Retorno ao trabalho por indivíduos com paraplegia traumática: fatores que interferem na reabilitação profissional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Calliga, Magda Constance Nunes dos Santos
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31411
Resumo: As lesões traumáticas da medula espinal são com frequência agudas e inesperadas, causando danos irreversíveis e alterando dramaticamente o curso da vida de um indivíduo. Este estudo foi pioneiro no Brasil e teve como objetivo identificar quais os fatores que interferem no retorno ao trabalho em indivíduos com paraplegia traumática. Tratou-se de um estudo epidemiológico, observacional, censitário, do tipo corte transversal. A população incluída no estudo é acompanhada no Hospital Sarah Salvador, um hospital público de reabilitação. Os critérios de inclusão foram: diagnóstico de lesão medular tipo paraplegia traumática; conclusão do programa de reabilitação há pelo menos um ano; independência para todas as atividades de vida diária na alta do programa de reabilitação; locomoção com cadeira de rodas; relato de atividade laboral antes da lesão medular; idade entre 18 e 65 anos; estar internado durante o período de coleta de dados desta pesquisa. O único critério de exclusão foi ser estrangeiro. Entre os 42 pacientes entrevistados, houve predomínio de homens (79%) e idade média de 36 anos (desvio-padrão = 7,9). Retornaram ao trabalho 52% dos entrevistados (n=22) e 21 destes estavam inseridos no mercado de trabalho informal, 8 recebiam auxílio-doença e 11 recebiam aposentadoria por invalidez. Verificamos que houve associação positiva entre o grau de escolaridade e o retorno ao trabalho e, portanto, a necessidade de maiores investimentos em educação. A qualidade de vida segundo o WHOQOL-bref, o grau de escolaridade, a renda e, o poder de compra segundo o Critério Brasil, foram melhores entre os que voltaram a trabalhar. Constatamos a importância de incentivar precocemente o retorno ao trabalho e a necessidade de melhorias nos programas de Reabilitação Profissional no Brasil.
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Os critérios de inclusão foram: diagnóstico de lesão medular tipo paraplegia traumática; conclusão do programa de reabilitação há pelo menos um ano; independência para todas as atividades de vida diária na alta do programa de reabilitação; locomoção com cadeira de rodas; relato de atividade laboral antes da lesão medular; idade entre 18 e 65 anos; estar internado durante o período de coleta de dados desta pesquisa. O único critério de exclusão foi ser estrangeiro. Entre os 42 pacientes entrevistados, houve predomínio de homens (79%) e idade média de 36 anos (desvio-padrão = 7,9). Retornaram ao trabalho 52% dos entrevistados (n=22) e 21 destes estavam inseridos no mercado de trabalho informal, 8 recebiam auxílio-doença e 11 recebiam aposentadoria por invalidez. Verificamos que houve associação positiva entre o grau de escolaridade e o retorno ao trabalho e, portanto, a necessidade de maiores investimentos em educação. A qualidade de vida segundo o WHOQOL-bref, o grau de escolaridade, a renda e, o poder de compra segundo o Critério Brasil, foram melhores entre os que voltaram a trabalhar. Constatamos a importância de incentivar precocemente o retorno ao trabalho e a necessidade de melhorias nos programas de Reabilitação Profissional no Brasil.Submitted by Pós graduação Saúde, Ambiente e Trabalho (ppgsat4@gmail.com) on 2020-01-10T13:44:55Z No. of bitstreams: 1 Dissertação Magda.pdf: 2550501 bytes, checksum: 906cbb53d87f3948901bf9f40a74e1b4 (MD5)Approved for entry into archive by Delba Rosa (delba@ufba.br) on 2020-02-04T15:00:55Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação Magda.pdf: 2550501 bytes, checksum: 906cbb53d87f3948901bf9f40a74e1b4 (MD5)Made available in DSpace on 2020-02-04T15:00:55Z (GMT). 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