Transmissão congênita da toxocaríase. Cinética de IgG anti-toxocara spp. e sua associação com atopia e asma em crianças de um coorte de estudo no município de Quinindé, Equador
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24904 |
Resumo: | No presente trabalho, abordamos um estudo sobre a toxocaríase, que é uma zoonose negligenciada causada por larvas de Toxocara spp. (T. canis e T. cati). A prevalência é maior em regiões tropicais e também entre populações de baixa renda. Estudos experimentais têm demonstrado a ocorrência de transmissão vertical. Em humanos, existem poucos dados publicados sobre a transmissão vertical de Toxocara spp. e sobre a cinética da infecção; além disso, a associação com atopia e asma tem gerado dados controversos. Dessa forma, um estudo de coorte representa o melhor modelo para estudar essas questões. Objetivo: Determinar a frequência da soropositividade da infecção por Toxocara spp. em mães grávidas, nos cordões umbilicais e em crianças, desde seu nascimento até 60 meses de idade. Investiga-se a possibilidade de transmissão vertical e a existência da associação dessa parasitose com asma e atopia em crianças de cinco anos, de um estudo do coorte feito em Quinindé-Equador. Metodologia: A população foi composta por 290 mães pareadas com seus cordões umbilicais e 290 crianças, de 7 a 60 meses de idade. Um questionário epidemiológico foi realizado em cada idade e as amostras de sangue foram coletadas nas diferentes idades. A asma foi determinada através de sibilo nos últimos 12 meses. A atopia foi determinada através de teste de punctura cutâneo com diferentes alérgenos. A soroprevalência de Toxocara spp. foi determinada mediante ELISA indireto para detectar IgG anti- Toxocara spp. e a análise da cronicidade da infecção foi feita pela detecção de IgG de avidez, utilizando para ambos ensaios antígeno excretor-secretor da fase larval de Toxocara canis. O ponto de corte do ensaio obtido foi de DO de 0,273. Resultados: A soroprevalência em mulheres grávidas foi de 80,7% e do sangue de cordão umbilical 84,1%; nas crianças aos 7 meses foi de 0,0%; aos 13 meses, foi de 9,3%; aos 24 meses, de 48,4%; aos 36 meses, foi de 64,9%; e aos 60 meses, foi de 80,9 %; a infecção por Toxocara spp. em todos os grupos estudados foi crônica. A análise da incidência da soropositividade nas crianças por período do ano, houve maior incidência aos 2 anos de idade (36,2%). O índice de eosinofilia acima de 5% foi positivamente associado á soropositividade para Toxocara spp.; a prevalência de sibilo nas crianças de 60 meses foi de 19,1%; rinite foi de 17,4%; atopia a ácaro foi de 13,1; e atopia a qualquer alérgeno 21,2%. Não foi encontrado associação entre asma e a soropositividade para IgG anti-Toxocara spp. nas crianças. O único fator de risco associado à soropositividade para Toxocara spp. nas mães foi moradia em área rural. Enquanto que nas crianças, a soro positividade estava associada com presença de cães em domicílio (OR = 5,14; IC 95% 1,13 – 23,45); com sexo masculino (OR = 1,68; IC 95% = 0,98 – 2,88); e presença de gato em domicílio (OR = 2,22; IC 95 % = 1,27 – 3,90). A soropositividade para Toxocara spp. foi associada positivamente com os níveis elevados de eosinófilos. Conclusão: A soroprevalência de anticorpos IgG anti-Toxocara spp. nas mães é alta e as crianças começam a se infectar cedo e vai aumentando com a idade. A infecção é crônica. A incidência maior foi aos dois anos de idade. Nas mães morar em zona rural foi fator de proteção para a soropositividade para Toxocara spp. O principal fator de risco de soropositividade para Toxocara spp. nas crianças do estudo foi a presença de cães e de gato em casa. Esses fatores foram encontrados nos primeiros anos de vida da criança, porém nas idades maiores não se encontrou esta associação. Provavelmente seja porque os anticorpos persistem nas outras idades ou ocorram reinfecção frequente. |
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Vera, Aida Yisela OviedoNeves, Neuza Maria AlcântaraCooper, PhillipBahiense, Thiago CampanharoTeixeira, Marcia Cristina Aquino2017-12-21T19:21:16Z2017-12-212017http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24904No presente trabalho, abordamos um estudo sobre a toxocaríase, que é uma zoonose negligenciada causada por larvas de Toxocara spp. (T. canis e T. cati). A prevalência é maior em regiões tropicais e também entre populações de baixa renda. Estudos experimentais têm demonstrado a ocorrência de transmissão vertical. Em humanos, existem poucos dados publicados sobre a transmissão vertical de Toxocara spp. e sobre a cinética da infecção; além disso, a associação com atopia e asma tem gerado dados controversos. Dessa forma, um estudo de coorte representa o melhor modelo para estudar essas questões. Objetivo: Determinar a frequência da soropositividade da infecção por Toxocara spp. em mães grávidas, nos cordões umbilicais e em crianças, desde seu nascimento até 60 meses de idade. 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Resultados: A soroprevalência em mulheres grávidas foi de 80,7% e do sangue de cordão umbilical 84,1%; nas crianças aos 7 meses foi de 0,0%; aos 13 meses, foi de 9,3%; aos 24 meses, de 48,4%; aos 36 meses, foi de 64,9%; e aos 60 meses, foi de 80,9 %; a infecção por Toxocara spp. em todos os grupos estudados foi crônica. A análise da incidência da soropositividade nas crianças por período do ano, houve maior incidência aos 2 anos de idade (36,2%). O índice de eosinofilia acima de 5% foi positivamente associado á soropositividade para Toxocara spp.; a prevalência de sibilo nas crianças de 60 meses foi de 19,1%; rinite foi de 17,4%; atopia a ácaro foi de 13,1; e atopia a qualquer alérgeno 21,2%. Não foi encontrado associação entre asma e a soropositividade para IgG anti-Toxocara spp. nas crianças. O único fator de risco associado à soropositividade para Toxocara spp. nas mães foi moradia em área rural. 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Provavelmente seja porque os anticorpos persistem nas outras idades ou ocorram reinfecção frequente.In the present work, we present a study on toxocariasis, which is a neglected zoonosis caused by Toxocara spp. larvae. The prevalence is higher in tropical regions and among low-income populations. Experimental studies have demonstrated the occurrence of vertical transmission. In humans, there are few published data on the vertical transmission of Toxocara spp. and on the kinetics of infection; In addition, the association with atopy and asthma has generated controversial data. Thus, a cohort study represents the best model for studying these issues. Objective: To determine the frequency of seropositivity of Toxocara spp. In pregnant mothers and children, from birth to 60 months of age. There is a possibility of vertical transmission and the existence of the association of this infection with asthma and atopy five years oldin children of five years, from a cohort study made in Quinindé-Ecuador. Methodology: The population was composed of 290 mothers and 290 children, from 0 to 60 months of age. An epidemiological questionnaire was performed for the mothers and for each age period of the children; blood samples were collected at the different age groups. Asthma was determined by wheezing in the last 12 months. Atopy was determined by skin prick test with different allergens. The Toxocara spp. seroprevalence was determined by indirect ELISA. The chronicity of the infection was estimated by a IgG avidity ELISA, using excretory-secretory antigen of the larval phase of Toxocara canis. The assay cut-off was OD of 0.273. Results: The anti-Toxocara spp. IgG seroprevalence in pregnant women was 80.7%; in umbilical cord blood was 84.1%; at 7 month it was, zero %; at 13 months, it was 9.3%; at 24 months, it was 48.4%; at 36 months, it was 64.9%; and at 60 months, it was 80.9%. The Toxocara spp. infection all studied groups was chronic. There was a greater incidence at two years of 36, 2%. Eosinophil indices above 5%was associated with Toxocara spp seropositivity. The prevalence of wheezing among children aged 60 months was 19.1%; Rhinitis was 17.4%; Atopy to mite was 13.1; and atopy to any allergen was 21.2%. No association was found between asthma markers and Toxocara spp. seropositivity the risk factors associated with Toxocara spp. was presence of dogs and cats at home (OR = 2.22, 95% CI = 1.27-3.90). Toxocara seropositivity was positively associated with elevated levels of blood eosinophils. Conclusion: the seroprevalence of anti-Toxocara spp. IgG was high in the mothers and the children started to get infected early and it increased with age. The infection was chronic in all studied groups. The highest incidence of Toxocara spp. seropositivity was at two years of age, Mothers living in rural areas were protected against being seropositive. The main risk factor for the children in the study was the presence of dogs and cats at home. These factors were found in the first years of the child's life, in the older ages we did not find this association. It is probably because the antibodies persist in the other ages or there are recurrent infection.Submitted by Pós Imunologia (ppgimicsufba@gmail.com) on 2017-12-19T18:55:17Z No. of bitstreams: 1 Dissertacao Yisela XXX[728].pdf: 1919005 bytes, checksum: 4275238710c7b65efc322aef5f503a98 (MD5)Approved for entry into archive by Edvaldo Souza (edvaldosouza@ufba.br) on 2017-12-21T19:21:16Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertacao Yisela XXX[728].pdf: 1919005 bytes, checksum: 4275238710c7b65efc322aef5f503a98 (MD5)Made available in DSpace on 2017-12-21T19:21:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertacao Yisela XXX[728].pdf: 1919005 bytes, checksum: 4275238710c7b65efc322aef5f503a98 (MD5)CAPES, FAPESBIMUNOLOGIAAsmaFatores de risconcidênciaSoroprevalênciaToxocaraTransmissão congênita da toxocaríase. 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No presente trabalho, abordamos um estudo sobre a toxocaríase, que é uma zoonose negligenciada causada por larvas de Toxocara spp. (T. canis e T. cati). A prevalência é maior em regiões tropicais e também entre populações de baixa renda. Estudos experimentais têm demonstrado a ocorrência de transmissão vertical. Em humanos, existem poucos dados publicados sobre a transmissão vertical de Toxocara spp. e sobre a cinética da infecção; além disso, a associação com atopia e asma tem gerado dados controversos. Dessa forma, um estudo de coorte representa o melhor modelo para estudar essas questões. Objetivo: Determinar a frequência da soropositividade da infecção por Toxocara spp. em mães grávidas, nos cordões umbilicais e em crianças, desde seu nascimento até 60 meses de idade. Investiga-se a possibilidade de transmissão vertical e a existência da associação dessa parasitose com asma e atopia em crianças de cinco anos, de um estudo do coorte feito em Quinindé-Equador. Metodologia: A população foi composta por 290 mães pareadas com seus cordões umbilicais e 290 crianças, de 7 a 60 meses de idade. Um questionário epidemiológico foi realizado em cada idade e as amostras de sangue foram coletadas nas diferentes idades. A asma foi determinada através de sibilo nos últimos 12 meses. A atopia foi determinada através de teste de punctura cutâneo com diferentes alérgenos. A soroprevalência de Toxocara spp. foi determinada mediante ELISA indireto para detectar IgG anti- Toxocara spp. e a análise da cronicidade da infecção foi feita pela detecção de IgG de avidez, utilizando para ambos ensaios antígeno excretor-secretor da fase larval de Toxocara canis. O ponto de corte do ensaio obtido foi de DO de 0,273. Resultados: A soroprevalência em mulheres grávidas foi de 80,7% e do sangue de cordão umbilical 84,1%; nas crianças aos 7 meses foi de 0,0%; aos 13 meses, foi de 9,3%; aos 24 meses, de 48,4%; aos 36 meses, foi de 64,9%; e aos 60 meses, foi de 80,9 %; a infecção por Toxocara spp. em todos os grupos estudados foi crônica. A análise da incidência da soropositividade nas crianças por período do ano, houve maior incidência aos 2 anos de idade (36,2%). O índice de eosinofilia acima de 5% foi positivamente associado á soropositividade para Toxocara spp.; a prevalência de sibilo nas crianças de 60 meses foi de 19,1%; rinite foi de 17,4%; atopia a ácaro foi de 13,1; e atopia a qualquer alérgeno 21,2%. Não foi encontrado associação entre asma e a soropositividade para IgG anti-Toxocara spp. nas crianças. O único fator de risco associado à soropositividade para Toxocara spp. nas mães foi moradia em área rural. Enquanto que nas crianças, a soro positividade estava associada com presença de cães em domicílio (OR = 5,14; IC 95% 1,13 – 23,45); com sexo masculino (OR = 1,68; IC 95% = 0,98 – 2,88); e presença de gato em domicílio (OR = 2,22; IC 95 % = 1,27 – 3,90). A soropositividade para Toxocara spp. foi associada positivamente com os níveis elevados de eosinófilos. Conclusão: A soroprevalência de anticorpos IgG anti-Toxocara spp. nas mães é alta e as crianças começam a se infectar cedo e vai aumentando com a idade. A infecção é crônica. A incidência maior foi aos dois anos de idade. Nas mães morar em zona rural foi fator de proteção para a soropositividade para Toxocara spp. O principal fator de risco de soropositividade para Toxocara spp. nas crianças do estudo foi a presença de cães e de gato em casa. Esses fatores foram encontrados nos primeiros anos de vida da criança, porém nas idades maiores não se encontrou esta associação. Provavelmente seja porque os anticorpos persistem nas outras idades ou ocorram reinfecção frequente. |
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