Fatores de risco de infeccção por Toxocara Canis e associação desta parasitose com asma e atopia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mendonça, Lívia Ribeiro
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/15266
Resumo: Introdução: O Toxocara canis é um parasito helminto cosmopolita de cães que pode infectar os seres humanos provocando a síndrome da Larva Migrans Visceral (LMV). Os sinais clínicos da LMV são muito inespecíficos e seu diagnóstico é realizado através da detecção da IgG anti-T. canis por ELISA, utilizando antígeno excretório/secretório das larvas de T. canis (TcESLA). Objetivos: Investigar possíveis associações entre a infecção por T. canis com eosinofilia, IgE total e IgE específica contra aeroalérgenos, teste de punctura cutâneo e asma. Objetivou-se ainda, investigar os fatores de risco associados á aquisição desta infecção. Métodos: Os pais ou responsáveis das 1.445 crianças do estudo responderam a um questionário ISAAC fase II adaptado para o português, sobre o histórico de sibilo nos últimos 12 meses das crianças. Em seguida estas foram submetidas ao teste de punctura cutâneo (TPC), coleta de sangue para contagem de células periféricas, cultivo para detecção de citocinas e determinação sorológica da IgE específica contra aeroalérgenos, pelo teste Unicap, IgE total determinada por ELISA e detecção de anticorpos IgG anti-T. canis por ELISA, utilizando TcESLA e soros pré-absorvido com antígenos de Ascaris lumbricoides. Na análise estatística estimou-se Odds Ratio (OR) e Intervalo de Confiança a 95% (IC 95%) na análise univariada e multivariada com regressão logística e análise politômica ajustada para sexo, idade, escolaridade materna, asma dos pais, mofo, esgotamento sanitário e infecções por A. lumbricoides e Trichuris trichiura. Resultados: 53,7% das crianças eram do sexo masculino, 40,5% tinham idade entre seis e sete anos, 48,3% possuíam mães com segundo grau incompleto e em 70% das casas inspecionadas havia mofo nas paredes. Foi detectada infecção de 14,9% para A. lumbricoides e 13,8% para T. trichiura. A prevalência da infecção pelo T. canis foi de 48,4%; 13,4% das crianças tinham pais alérgicos e 22,4% das crianças forma classificadas como asmáticas. Eosinofilia maior que 4% ocorreu em 74,2% e maior que 10% em 25,4% das crianças; IgE total acima do ponto de corte de 0,2 mg/ml ocorreu em 59,6%, e IgE específica para pelo menos um alérgeno de quatro investigados, nos pontos de cortes de ≥0,35 e ≥0,70 foi de 48,5% e 36,8%, respectivamente. Teste cutâneo positivo para pelo menos um dos sete alérgenos testados foi observado em 30,4% das crianças. Os fatores de risco para infecção por T. canis determinados neste estudo foram idade, baixa escolaridade materna, pavimentação da rua e contato com cão e/ou gato. A infecção por T. canis foi positivamente associada com eosinofilia tanto à 4% como à 10%, com IgE específica para aeroalérgenos ≥0,35 e ≥0,70, aumento de IL-10 e negativamente associada ao TPC. Não foi observada associação desta infecção e asma atópica e não-atópica. Conclusão: A soroprevalência da infecção pelo T. canis é alta em nossa população. A associação da infecção e o contato com gato é sugestivo que o TcESLA pode reagir cruzadamente com antígenos de T. cati. A relação entre baixa escolaridade materna com maior soroprevalência de T. canis suporta o caráter sócio-econômico desta patologia. Embora a infecção por T. canis seja um fator de risco para eosinofilia, IgE total e IgE específica para aeroalérgenos a infecção está associada negativamente a hipersensibilidade cutânea imediata e, possivelmente, pode impedir a degranulação de mastócitos seja por competição da IgE anti-T.canis com a IgE anti-alérgenos na ligação aos receptores de IgE destas células, ou seja pelo aumento da produção de IL-10 mostrado neste estudo. Isto pode explicar também ausência de associação com asma, ambas, atópica e não atópica.
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Métodos: Os pais ou responsáveis das 1.445 crianças do estudo responderam a um questionário ISAAC fase II adaptado para o português, sobre o histórico de sibilo nos últimos 12 meses das crianças. Em seguida estas foram submetidas ao teste de punctura cutâneo (TPC), coleta de sangue para contagem de células periféricas, cultivo para detecção de citocinas e determinação sorológica da IgE específica contra aeroalérgenos, pelo teste Unicap, IgE total determinada por ELISA e detecção de anticorpos IgG anti-T. canis por ELISA, utilizando TcESLA e soros pré-absorvido com antígenos de Ascaris lumbricoides. Na análise estatística estimou-se Odds Ratio (OR) e Intervalo de Confiança a 95% (IC 95%) na análise univariada e multivariada com regressão logística e análise politômica ajustada para sexo, idade, escolaridade materna, asma dos pais, mofo, esgotamento sanitário e infecções por A. lumbricoides e Trichuris trichiura. 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Embora a infecção por T. canis seja um fator de risco para eosinofilia, IgE total e IgE específica para aeroalérgenos a infecção está associada negativamente a hipersensibilidade cutânea imediata e, possivelmente, pode impedir a degranulação de mastócitos seja por competição da IgE anti-T.canis com a IgE anti-alérgenos na ligação aos receptores de IgE destas células, ou seja pelo aumento da produção de IL-10 mostrado neste estudo. Isto pode explicar também ausência de associação com asma, ambas, atópica e não atópica.Submitted by Hiolanda Rêgo (hiolandarego@gmail.com) on 2014-07-23T17:26:59Z No. of bitstreams: 1 Dissertação_ICS_ Livia Ribeiro Mendonca.pdf: 860797 bytes, checksum: e624ccf3dcb38ac79e014fa29b563f7c (MD5)Made available in DSpace on 2014-07-23T17:26:59Z (GMT). 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