Por uma estilística da instabilidade: tendências na fotografia documental contemporânea brasileira na obra de Tiago Santana
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/1160 |
Resumo: | Esta pesquisa visa investigar uma tendência à exacerbação de efeitos estéticos na fotografia documental contemporânea brasileira. Detectada pela crítica na década de 90, essa propensão manifesta-se através de aspectos plásticos como borrões, figuras cortadas pelo limite do quadro e ambigüidades visuais. Essa “visualidade surpreendente” muitas vezes torna a imagem ininteligível à primeira vista e exige do espectador maior esforço de leitura e compreensão dos modelos de discurso implicados nas obras de fotógrafos contemporâneos. Tiago Santana é considerado um expoente dessa tendência que coloca em questão a antiga discussão arte-documento na fotografia. Acredita-se que os documentaristas da atualidade tenham pretensões mais estilísticas que os de gerações precedentes e procurem exibir suas obras em galerias de arte e livros. Isso pode estabelecer uma clivagem com autores da corrente moderna, que parecem adotar um estilo baseado na “simplicidade formal” – frontalidade, nitidez e clareza do assunto retratado –, priorizar o desenvolvimento de temáticas socioculturais e usar a imprensa, particularmente as revistas ilustradas, como principal fonte de divulgação das imagens. O objetivo deste estudo portanto é investigar qual o propósito desta “estetização da fotografia”. Conferir se de fato o fotodocumentarismo contemporâneo se opõe ao modernista em relação a fatores como plasticidade, tema e métodos de difusão. A pesquisa está baseada em uma perspectiva historicista e analítica. Em um primeiro momento será estudado o contexto histórico-cultural da fotografia documentária moderna brasileira, com destaque para quatro autores: Jean Manzon, José Medeiros, Pierre Verger e Sebastião Salgado. A escolha desses fotógrafos se refere à suspeita de que representem no país os fundamentos comunicacionais, formais e temáticos do documental moderno. Em seguida, após contextualizar a produção documentária na contemporaneidade, a fotografia de Santana será analisada em três aspectos plásticos: borrões que produzem instabilidade na imagem, pessoas cortadas pela borda do quadro e figuras que surgem na cena através de reflexos em superfícies espelhadas. Sua obra será constantemente contrastada com a de autores modernos e também de contemporâneos – Celso Oliveira, Christian Cravo e Elza Lima, que mantêm com Santana afinidades estilísticas (decepam personagens pelo limite do quadro), temáticas (trabalham assuntos como a religiosidade popular) e comunicacionais (usam mídias como galerias de arte e livros). Durante o exame do corpus fotográfico será considerada a ligação entre as imagens, o tipo de recepção que elas podem implicar no receptor, e as referências que o documentarista contemporâneo faz aos profissionais modernos. Esta dissertação porém não propõe uma distinção radical entre modernistas e contemporâneos. Supõe-se que existam pontos de confluência entre as duas correntes. Santana, por exemplo, se aproximaria de Manzon ao produzir fotografias posadas, mas se afastaria do repórter-fotográfico ao cortar as figuras pela margem do quadro em oposição ao enquadramento clássico que mostra com precisão o retratado. A expectativa é que a comparação de métodos de divulgação e de fatores estilísticos e temáticos permita estabelecer diferenças (e também similaridades) entre autores modernos e contemporâneos, além de fixar o que é próprio do documental da nossa época. |
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A escolha desses fotógrafos se refere à suspeita de que representem no país os fundamentos comunicacionais, formais e temáticos do documental moderno. Em seguida, após contextualizar a produção documentária na contemporaneidade, a fotografia de Santana será analisada em três aspectos plásticos: borrões que produzem instabilidade na imagem, pessoas cortadas pela borda do quadro e figuras que surgem na cena através de reflexos em superfícies espelhadas. Sua obra será constantemente contrastada com a de autores modernos e também de contemporâneos – Celso Oliveira, Christian Cravo e Elza Lima, que mantêm com Santana afinidades estilísticas (decepam personagens pelo limite do quadro), temáticas (trabalham assuntos como a religiosidade popular) e comunicacionais (usam mídias como galerias de arte e livros). Durante o exame do corpus fotográfico será considerada a ligação entre as imagens, o tipo de recepção que elas podem implicar no receptor, e as referências que o documentarista contemporâneo faz aos profissionais modernos. Esta dissertação porém não propõe uma distinção radical entre modernistas e contemporâneos. Supõe-se que existam pontos de confluência entre as duas correntes. Santana, por exemplo, se aproximaria de Manzon ao produzir fotografias posadas, mas se afastaria do repórter-fotográfico ao cortar as figuras pela margem do quadro em oposição ao enquadramento clássico que mostra com precisão o retratado. 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