Limiares de extinção em comunidades de hepáticas (Marchantiophyta) epífitas na Mata Atlântica da Bahia, Brasil.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Reis, Luciana Carvalho
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19561
Resumo: Fragmentação e perda de hábitat (cobertura florestal nativa) representam grandes ameaças à manutenção da biodiversidade. Apesar de correlacionados são processos distintos, com a perda de hábitat podendo ocorrer independente da fragmentação. A redução da cobertura florestal promove um efeito não linear nos padrões de perda da biodiversidade através de um aumento acentuado das taxas de extinção de espécies, em especial quando os valores de cobertura florestal atingem os limiares de extinção. Briófitas são organismos cuja fisiologia depende diretamente da umidade do ar sendo, portanto, exigentes quanto às condições do hábitat e fortemente afetadas por modificações microclimáticas. Dessa forma, tamanho, isolamento, altitude e grau de conservação dos remanescentes podem influenciar essas comunidades. O objetivo deste estudo é investigar a existência e o valor de um limiar de extinção para comunidades de hepáticas (Marchantiophyta) epífitas em um gradiente de cobertura florestal (de 5% a 60%). Ao longo do Domínio de Mata Atlântica do estado da Bahia foram analisadas 10 paisagens de 6x6km, onde foram estabelecidas oito parcelas de 10x10m (por paisagem) para coleta das hepáticas epífitas. As coletas foram feitas na base (0- 2m) de cinco árvores com DAP ≥ 7,5 cm. As espécies de hepáticas foram identificadas e, posteriormente, classificadas em dependentes de hábitat florestal e não dependentes de hábitat florestal. Apenas as espécies dependentes foram utilizadas nas análises. Foram identificadas 322 populações, compostas de 74 espécies. Para avaliar a ocorrência de um limiar de extinção, a riqueza e a abundância foram analisadas através de dois modelos com diferentes abordagens estatísticas: Regressão Piecewise e Regressão Linear Simples. Esses modelos foram comparados através do critério de informação de Akaike (AIC). A similaridade florística entre as paisagens foi calculada e as paisagens foram agrupadas em uma análise de cluster. As paisagens com 40% e 30 % apresentaram os maiores valores de riqueza (38 e 34 espécies, respectivamente) e abundância (96 e 82 populações, respectivamente), onde a altitude foi um fator importante. Estudos demonstram que áreas de maiores altitudes apresentam menores temperaturas e maiores níveis de umidade, culminando em alta riqueza e abundância. A Regressão Linear Simples para análise da altitude foi significativa para riqueza e para abundância. Houve baixo compartilhamento de espécies entre as paisagens, com maior compartilhamento entre 30% e 40% e formação de quatro grupos distintos. Não foi encontrada uma relação significativa entre cobertura florestal e a riqueza e a abundância das comunidades de hepáticas epífitas. Contudo, paisagens com cobertura florestal inferior a 30% apresentaram os menores valores de riqueza e abundância, podendo ser indício de um efeito negativo da redução da cobertura florestal. O estado de conservação do remanescente florestal também é considerado importante para manutenção das condições microclimáticas, pois remanescentes mais conservados são mais bem estruturados fisionomicamente, apresentando árvores mais altas, com diâmetros maiores e dossel mais homogêneo, que são fatores importantes para manutenção de uma rica brioflora. Briófitas epífitas são exigentes quanto às condições microclimáticas do hábitat e embora as espécies analisadas neste estudo tenham sido consideradas dependentes de hábitat florestal não foi identificado um limiar de extinção para as comunidades. Contudo não podemos afirmar que ele não existe, pois, observando os resultados é possível notar que todas as paisagens com valores de cobertura florestal abaixo de 30% apresentaram baixos valores de riqueza e abundância, indicando um provável efeito negativo redução da cobertura florestal na paisagem reforçando a importância de medidas conservacionistas em paisagens com quantidade de cobertura florestal acima desse valor. Os resultados encontrados mostram que apesar da redução da quantidade de hábitat ser reconhecidamente um fator direcionador de mudanças ecológicas, apenas este fator não é suficiente para predizer a persistência das comunidades de hepáticas em paisagens fragmentadas.
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spelling Reis, Luciana CarvalhoBastos, Cid José PassosZartman, Charles EugenePôrto, Kátia CavalcantiMariano Neto, EduardoBastos, Cid José Passos2016-06-21T17:59:20Z2016-06-21T17:59:20Z2016-06-212012http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19561Fragmentação e perda de hábitat (cobertura florestal nativa) representam grandes ameaças à manutenção da biodiversidade. Apesar de correlacionados são processos distintos, com a perda de hábitat podendo ocorrer independente da fragmentação. A redução da cobertura florestal promove um efeito não linear nos padrões de perda da biodiversidade através de um aumento acentuado das taxas de extinção de espécies, em especial quando os valores de cobertura florestal atingem os limiares de extinção. Briófitas são organismos cuja fisiologia depende diretamente da umidade do ar sendo, portanto, exigentes quanto às condições do hábitat e fortemente afetadas por modificações microclimáticas. Dessa forma, tamanho, isolamento, altitude e grau de conservação dos remanescentes podem influenciar essas comunidades. O objetivo deste estudo é investigar a existência e o valor de um limiar de extinção para comunidades de hepáticas (Marchantiophyta) epífitas em um gradiente de cobertura florestal (de 5% a 60%). Ao longo do Domínio de Mata Atlântica do estado da Bahia foram analisadas 10 paisagens de 6x6km, onde foram estabelecidas oito parcelas de 10x10m (por paisagem) para coleta das hepáticas epífitas. As coletas foram feitas na base (0- 2m) de cinco árvores com DAP ≥ 7,5 cm. As espécies de hepáticas foram identificadas e, posteriormente, classificadas em dependentes de hábitat florestal e não dependentes de hábitat florestal. Apenas as espécies dependentes foram utilizadas nas análises. Foram identificadas 322 populações, compostas de 74 espécies. Para avaliar a ocorrência de um limiar de extinção, a riqueza e a abundância foram analisadas através de dois modelos com diferentes abordagens estatísticas: Regressão Piecewise e Regressão Linear Simples. Esses modelos foram comparados através do critério de informação de Akaike (AIC). A similaridade florística entre as paisagens foi calculada e as paisagens foram agrupadas em uma análise de cluster. As paisagens com 40% e 30 % apresentaram os maiores valores de riqueza (38 e 34 espécies, respectivamente) e abundância (96 e 82 populações, respectivamente), onde a altitude foi um fator importante. Estudos demonstram que áreas de maiores altitudes apresentam menores temperaturas e maiores níveis de umidade, culminando em alta riqueza e abundância. A Regressão Linear Simples para análise da altitude foi significativa para riqueza e para abundância. 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Briófitas epífitas são exigentes quanto às condições microclimáticas do hábitat e embora as espécies analisadas neste estudo tenham sido consideradas dependentes de hábitat florestal não foi identificado um limiar de extinção para as comunidades. Contudo não podemos afirmar que ele não existe, pois, observando os resultados é possível notar que todas as paisagens com valores de cobertura florestal abaixo de 30% apresentaram baixos valores de riqueza e abundância, indicando um provável efeito negativo redução da cobertura florestal na paisagem reforçando a importância de medidas conservacionistas em paisagens com quantidade de cobertura florestal acima desse valor. Os resultados encontrados mostram que apesar da redução da quantidade de hábitat ser reconhecidamente um fator direcionador de mudanças ecológicas, apenas este fator não é suficiente para predizer a persistência das comunidades de hepáticas em paisagens fragmentadas.(Extinction threshold in communities of liverworts (Marchantiophyta) epiphytes in the Atlantic Forest of Bahia, Brazil): Studies have shown a non-linear relationship between the amount of forest and population size, caused by the sharp increase in extinction rates (extinction thresholds). The extinction threshold in liverworts communities was evaluated in a gradient of forest cover (5% to 60%) in the Atlantic Forest of Bahia, Brazil. The richness and abundance of species were analyzed using Piecewise regression and Linear regression, compared by Akaike criterion (AIC). Altitude, average size and number of fragments in landscape were assessed too. Not found a extinction threshold, however, landscapes below 30% had lower levels of richness and abundance, suggesting a negative effect the amount of habitat. Altitude was significantly correlated with richness and abundance, but may not be only determining variable for communities. A combination of factors may have most important in determining the communities through synergistic effect, suggesting that threshold may not be related only with amount of habitat in the landscape.Submitted by Mendes Eduardo (dasilva@ufba.br) on 2013-07-15T17:22:41Z No. of bitstreams: 1 _dissertação_luciana_reis.pdf: 402504 bytes, checksum: f36d1018f35e72c9ab8af6b4166b02d0 (MD5)Approved for entry into archive by Ana Valéria de Jesus Moura (anavaleria_131@hotmail.com) on 2016-06-21T17:59:20Z (GMT) No. of bitstreams: 1 _dissertação_luciana_reis.pdf: 402504 bytes, checksum: f36d1018f35e72c9ab8af6b4166b02d0 (MD5)Made available in DSpace on 2016-06-21T17:59:20Z (GMT). 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