gilles Deleuze e Felix Guattari, em especial nos conceitos de subjetividade, rizoma, agenciamento, acontecimento, linha de fuga e desterritorialização, e de Mikhail Bakhtin, no que se refere a enunciado e dialogismo. A cibercultura, as políticas públicas de educação a distância e a formação de professores se inserem como dobras da tese. O conceito de ambiente virtual de aprendizagem assume novos contornos e, como uma das contribuições do estudo, o AVA é definido como um dispositivo de produção de subjetividade, que é a combinação do visível, invisível, dizível, do silêncio, das forças, das relações e linhas que conectam as pessoas que o habitam. Nesse ambiente, podem ser produzidos afetos alegres e tristes, aumentando ou diminuindo a potência de agir. Cada pessoa produz e é produzida pelos encontros e pelas relações, definindo-se pelo próprio poder de ser afetada, de acordo com movimentos que podem indicar subjetividade autorreferente, quando é produzida pela intensidade dos encontros, pelas linhas de criação e de autoria ou subjetividade massiva, quando é produzida pela homogeneização, padronização dos comportamentos e desejos. Habitando o território ambiente virtual de aprendizagem, os professores podem experimentar devires, agenciamentos, abrir-se para outras formas de ensinar e aprender, participando ativamente, produzindo subjetividade alegre e evidenciando envolvimento com a construção do conhecimento e do próprio AVA. Podem, também, ser agenciados por afetos-tristezas, não conseguindo se inserir como autores, demonstrando uma atitude passiva e de alienação diante do processo formativo, produzindo subjetividade triste, quando não habitam o AVA, ou subjetividade voyeur, quando apenas consomem o que é construído no ambiente. Outras duas subjetividades são produzidas como desdobramentos, uma que é produzida pela oscilação entre a participação eventual e a ausência no ambiente, sugerindo descompromisso com o coletivo, e outra produzida pelo movimento entre a participação ativa e a observação. Essas subjetividades são específicas do momento de transição, de passagem e convivência entre os espaços presenciais, híbridos e virtuais de formação. A formação de docentes online em ambiente virtual de aprendizagem, na perspectiva da educação (a distância) desterritorializada, deve ser pensada como um processo próprio da cibercultura, vinculada à ética do coletivo, do acontecimento, da comunicação transversal, do agenciamento do desejo e da singularização. |
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Souza, Elmara Pereira deOliveira, Eduardo David deGaleffi, Dante AugustoMiranda, JorgeAxt, MargareteMacedo, Roberto Sidnei AlvesBurnham, Teresinha Fróes2015-10-26T16:16:34Z2015-10-26T16:16:34Z2015-10-262013-03-20Tesehttp://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/18167A subjetividade é produzida a partir de múltiplos componentes heterogêneos, não é possível falar em subjetividade generalizada, mas subjetividade prática e pessoas constituídas na experiência social e em seus caminhos singulares. A cartografia da produção de subjetividade em ambiente virtual de aprendizagem (AVA) foi desenvolvida com base em uma intervenção para criar condições de possibilidade de formação de docentes online. A experimentação teve o propósito de que os professores vivenciassem coletivamente um ambiente dialógico e colaborativo, onde os afetos pudessem ser produzidos, possibilitando a criação de espaços de autoria e singularização. As linhas dos afetos, a alegria e a tristeza, como categorias analíticas, são tratadas como potência, e não como sentimentos em si. Os fundamentos da investigação encontram-se nos pressupostos teóricos de Gilles Deleuze e Felix Guattari, em especial nos conceitos de subjetividade, rizoma, agenciamento, acontecimento, linha de fuga e desterritorialização, e de Mikhail Bakhtin, no que se refere a enunciado e dialogismo. A cibercultura, as políticas públicas de educação a distância e a formação de professores se inserem como dobras da tese. O conceito de ambiente virtual de aprendizagem assume novos contornos e, como uma das contribuições do estudo, o AVA é definido como um dispositivo de produção de subjetividade, que é a combinação do visível, invisível, dizível, do silêncio, das forças, das relações e linhas que conectam as pessoas que o habitam. Nesse ambiente, podem ser produzidos afetos alegres e tristes, aumentando ou diminuindo a potência de agir. Cada pessoa produz e é produzida pelos encontros e pelas relações, definindo-se pelo próprio poder de ser afetada, de acordo com movimentos que podem indicar subjetividade autorreferente, quando é produzida pela intensidade dos encontros, pelas linhas de criação e de autoria ou subjetividade massiva, quando é produzida pela homogeneização, padronização dos comportamentos e desejos. Habitando o território ambiente virtual de aprendizagem, os professores podem experimentar devires, agenciamentos, abrir-se para outras formas de ensinar e aprender, participando ativamente, produzindo subjetividade alegre e evidenciando envolvimento com a construção do conhecimento e do próprio AVA. Podem, também, ser agenciados por afetos-tristezas, não conseguindo se inserir como autores, demonstrando uma atitude passiva e de alienação diante do processo formativo, produzindo subjetividade triste, quando não habitam o AVA, ou subjetividade voyeur, quando apenas consomem o que é construído no ambiente. Outras duas subjetividades são produzidas como desdobramentos, uma que é produzida pela oscilação entre a participação eventual e a ausência no ambiente, sugerindo descompromisso com o coletivo, e outra produzida pelo movimento entre a participação ativa e a observação. Essas subjetividades são específicas do momento de transição, de passagem e convivência entre os espaços presenciais, híbridos e virtuais de formação. A formação de docentes online em ambiente virtual de aprendizagem, na perspectiva da educação (a distância) desterritorializada, deve ser pensada como um processo próprio da cibercultura, vinculada à ética do coletivo, do acontecimento, da comunicação transversal, do agenciamento do desejo e da singularização.ABSTRACT Subjectivity is produced out of multiple heterogeneous components; it is not possible to talk about generalized subjectivity, but about practical subjectivity and people who are constituted in their social experience and in their unique ways instead. The cartography of subjectivity production in a virtual learning environment (VLE) was developed out of an intervention to create conditions allowing for online teacher training. Experimentation aimed at the fact that teachers collectively lived a dialogic and collaborative environment, where affections could be produced, enabling the creation of spaces for authorship and singularization. As analytical categories, affection lines, joy and sadness are viewed as powers and not as feelings themselves. This research is based on the theoretical assumptions by Gilles Deleuze and Felix Guattari, particularly on the concepts of subjectivity, rhizome, assemblage, happening, line of flight and deterritorialization, and by Mikhail Bakhtin, as far as the enunciated and dialogism are concerned. Cyberculture, public policies for distance education and teacher training constitute the folding parts of the thesis. The concept of virtual learning environment takes on new contours and, as one of the contributions of this study, VLE is defined as a device for subjectivity production, which is a combination of the visible, the invisible, the sayable, the silence, the forces, the relations and the lines which connect the people who dwell in it. In this environment, happy and sad affections can be produced, increasing or decreasing the power of acting. Each person produces and is produced by encounters and relationships, defining him/herself by his/her own power to be affected, out of movements which may indicate self-referential subjectivity when produced by the intensity of the encounters, by the lines of creation and authorship or massive subjectivity, when produced by the homogenization, the standardization of behaviors and desires. By dwelling in the virtual learning environment territory, teachers can experience becomings, assemblages, and open themselves to other ways of teaching and learning, by actively taking part and producing cheerful subjectivity, showing engagement with the construction of knowledge and the very VLE. They can also be assembled by affections/sadness, being unable to insert themselves as authors, demonstrating a passive and alienated attitude toward the training process, producing sad subjectivity, when they do not dwell in the VLE, or voyeur subjectivity, when they only consume what is built inside the environment. Two other subjectivities are produced as developments, one which is produced by the oscillation between the eventual participation and the absence from the environment, suggesting disengagement with the collective, and another produced by the movement between the active participation and observation. These subjectivities are specific to the moment of transition, passing and coexistence among real, hybrid and virtual training spaces. Online teacher training in a virtual learning environment from the perspective of deterritorialized (distance) education should be thought of as a process which is inherent in cyberculture, which is linked to the ethics of the collective, of the happening, of cross communication, of the desire assemblage and of singularization.Submitted by Elmara Souza (elmarasouza@gmail.com) on 2015-09-04T15:00:19Z No. of bitstreams: 1 Tese_ELMARA_SOUZA 20.03.13 (FINAL).pdf: 10557978 bytes, checksum: 2deb00b51bb904a3b2c5810e930c5199 (MD5)Approved for entry into archive by Maria Auxiliadora da Silva Lopes (silopes@ufba.br) on 2015-10-26T16:16:34Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Tese_ELMARA_SOUZA 20.03.13 (FINAL).pdf: 10557978 bytes, checksum: 2deb00b51bb904a3b2c5810e930c5199 (MD5)Made available in DSpace on 2015-10-26T16:16:34Z (GMT). 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