A obesidade como fator prognóstico no câncer de mama em mulheres

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Freitas, Eni Devay de
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31394
Resumo: A obesidade e o câncer se constituem em problemas de saúde pública, segundo a Organização Mundial de saúde, que estão diretamente relacionados com o estilo de vida e fatores ambientais. A obesidade é um fator de pior prognóstico para o câncer. Pacientes obesas tendem a apresentar, ao diagnóstico de câncer de mama, tumores com características biológicas de maior agressividade em comparação às pacientes não obesas, resultando em maiores taxas de recaída e progressão da doença, maiores taxas de mortalidade e redução na sobrevida livre de doença e sobrevida global por câncer de mama. Os objetivos desse trabalho foi avaliar o papel da obesidade como fator prognóstico para o câncer de mama considerando-se a presença de fatores prognósticos relacionados ao tumor e revisar a literatura quanto ao papel das adipocinas, adiponectina e leptina, na relação com risco e prognóstico do câncer de mama. No estudo de sobrevida, incluíram-se 274 pacientes e dessas 62% estavam acima do peso. As pacientes obesas apresentaram ao diagnóstico uma maior proporção de tumores maiores, entre 2,0 a 5,0 cm, e estadiamento mais avançado (E II e III) (p=0,007). As taxas de sobrevida global (SG) em cinco anos variaram de 77% para as obesas versus 81% para às não obesas. As taxas de sobrevida livre de progressão (SLP) de 74% e 78%, respectivamente, para obesas e não obesas em cinco anos. Os estudos como as adipocinas, adiponectina e leptina, demonstraram uma relação inversa da adiponectina e direta da leptina com Índice de Massa Corporal (IMC). Pacientes com câncer de mama apresentam níveis séricos de adiponectina baixos e de leptina alto em relação às pacientes saudáveis; níveis séricos de adiponectina baixo aumentam o risco de câncer de mama e níveis séricos de leptina alto e adiponectina baixo são fatores de pior prognóstico independentes para câncer de mama em mulheres. A desregulação metabólica presente na obesidade, alterando os níveis de concentração séricas das adipocinas, adiponectina e leptina, se constituem na via chave de regulação entre obesidade e câncer de mama, dirigindo o aparecimento e o comportamento do câncer.
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Os objetivos desse trabalho foi avaliar o papel da obesidade como fator prognóstico para o câncer de mama considerando-se a presença de fatores prognósticos relacionados ao tumor e revisar a literatura quanto ao papel das adipocinas, adiponectina e leptina, na relação com risco e prognóstico do câncer de mama. No estudo de sobrevida, incluíram-se 274 pacientes e dessas 62% estavam acima do peso. As pacientes obesas apresentaram ao diagnóstico uma maior proporção de tumores maiores, entre 2,0 a 5,0 cm, e estadiamento mais avançado (E II e III) (p=0,007). As taxas de sobrevida global (SG) em cinco anos variaram de 77% para as obesas versus 81% para às não obesas. As taxas de sobrevida livre de progressão (SLP) de 74% e 78%, respectivamente, para obesas e não obesas em cinco anos. Os estudos como as adipocinas, adiponectina e leptina, demonstraram uma relação inversa da adiponectina e direta da leptina com Índice de Massa Corporal (IMC). Pacientes com câncer de mama apresentam níveis séricos de adiponectina baixos e de leptina alto em relação às pacientes saudáveis; níveis séricos de adiponectina baixo aumentam o risco de câncer de mama e níveis séricos de leptina alto e adiponectina baixo são fatores de pior prognóstico independentes para câncer de mama em mulheres. 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