Rancho do Jatobá do meio do mundo: etnografia da agricultura Pankararé e a relação dos índios com o ambiente
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Modercin, Isabel FróesModercin, Isabel FróesBandeira, Fábio Pedro Souza de Ferreira2013-08-29T15:14:20Z2013-08-29T15:14:20Z2010http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/12781193f.MODERCIN, Isabel Fróes. Rancho do Jatobá do Meio do Mundo: Etnografia da agricultura Pankararé e a relação dos índios com o ambiente. Salvador, 2010. Dissertação (Mestrado em Antropologia) – Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2010. O presente trabalho teve como objetivo estudar a relação dos Pankararé com o ambiente em que vivem. Trata-se de uma etnografia focada no manejo de recursos naturais, bem como na percepção e atribuição de significados aos elementos naturais do território pelo grupo indígena. Para isso utilizou-se fontes bibliográficas e material etnográfico. O estudo realizouse nas Terras Indígenas Brejo do Burgo e Pankararé, situadas sobre os municípios de Paulo Afonso, Glória e Rodelas (Bahia), onde vivem cerca de 1500 indígenas. A região, conhecida como Raso da Catarina, é uma das mais secas do semi-árido baiano onde predomina o bioma da Caatinga. Aí os Pankararé, antes conhecidos como “cabocos do Brejo”, vivem há várias gerações e assim desenvolveram um vasto e detalhado conhecimento sobre o território. Esse corpo de conhecimentos acerca dos recursos naturais – como a classificação de plantas e animais – bem como o uso e a percepção territorial inserem-se numa dinâmica subordinada a um aspecto marcante da ecologia local: a existência de dois ambientes complementares, o Brejo “civilizado” e o Raso “bruto” (selvagem). Esta oposição não se restringe apenas ao caráter ambiental, mas acompanha também critérios de relevância social e simbólica. Nesse sentido, o estudo busca investigar em que implicam as expressões “viver do mato” – associada à vivência no Raso – e “viver da roça” – referente ao modo de vida típico do Brejo. Assim, foi feita uma revisão dos estudos de etnobiologia e etnoecologia realizados entre os Pankararé, seguida de pesquisa de campo, com base na observação participante, objetivandose aprofundar tanto a compreensão sobre o uso dos recursos do Raso quanto descrever os conhecimentos e técnicas de manejo envolvidas no trabalho agrícola e, portanto, como esses dois universos estão interligados no manejo integrado do território indígena. The present work aimed to study the relationship of Pankararé people with the environment in which they live. It is an ethnography focused on natural resource management as well as in the perception and attribution of meaning to the natural elements of the territory by the indigenous group. For this I used literature sources and ethnographic material. The study took place on the indigenous land Pankararé and the indigenous land Brejo do Burgo, located on the municipalities of Paulo Afonso, Glória and Rodelas (Bahia), where about 1,500 people live.The region, known as Raso da Catarina, is one of the driest of the semi-arid region of Bahia where predominates the Caatinga biome. The Pankararé people inhabited this region for several generations and thus developed a comprehensive and detailed knowledge of the territory. This body of knowledge about natural resources - such as the classification of plants and animals - as well as land use and perception are part of a dynamic subordinated to an outstanding feature of the local ecology: the existence of two complementary environments, the brejo (swamp) "civilized" and the raso (shallow) "raw" (wild). This opposition is not only restricted to the environmental character, but also follows the criteria of social and symbolic relevance. In this sense, the study also aimed to investigate the expressions involving "to live of the agriculture" - associated with living in the brejo - and "to live of the forest" - referring to the way of life typical of the raso. Thus, I performed a review of studies on ethnobiology and ethnoecology about the Pankararé, followed by field research, based on participant observation, in order to deepen both the understanding of the use of the resources of the raso as to describe the knowledge and techniques management involved in agricultural work and therefore how these two worlds are intertwined in the integrated management of the indigenous territory.Submitted by Oliveira Santos Dilzaná (dilznana@yahoo.com.br) on 2013-08-29T14:55:50Z No. of bitstreams: 1 Dissertação Isabel Modercin..pdf: 7922658 bytes, checksum: bbb8dac5f60d0d0d43e3d13d34227d71 (MD5)Approved for entry into archive by Ana Portela(anapoli@ufba.br) on 2013-08-29T15:14:20Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação Isabel Modercin..pdf: 7922658 bytes, checksum: bbb8dac5f60d0d0d43e3d13d34227d71 (MD5)Made available in DSpace on 2013-08-29T15:14:20Z (GMT). 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