DA LAPA AO PELOURINHO: ONDE VIVE A MALANDRAGEM? O SURGIMENTO DO PERSONAGEM MALANDRO E SUA COMPARAÇÃO NAS OBRAS DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS, DE JORGE AMADO, E A ÓPERA DO MALANDRO, DE CHICO BUARQUE
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39706 |
Resumo: | A partir de uma provocação urbana surge o questionamento acerca do típico personagem na dramaturgia nacional. Existe tal interlocutor, capaz de dar uma identidade a produção teatral de um modelo a ser replicado? A pesquisa se propõe a responder o questionamento através de um extenso aprofundamento literário, buscando desde os primeiros registros até o desaparecimento de tal personagem. O malandro é o centro dessa dissertação e toda sua trajetória desde seu surgimento em uma Península Ibérica até sua perfeita inserção nos trópicos. Cooptado pelo comportamento brasileiro, sua difusão será amplamente abordada pelo teatro e pela literatura. Através de registros de sua circulação, identificam-se duas cidades como sendo ocupadas por sua figura. Nomeadamente, Rio de Janeiro e Salvador, cidades onde essa investigação se aplica através da observação cotidiana e inserção boêmia. A ocupação de duas cidades litorâneas de comportamentos distintos lega ao malandro a região portuária, onde toda sua possibilidade de ação se dá em excelência. Entendido como pessoa em um primeiro momento, sua transformação em personagem é inerente ao seu imaginário popular. Ganhando alcunha de adjetivo, a malandragem é narrada em modelos que se tornam clássicos na literatura, subindo aos palcos segundo a transformação social das ruas. Como crônica urbana, as dramaturgias produzidas inserem o malandro como provocador de conflitos e articulador, alheio a uma balança maniqueísta. Observando as variações políticas o malandro se transforma e se adapta para manter sua existência. Diante da exemplificação de diferentes autores, percebemos o declínio do personagem até seu definitivo desaparecimento. Provando ser o típico representante da dramaturgia nacional, dois exemplos são citados para a sugestão de um modelo de malandragem compreendida entre os ambientes de atuação. A saber, público e privado se tornam as esferas onde os personagens Vadinho de Jorge Amado e Max Overseas, de Chico Buarque eternizam a conduta arquetípica, justificando todo o aprofundamento dessa pesquisa |
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A ocupação de duas cidades litorâneas de comportamentos distintos lega ao malandro a região portuária, onde toda sua possibilidade de ação se dá em excelência. Entendido como pessoa em um primeiro momento, sua transformação em personagem é inerente ao seu imaginário popular. Ganhando alcunha de adjetivo, a malandragem é narrada em modelos que se tornam clássicos na literatura, subindo aos palcos segundo a transformação social das ruas. Como crônica urbana, as dramaturgias produzidas inserem o malandro como provocador de conflitos e articulador, alheio a uma balança maniqueísta. Observando as variações políticas o malandro se transforma e se adapta para manter sua existência. Diante da exemplificação de diferentes autores, percebemos o declínio do personagem até seu definitivo desaparecimento. Provando ser o típico representante da dramaturgia nacional, dois exemplos são citados para a sugestão de um modelo de malandragem compreendida entre os ambientes de atuação. A saber, público e privado se tornam as esferas onde os personagens Vadinho de Jorge Amado e Max Overseas, de Chico Buarque eternizam a conduta arquetípica, justificando todo o aprofundamento dessa pesquisaFrom an urban provocation arises the questioning about the typical character in the national dramaturgy. Is there such an interlocutor, capable of giving an identity to the theatrical production of a model to be replicated? The research proposes to answer the question through an extensive literary deepening, searching from the first records until the disappearance of such a character. The malandro is the center of this dissertation and its entire trajectory from its emergence in an Iberian Peninsula to its perfect insertion in the tropics. Co-opted by Brazilian behavior, its diffusion will be widely addressed by theater and literature. Through records of his circulation, two cities are identified as being occupied by his figure. Namely, Rio de Janeiro and Salvador, cities where this investigation is applied through everyday observation and bohemian insertion. The occupation of two coastal towns with different behaviors bequeaths the port region to the malandro, where all his possibilities for action take place in excellence. Understood as a person at first, his transformation into a character is inherent in his popular imagination. Gaining the nickname of an adjective, malandragem is narrated in models that become classics in literature, taking to the stages according to the social transformation of the streets. As an urban chronicle, the produced dramaturgies insert the malandro as a provocateur of conflicts and articulator, oblivious to a Manichean balance. Observing political variations, the malandro transforms and adapts to maintain his existence. Faced with the examples of different authors, we perceive the decline of the character until his definitive disappearance. Proving to be the typical representative of national dramaturgy, two examples are cited to suggest a model of malandragem understood between the acting environments. Namely, public and private become the spheres where the characters Vadinho by Jorge Amado and Max Overseas by Chico Buarque perpetuate the archetypal conduct, justifying all the deepening of this research.CNPqporUniversidade Federal da BahiaPrograma de Pós-graduação em Artes Cênicas (PPGAC)UFBABrasilEscola de TeatroMalandroMalandragemTheaterLiteratureDramaturgyCharacterBohemiaArtesTeatroDramaturgiaMalandroMalandragemTeatroLiteraturaDramaturgiaPersonagemBoêmiaDA LAPA AO PELOURINHO: ONDE VIVE A MALANDRAGEM? O SURGIMENTO DO PERSONAGEM MALANDRO E SUA COMPARAÇÃO NAS OBRAS DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS, DE JORGE AMADO, E A ÓPERA DO MALANDRO, DE CHICO BUARQUEMestrado Acadêmicoinfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionTavares, Gil Vicente Barbosa de MarquesTavares, Gil Vicente Barbosa de MarquesAlcântara, Paulo Henrique CorreiaMerísio, Paulo Ricardohttp://lattes.cnpq.br/3162872507365506Castello Branco, Fabrício Mathiasinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAORIGINALFabrício Mathias Castello Branco - Dissertação Final.pdfFabrício Mathias Castello Branco - Dissertação Final.pdfTexto Finalapplication/pdf3983470https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/39706/1/Fabr%c3%adcio%20Mathias%20Castello%20Branco%20-%20Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Final.pdf28ccab1a892ec3e5c3194b7c620db5dfMD51open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1720https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/39706/2/license.txtd9b7566281c22d808dbf8f29ff0425c8MD52open accessri/397062024-07-31 11:58:23.564open accessoai:repositorio.ufba.br:ri/39706TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBvIGF1dG9yIG91IHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3Vtbykgbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlL291IGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBlL291IHbDrWRlby4KCk8gYXV0b3Igb3UgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IgY29uY29yZGEgcXVlIG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIGUvb3UgZm9ybWF0byBwYXJhIGZpbnMgZGUgcHJlc2VydmHDp8OjbywgcG9kZW5kbyBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLiAKCk8gYXV0b3Igb3UgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IgZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIG7Do28sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBwYXJhIGNvbmNlZGVyIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBkZSBwcm9wcmllZGFkZSBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBSRVNVTFRFIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIE9SR0FOSVNNTywgVk9Dw4ogREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklTw4NPLCBDT01PIFRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l0w7NyaW8gc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyLCBjbGFyYW1lbnRlLCBvIChzKSBzZXUocykgbm9tZSAocykgb3UgbyAocykgbm9tZSAocykgZG8gKHMpIGRldGVudG9yIChlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIGFsw6ltIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuCg==Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322024-07-31T14:58:23Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
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