Essa dor tem cor: uma análise interseccional no fenômeno da violência obstétrica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santana, Ariane Teixeira de
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38084
Resumo: Introdução: A violência obstétrica atinge mulheres e pessoas com útero de formas irrestrita, sendo as mulheres negras as mais afetadas por esse fenômeno em todo mundo. Diante deste exposto, a temática se revela pertinente no contexto da reflexão sobre as práticas de saúde no cenário obstétrico do Brasil, e como ela se pauta. Uma vez que buscamos pretende aprofundar o conhecimento sobre a ocorrência do fenômeno da violência obstétrica, segundo a percepção de quem vive. Buscando contribuir desta forma, para a construção de práticas assistenciais mais respeitosas, qualificadas, e que proporcione satisfação para as mulheres e pessoas com útero. Objetivos: Este estudo teve buscou: conhecer as percepções de mulheres sobre o fenômeno da violência obstétrica na assistência ao parto e a interface com raça e gênero. Método: Trata-se de pesquisa exploratória, descritiva, com abordagem qualitativa. O estudo foi realizado no Município de Salvador do Estado da Bahia. O cenário de ocorrência foi uma Maternidade Pública da administração direta do Estado, que fornece serviços obstétricos de baixo risco. A coleta de dados ocorreu no período de novembro de 2021 a fevereiro de 2022. Participaram deste estudo 25 mulheres. Como instrumento de coleta de dados foram utilizados um roteiro de entrevista semiestruturada e estruturada, onde as entrevistas continham perguntas abertas e fechadas. As falas das participantes foram gravadas após assinatura do Termo de Consentimento Livre Esclarecido e transcritas. Para estruturar a análise das falas foi utilizado a Análise do Conteúdo proposta por Bardin. O conceito dos marcadores sociais e epistemologia da interseccionalidade foram utilizados para nortear a análise das informações. As participantes desta pesquisa tinham idade entre 16 e 24 anos, todas as participantes declararam-se da raça/cor negra, a maioria exerce atividades não remuneradas e possuía nível médio completo. Resultados: Emergiram unidades temáticas, as quais foram agrupadas em quatro categorias, onde foi possível compreender o fenômeno da violência obstétrica a partir da percepção apresentada pelas entrevistadas. As mulheres atribuíram a violência obstétrica a uma série de condições consideradas degradantes, humilhantes, desrespeitosas e abusivas. As mulheres apontaram o sentimento conflituoso na percepção de serem violentadas por outras mulheres. As mulheres associaram que o gênero e a classe social têm influências diretas na ocorrência da violência obstétrica. Há ainda a percepção da violência obstétrica no contexto das condições precárias presentes nos sistemas de saúde. Conclusão: Reafirmo a necessidade de maiores esforços do Estados, gestores, profissionais e sociedade para avançar no combate à violência obstétrica. Para que todas as mulheres e pessoas com útero possam receber cuidados de alta qualidade, respeitosos, baseados em evidências, integral e equânime, que fortaleça políticas de combate ao racismo e garanta autonomia nas decisões sobre o processo reprodutivo. A fim de proporcionar experiências individuais e prazerosas em toda sua trajetória obstétrica a partir da lente da justiça reprodutiva.
id UFBA-2_c9811a48a457e999867fd843d50a1b46
oai_identifier_str oai:repositorio.ufba.br:ri/38084
network_acronym_str UFBA-2
network_name_str Repositório Institucional da UFBA
repository_id_str 1932
spelling 2023-10-18T13:23:25Z2023-10-18T13:23:25Z2022-06-28SANTANA, Ariana Teixeira de. Essa dor tem cor: uma análise interseccional no fenômeno da violência obstétrica. 2022. 93 f. Dissertação (Mestrado) Universidade Federal da Bahia, Escola de Enfermagem, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Saúde, Salvador, 2022.https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38084Introdução: A violência obstétrica atinge mulheres e pessoas com útero de formas irrestrita, sendo as mulheres negras as mais afetadas por esse fenômeno em todo mundo. Diante deste exposto, a temática se revela pertinente no contexto da reflexão sobre as práticas de saúde no cenário obstétrico do Brasil, e como ela se pauta. Uma vez que buscamos pretende aprofundar o conhecimento sobre a ocorrência do fenômeno da violência obstétrica, segundo a percepção de quem vive. Buscando contribuir desta forma, para a construção de práticas assistenciais mais respeitosas, qualificadas, e que proporcione satisfação para as mulheres e pessoas com útero. Objetivos: Este estudo teve buscou: conhecer as percepções de mulheres sobre o fenômeno da violência obstétrica na assistência ao parto e a interface com raça e gênero. Método: Trata-se de pesquisa exploratória, descritiva, com abordagem qualitativa. O estudo foi realizado no Município de Salvador do Estado da Bahia. O cenário de ocorrência foi uma Maternidade Pública da administração direta do Estado, que fornece serviços obstétricos de baixo risco. A coleta de dados ocorreu no período de novembro de 2021 a fevereiro de 2022. Participaram deste estudo 25 mulheres. Como instrumento de coleta de dados foram utilizados um roteiro de entrevista semiestruturada e estruturada, onde as entrevistas continham perguntas abertas e fechadas. As falas das participantes foram gravadas após assinatura do Termo de Consentimento Livre Esclarecido e transcritas. Para estruturar a análise das falas foi utilizado a Análise do Conteúdo proposta por Bardin. O conceito dos marcadores sociais e epistemologia da interseccionalidade foram utilizados para nortear a análise das informações. As participantes desta pesquisa tinham idade entre 16 e 24 anos, todas as participantes declararam-se da raça/cor negra, a maioria exerce atividades não remuneradas e possuía nível médio completo. Resultados: Emergiram unidades temáticas, as quais foram agrupadas em quatro categorias, onde foi possível compreender o fenômeno da violência obstétrica a partir da percepção apresentada pelas entrevistadas. As mulheres atribuíram a violência obstétrica a uma série de condições consideradas degradantes, humilhantes, desrespeitosas e abusivas. As mulheres apontaram o sentimento conflituoso na percepção de serem violentadas por outras mulheres. As mulheres associaram que o gênero e a classe social têm influências diretas na ocorrência da violência obstétrica. Há ainda a percepção da violência obstétrica no contexto das condições precárias presentes nos sistemas de saúde. Conclusão: Reafirmo a necessidade de maiores esforços do Estados, gestores, profissionais e sociedade para avançar no combate à violência obstétrica. Para que todas as mulheres e pessoas com útero possam receber cuidados de alta qualidade, respeitosos, baseados em evidências, integral e equânime, que fortaleça políticas de combate ao racismo e garanta autonomia nas decisões sobre o processo reprodutivo. A fim de proporcionar experiências individuais e prazerosas em toda sua trajetória obstétrica a partir da lente da justiça reprodutiva.Introduction: Obstetric violence affects many women and people with uterus, in unrestricted ways. Although it has already been proven that black women are the ones who experience this phenomenon the most around the world. Given the above, the theme is relevant in the context of reflection on health practices in the obstetric scenario in Brazil, and how it is guided. Since it intends to deepen the knowledge about the occurrence of the phenomenon of obstetric violence, according to the perception of those who live. Seeking to contribute in this way, to the construction of more respectful, qualified care practices, and that provide satisfaction for women and people with uterus. Objectives: This study sought to: understand women's perceptions of the phenomenon of obstetric violence in childbirth care and the interface with race and gender. Method: This is an exploratory, descriptive research with a qualitative approach. The study was carried out in the Municipality of Salvador in the State of Bahia. The scenario of occurrence was a Public Maternity of the direct administration of the State, which provides obstetric services of low risk. Data collection took place from November 2021 to February 2022. Twenty-five women participated in this study. As a data collection instrument, a semi-structured and structured interview script was used, where the interview combined open and closed questions. The participants' speeches were recorded, after signing the Informed Consent Term, and transcribed. To structure the analysis of the speeches, the Content Analysis proposed by Bardin was used. The concept of social markers and the epistemology of intersectionality were used to guide the analysis of the information. The participants in this research were between 16 and 24 years old, all participants declared themselves to be of black race/color, most of them carry out unpaid activities and had completed high school. Results: Thematic units emerged, which were grouped into four categories, where it was possible to understand the phenomenon of obstetric violence from the perception presented by the interviewees. Women attributed obstetric violence to a series of conditions considered degrading, humiliating, disrespectful and abusive. Associating its occurrence with gender and social class, most women in this study were not able to relate the interaction between obstetric violence and racism. The women pointed out the conflicting feeling in the perception of being raped by other women. There is also the perception of obstetric violence in the context of the precarious conditions present in the health systems. Conclusion: I reaffirm the need for greater efforts by States, managers, professionals and society to advance in the fight against obstetric violence. So that all women and people with a uterus can receive high-quality, respectful, evidence-based, comprehensive and equitable care, which strengthens policies to combat racism and guarantees autonomy in decisions about the reproductive process. In order to provide individual and pleasurable experiences throughout your obstetric trajectory from the lens of reproductive justice.Submitted by Programa de Pós- Graduação de Enfermagem (pro.pgenf@gmail.com) on 2023-10-18T12:41:49Z No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO - ARIANE TEIXEIRA DE SANTANA.pdf: 1352452 bytes, checksum: 59e3d4cf85a892b436042cc82a333932 (MD5)Approved for entry into archive by Marly Santos (marly@ufba.br) on 2023-10-18T13:23:25Z (GMT) No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO - ARIANE TEIXEIRA DE SANTANA.pdf: 1352452 bytes, checksum: 59e3d4cf85a892b436042cc82a333932 (MD5)Made available in DSpace on 2023-10-18T13:23:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO - ARIANE TEIXEIRA DE SANTANA.pdf: 1352452 bytes, checksum: 59e3d4cf85a892b436042cc82a333932 (MD5) Previous issue date: 2022-06-28Coordenação do Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)porUNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIAPrograma de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF)UFBABrasilEscola de EnfermagemObstetric ViolenceRacism in healthGender-Based ViolenceChildbirth careCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEMViolência obstétricaRacismo em saúdeViolência de gêneroAssistência ao partoEssa dor tem cor: uma análise interseccional no fenômeno da violência obstétricaThis pain has color: an intersectional analysis of the phenomenon of obstetric violenceMestrado Acadêmicoinfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionCouto, Telmara Menezeshttps://orcid.org/0000-0001-6836-8563http://lattes.cnpq.br/7311820718433943Góes, Emanuelle Freitashttps://orcid.org/0000-0001-9288-6723http://lattes.cnpq.br/7884228259408443Couto, Telmara Menezeshttps://orcid.org/0000-0001-6836-8563http://lattes.cnpq.br/7311820718433943Santos, Amalia Nascimento do Sacramentohttps://orcid.org/0000-0003-4536-867Xttp://lattes.cnpq.br/2667585687425344Almeida, Lilian Conceição Guimarães dehttps://orcid.org/0000-0001-6940-9187http://lattes.cnpq.br/3667873478174449Rivemales, Maria da Conceição Costahttps://orcid.org/0000-0001-7773-4772http://lattes.cnpq.br/5493326633335632https://orcid.org/0000-0001-6264-7115http://lattes.cnpq.br/3195157852448844Santana, Ariane Teixeira dereponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAinfo:eu-repo/semantics/openAccessTEXTDISSERTAÇÃO - ARIANE TEIXEIRA DE SANTANA.pdf.txtDISSERTAÇÃO - ARIANE TEIXEIRA DE SANTANA.pdf.txtExtracted texttext/plain210294https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/38084/3/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20-%20ARIANE%20TEIXEIRA%20DE%20SANTANA.pdf.txt2688f79bb1a5bf6a21bd44575cb7aeceMD53ORIGINALDISSERTAÇÃO - ARIANE TEIXEIRA DE SANTANA.pdfDISSERTAÇÃO - ARIANE TEIXEIRA DE SANTANA.pdfapplication/pdf1352452https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/38084/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20-%20ARIANE%20TEIXEIRA%20DE%20SANTANA.pdf59e3d4cf85a892b436042cc82a333932MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1715https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/38084/2/license.txt67bf4f75790b0d8d38d8f112a48ad90bMD52ri/380842023-10-21 02:04:55.898oai:repositorio.ufba.br:ri/38084TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBvIGF1dG9yIG91IHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZS9vdSBlbGV0csO0bmljbyBlIGVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyAKZm9ybWF0b3Mgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKTyBhdXRvciBvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gZS9vdSBmb3JtYXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLCBwb2RlbmRvIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKTyBhdXRvciBvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIG9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIG91IG5vIGNvbnRlw7pkbyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBICBSRVNVTFRFIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSAgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08sIENPTU8gVEFNQsOJTSBBUyBERU1BSVMgT0JSSUdBw4fDlUVTIApFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l0w7NyaW8gc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyLCBjbGFyYW1lbnRlLCBvIHNldSBub21lIChzKSBvdSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBhbMOpbSBkYXF1ZWxhcyBjb25jZWRpZGFzIHBvciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322023-10-21T05:04:55Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Essa dor tem cor: uma análise interseccional no fenômeno da violência obstétrica
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv This pain has color: an intersectional analysis of the phenomenon of obstetric violence
title Essa dor tem cor: uma análise interseccional no fenômeno da violência obstétrica
spellingShingle Essa dor tem cor: uma análise interseccional no fenômeno da violência obstétrica
Santana, Ariane Teixeira de
CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEM
Violência obstétrica
Racismo em saúde
Violência de gênero
Assistência ao parto
Obstetric Violence
Racism in health
Gender-Based Violence
Childbirth care
title_short Essa dor tem cor: uma análise interseccional no fenômeno da violência obstétrica
title_full Essa dor tem cor: uma análise interseccional no fenômeno da violência obstétrica
title_fullStr Essa dor tem cor: uma análise interseccional no fenômeno da violência obstétrica
title_full_unstemmed Essa dor tem cor: uma análise interseccional no fenômeno da violência obstétrica
title_sort Essa dor tem cor: uma análise interseccional no fenômeno da violência obstétrica
author Santana, Ariane Teixeira de
author_facet Santana, Ariane Teixeira de
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Couto, Telmara Menezes
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv https://orcid.org/0000-0001-6836-8563
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7311820718433943
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Góes, Emanuelle Freitas
dc.contributor.advisor-co1ID.fl_str_mv https://orcid.org/0000-0001-9288-6723
dc.contributor.advisor-co1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7884228259408443
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Couto, Telmara Menezes
dc.contributor.referee1ID.fl_str_mv https://orcid.org/0000-0001-6836-8563
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7311820718433943
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Santos, Amalia Nascimento do Sacramento
dc.contributor.referee2ID.fl_str_mv https://orcid.org/0000-0003-4536-867X
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv ttp://lattes.cnpq.br/2667585687425344
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Almeida, Lilian Conceição Guimarães de
dc.contributor.referee3ID.fl_str_mv https://orcid.org/0000-0001-6940-9187
dc.contributor.referee3Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3667873478174449
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Rivemales, Maria da Conceição Costa
dc.contributor.referee4ID.fl_str_mv https://orcid.org/0000-0001-7773-4772
dc.contributor.referee4Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5493326633335632
dc.contributor.authorID.fl_str_mv https://orcid.org/0000-0001-6264-7115
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3195157852448844
dc.contributor.author.fl_str_mv Santana, Ariane Teixeira de
contributor_str_mv Couto, Telmara Menezes
Góes, Emanuelle Freitas
Couto, Telmara Menezes
Santos, Amalia Nascimento do Sacramento
Almeida, Lilian Conceição Guimarães de
Rivemales, Maria da Conceição Costa
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEM
topic CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEM
Violência obstétrica
Racismo em saúde
Violência de gênero
Assistência ao parto
Obstetric Violence
Racism in health
Gender-Based Violence
Childbirth care
dc.subject.por.fl_str_mv Violência obstétrica
Racismo em saúde
Violência de gênero
Assistência ao parto
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Obstetric Violence
Racism in health
Gender-Based Violence
Childbirth care
description Introdução: A violência obstétrica atinge mulheres e pessoas com útero de formas irrestrita, sendo as mulheres negras as mais afetadas por esse fenômeno em todo mundo. Diante deste exposto, a temática se revela pertinente no contexto da reflexão sobre as práticas de saúde no cenário obstétrico do Brasil, e como ela se pauta. Uma vez que buscamos pretende aprofundar o conhecimento sobre a ocorrência do fenômeno da violência obstétrica, segundo a percepção de quem vive. Buscando contribuir desta forma, para a construção de práticas assistenciais mais respeitosas, qualificadas, e que proporcione satisfação para as mulheres e pessoas com útero. Objetivos: Este estudo teve buscou: conhecer as percepções de mulheres sobre o fenômeno da violência obstétrica na assistência ao parto e a interface com raça e gênero. Método: Trata-se de pesquisa exploratória, descritiva, com abordagem qualitativa. O estudo foi realizado no Município de Salvador do Estado da Bahia. O cenário de ocorrência foi uma Maternidade Pública da administração direta do Estado, que fornece serviços obstétricos de baixo risco. A coleta de dados ocorreu no período de novembro de 2021 a fevereiro de 2022. Participaram deste estudo 25 mulheres. Como instrumento de coleta de dados foram utilizados um roteiro de entrevista semiestruturada e estruturada, onde as entrevistas continham perguntas abertas e fechadas. As falas das participantes foram gravadas após assinatura do Termo de Consentimento Livre Esclarecido e transcritas. Para estruturar a análise das falas foi utilizado a Análise do Conteúdo proposta por Bardin. O conceito dos marcadores sociais e epistemologia da interseccionalidade foram utilizados para nortear a análise das informações. As participantes desta pesquisa tinham idade entre 16 e 24 anos, todas as participantes declararam-se da raça/cor negra, a maioria exerce atividades não remuneradas e possuía nível médio completo. Resultados: Emergiram unidades temáticas, as quais foram agrupadas em quatro categorias, onde foi possível compreender o fenômeno da violência obstétrica a partir da percepção apresentada pelas entrevistadas. As mulheres atribuíram a violência obstétrica a uma série de condições consideradas degradantes, humilhantes, desrespeitosas e abusivas. As mulheres apontaram o sentimento conflituoso na percepção de serem violentadas por outras mulheres. As mulheres associaram que o gênero e a classe social têm influências diretas na ocorrência da violência obstétrica. Há ainda a percepção da violência obstétrica no contexto das condições precárias presentes nos sistemas de saúde. Conclusão: Reafirmo a necessidade de maiores esforços do Estados, gestores, profissionais e sociedade para avançar no combate à violência obstétrica. Para que todas as mulheres e pessoas com útero possam receber cuidados de alta qualidade, respeitosos, baseados em evidências, integral e equânime, que fortaleça políticas de combate ao racismo e garanta autonomia nas decisões sobre o processo reprodutivo. A fim de proporcionar experiências individuais e prazerosas em toda sua trajetória obstétrica a partir da lente da justiça reprodutiva.
publishDate 2022
dc.date.issued.fl_str_mv 2022-06-28
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-10-18T13:23:25Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-10-18T13:23:25Z
dc.type.driver.fl_str_mv Mestrado Acadêmico
info:eu-repo/semantics/masterThesis
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv SANTANA, Ariana Teixeira de. Essa dor tem cor: uma análise interseccional no fenômeno da violência obstétrica. 2022. 93 f. Dissertação (Mestrado) Universidade Federal da Bahia, Escola de Enfermagem, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Saúde, Salvador, 2022.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38084
identifier_str_mv SANTANA, Ariana Teixeira de. Essa dor tem cor: uma análise interseccional no fenômeno da violência obstétrica. 2022. 93 f. Dissertação (Mestrado) Universidade Federal da Bahia, Escola de Enfermagem, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Saúde, Salvador, 2022.
url https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38084
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF)
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFBA
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Escola de Enfermagem
publisher.none.fl_str_mv UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFBA
instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron:UFBA
instname_str Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron_str UFBA
institution UFBA
reponame_str Repositório Institucional da UFBA
collection Repositório Institucional da UFBA
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/38084/3/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20-%20ARIANE%20TEIXEIRA%20DE%20SANTANA.pdf.txt
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/38084/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20-%20ARIANE%20TEIXEIRA%20DE%20SANTANA.pdf
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/38084/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 2688f79bb1a5bf6a21bd44575cb7aece
59e3d4cf85a892b436042cc82a333932
67bf4f75790b0d8d38d8f112a48ad90b
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801502791893516288