Comunidade quilombola de casinhas em Jeremoabo Bahia: seu tempo, seu chão, sua memória

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes, Floriza Maria Sena
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/14456
Resumo: Espalhados por todo o território brasileiro, as comunidades quilombolas criaram estratégias de sobrevivência frente ao modelo fundiário concentrador e conservador, e luta principalmente para ter seus territórios reconhecidos e respeitados. De acordo com o primeiro relatório do encontro de Povos Tradicionais, realizado em Jeremoabo pelo NECTAS - Núcleo de Estudos em Comunidades e Povos tradicionais/ UNEB e ONG AGENHHA - Assessoria e Gestão em Estudos da Natureza, Desenvolvimento Humano e Agro ecologia, foram identificadas, 16(dezesseis) comunidades que se auto identificam quilombolas, embora sem reconhecimento oficial. Até o inicio desta pesquisa das dezesseis comunidades, apenas a Comunidade Quilombola de Casinhas, havia conseguido certificação concedida pela Fundação Cultural Palmares, entretanto, esta titulação não avançou para as etapas posteriores a ela: reconhecimento, demarcação e titulação. Apesar do Artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e o Decreto Presidencial 4887/2003 garantir a propriedade definitiva da terra, necessitando apenas a autoatribuição, estas comunidades, ainda encontram dificuldades na regularização de seus territórios. Nesta perspectiva, esta pesquisa se insere no campo dos estudos sobre processos identitários e de territorialização das comunidades rurais negras, após a escravidão no Brasil. Tenta compreender e registrar, a partir da história oral os processos identitários e de ocupação territorial da comunidade Quilombola de Casinhas, com sua redescoberta e resignificação positiva da identidade quilombola, transformada hoje em uma demanda política na luta pela terra. Para tanto procura analisar a ocupação territorial e a construção gradativa da identidade quilombola a partir do estudo da sua história, representações, imaginários, manifestações, práticas e memórias de suas heranças, e de outras identidades construídas no encontro com os indígenas e camponeses no contexto histórico aqui no semiárido nordestino
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Até o inicio desta pesquisa das dezesseis comunidades, apenas a Comunidade Quilombola de Casinhas, havia conseguido certificação concedida pela Fundação Cultural Palmares, entretanto, esta titulação não avançou para as etapas posteriores a ela: reconhecimento, demarcação e titulação. Apesar do Artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e o Decreto Presidencial 4887/2003 garantir a propriedade definitiva da terra, necessitando apenas a autoatribuição, estas comunidades, ainda encontram dificuldades na regularização de seus territórios. Nesta perspectiva, esta pesquisa se insere no campo dos estudos sobre processos identitários e de territorialização das comunidades rurais negras, após a escravidão no Brasil. 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